Spotify vs todos: quem se sai melhor no mercado de streaming musical?

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Spotify é um serviço popular de streaming de música no mundo todo. Ele é como o Netflix do mundo da música e só não domina em todos os lugares por conta da concorrência, que tem muitas cartas na manga.

É claro que muita gente está satisfeita com o Spotify, assim como muitos consumidores se mostram contentes com seus respectivos serviços de música, mas sempre tem gente pensando em mudar, portanto conhecer novas opções nunca é demais.

Para você ter uma ideia, só considerando o mercado do Brasil, a gente selecionou dez serviços desse gênero. Tem apps e músicas para todos os gostos, então certamente você vai poder ver se o seu serviço está entre os melhores, incluindo questões como preço, acervo, softwares, tecnologias, recursos, qualidade e muito mais.

Apple Music

  • 30 milhões de músicas
  • Versão grátis (acesso apenas à rádio Beats 1)
  • 90 dias grátis
  • US$ 4,99 (R$ 17,60) por mês – plano comum
  • US$ 7,99 (R$ 28,25) por mês – plano família
  • Armazenamento de até 100 mil músicas no iCloud
  • Apps para Android e iOS
  • Nos computadores, funciona com o iTunes (PC e Mac)
  • Qualidade: 256 kbps (AAC)

A Apple chegou ao mercado da música um pouco atrasada — em meados de 2015 —, mas entrou de supetão para abalar as estruturas do Spotify. Com uma biblioteca bem diversificada e uma rádio exclusiva (a Beats 1, que inclusive está disponível de forma gratuita para qualquer usuário), o serviço ganhou adeptos rapidamente.

Parte do sucesso, obviamente, se deve à enorme quantidade de consumidores que usam o iPhone, o iPad e outros produtos da Apple. Uma grande vantagem é poder combinar a biblioteca do Apple Music com suas músicas antigas do iTunes, já que esse serviço permite enviar até 100 mil músicas para o iCloud.

O serviço que descende do iTunes também pôde se popularizar quando chegou para os aparelhos Android. A qualidade das músicas é bem aceitável, com bitrate de 256 kbps. Fica um pouco abaixo do que a maioria dos serviços oferece, mas ainda impressiona bastante.

O serviço só está disponível com cobrança em dólares e, levando em conta a taxa cambial atual, acaba saindo um pouco mais caro que o Spotify e alguns concorrentes. A parte boa é que dá para testá-lo por 90 dias ou ficar só com a versão grátis, que tem a rádio Beats 1. Também é interessante optar pelo plano familiar, que aceita até seis usuários no mesmo registro.

Spotify

  • 30 milhões de músicas
  • Versão grátis (com publicidade e esquema aleatório)
  • 30 dias grátis
  • R$ 14,90 por mês (plano comum)
  • R$ 22,35 por mês (plano Family)
  • Apps para Android, iOS, Windows Phone, computador (Windows, Mac e Linux), tablet, carro, PlayStation, TV, Android Wear
  • Versão web disponível
  • Qualidade: 320 kbps

Há várias razões pelas quais o Spotify ganhou tanta fama e apreço dos consumidores. Primeiramente, temos a questão do pioneirismo.  No Brasil, ele é bem novinho, mas se trata de um produto que nasceu há aproximadamente dez anos.

O Spotify roda em uma grande gama de aparelhos, incluindo smart TVs e até sistemas operacionais, como o Android Auto

Depois, é preciso considerar que o acervo desse serviço não deixa a desejar quando comparado a outros grandes nomes do ramo. Mesmo que alguns concorrentes apresentem maior variedade, o Spotify não fica nada para trás quando falamos dos principais nomes da indústria.

O valor da mensalidade acompanha o que é praticado por quase todos os serviços, de modo que o Spotify não tem nada de especial nesse sentido, mas, ao menos, não é o mais caro do segmento. Uma grande vantagem do serviço é a opção gratuita, que permite curtir músicas com um pouquinho de publicidade.

Ainda que esses argumentos apresentados sejam importantes, os grandes diferenciais do Spotify ficam por conta da compatibilidade e das funcionalidades. É interessante perceber que, tal qual a Netflix, esse serviço musical conseguiu conquistar o consumidor ao rodar em uma grande gama de aparelhos — que vão de celulares e TVs até carros.

Quanto às funcionalidades, o Spotify se destaca com rádios bem diversificadas para todos os gostos e preparadas para cada momento da vida (tem estações ideais para o churrasco de fim de semana ou para aquela tarde ensolarada no parque). A curadoria é certamente um dos pontos fortes. A qualidade é excelente, e a integração com o Facebook também é bacana.

Google Play Music

  • 35 milhões de músicas
  • Versão grátis (oferece apenas acesso ao app que toca músicas armazenadas no celular)
  • 30 dias grátis
  • R$ 14,90 por mês (plano comum)
  • R$ 22,90 por mês (plano família)
  • Armazenamento de até 50 mil músicas no Drive (inclusive na versão gratuita)
  • Apps para Android e iOS
  • Versão web disponível
  • Qualidade: 320 kbps

Apesar de ser um serviço bem recente, o Google Play Music vem ganhando muitos adeptos, uma vez que é uma solução já integrada no Android (que, por sinal, é o sistema operacional para smartphones mais utilizado no mundo). O acervo é consideravelmente grande, passando até o Spotify e o Apple Music.

O preço é o mesmo da maioria dos serviços, e os interessados também podem testar as funcionalidades por 30 dias. Um diferencial aqui é a loja da Google, que, assim como a da Apple, dispõe de todas as novidades quase imediatamente e permite que o usuário adquira suas músicas e as ouça para sempre (mesmo que não assine mais o serviço).

Com as incríveis capacidades do Google Drive, esse serviço ainda conta com espaço para que o usuário envie até 50 mil músicas para a nuvem. Isso quer dizer que mesmo aquelas músicas velhas do HD podem ficar disponíveis online para você ouvir em qualquer dispositivo.

Falando em compatibilidade, aqui a Google acaba perdendo para alguns concorrentes. Ela oferece apps para Android e iOS, bem como uma versão para web. No entanto, o site do Play Music ainda usa Flash e faltam apps para Windows Phone, smart TVs, consoles, carros e outros tantos aparelhos.

Groove Music

  • 40 milhões de músicas
  • Sincronização com o OneDrive
  • 30 dias grátis
  • R$ 14,90 por mês / R$ 149 por ano
  • Apps para Android, iOS, Windows Phone, Xbox, Windows 10
  • Versão web disponível
  • Qualidade: 192 kbps (não confirmado)

Conhecido antigamente como Xbox Music, o serviço musical da Microsoft ganhou nova cara e proposta com a chegada do Windows 10. Rebatizado como Groove Music, ele é muito utilizado pelos usuários dos produtos Microsoft, uma vez que conta com sincronização com o OneDrive, permitindo upload de músicas para a nuvem e funcionamento no Xbox One.

O Groove Music tem acervo diversificado e um plano anual com preço bem camarada

Essas funcionalidades são importantes, mas o Groove se destaca mesmo pelo acervo exemplar. É um dos maiores da web, superando até mesmo Spotify e Google Play Music. É quase impossível não encontrar suas músicas favoritas nessa plataforma.

Apesar de esses detalhes ajudarem na popularização do serviço, a Microsoft perde por um aspecto importante: qualidade. A dona do serviço não confirma o bitrate das músicas, mas as informações na web dão conta de que elas são codificadas em 192 kbps (o que não é tão bom assim). Uma coisa legal é que dá para assinar o plano anual do Groove, que oferece um desconto bom.

Tidal

  • 35 milhões de músicas
  • 90 dias grátis (oferta temporária, pois normalmente são 30 dias grátis)
  • US$ 3,99 (R$ 14,15) por mês (pacote comum)
  • US$ 7,99 (R$ 28,25) por mês (pacote HiFi)
  • Apps para computador (PC e Mac), Android e iOS
  • Versão web disponível
  • Qualidade: 320 kbps (pacote comum) e 1.411 kbps (plano HiFi com músicas em Lossless)

O Tidal é um serviço que chega com um diferencial matador: a qualidade. Esta é a única opção para usuários que são audiófilos, que não se contentam com menos do que o padrão Lossless. Ao aderir ao pacote HiFi, o consumidor tem acesso ao acervo codificado com bitrate de 1.411 kbps.

Obviamente, qualidade tem um custo, por isso o plano mais top do Tidal é bem salgado (na atual cotação do dólar, dá quase 30 reais). A parte legal é que o consumidor também pode assinar o pacote comum, que ainda conta com músicas de ótima qualidade (320 kbps, o mesmo dos concorrentes) e tem preço camarada: apenas US$ 3,99 (ou R$ 14,15).

O Tidal é a única opção para os audiófilos, que não se contentam com menos do que o padrão Lossless

Disponível para computadores (inclusive, roda direto no navegador), celulares e tablets com Android e dispositivos com iOS, o Tidal chega como uma opção excelente, ainda mais por apresentar um acervo variado, até mais recheado do que o do Spotify.

Deezer

  • + de 40 milhões de músicas
  • 30 dias grátis
  • R$ 14,90 por mês
  • Apps para computador (PC e Mac), Android, iOS, Windows Phone, tablets (iPad, Android e Windows), Chromecast, Smart TVs, Android Auto, Car Play
  • Qualidade: 320 kbps

O Deezer nasceu como um site de compartilhamento de músicas. Ao longo dos anos, ele sofreu altos e baixos em sua base de usuários por conta de problemas com direitos autorais. Após muita polêmica, os fundadores resolveram transformar o produto em uma plataforma para concorrer com o Spotify.

O Deezer tem a maior biblioteca musical e supera facilmente o Spotify e o Apple Music

Atualmente, o Deezer é o serviço que apresenta a maior biblioteca musical, superando até o Groove Music e o Napster. O acervo deixa o Spotify e o Apple Music comendo poeira, pois tem opções para todos os gostos (e até músicas que só meia dúzia de pessoas conhecem).

Assim como o Spotify, o Deezer aposta na compatibilidade com vários aparelhos para conquistar o consumidor. Não importa se você quer curtir suas músicas na TV, no carro ou no celular, pois o leque de opções aqui é bem grande.

Da mesma forma que muitos concorrentes, o Deezer também disponibiliza músicas com qualidade excelente (320 kbps). O preço é bem justo e competitivo, ficando na mesma faixa dos demais serviços. Além disso, você pode experimentar todas as funcionalidades por 30 dias.

Napster

  • 40 milhões de músicas
  • 2 meses por R$ 1
  • R$ 14,90
  • Apps para Android, iOS, Windows Phone
  • Versão web disponível
  • Qualidade: 320 kbps

O Napster surgiu lá na era do P2P como um programa de compartilhamento de arquivos, mas acabou sendo desativado posteriormente. Recentemente, ele ressurgiu das cinzas como um serviço de streaming musical e chegou para desbancar a concorrência. Conhecido como Rhapsody em outros países, esse serviço tem uma biblioteca absurdamente grande, empatando com o Groove.

O Napster só deixa um pouco a desejar por conta da compatibilidade, que se limita aos celulares e tablets. Dá para acessar a versão online nos computadores, mas faltam opções para smart TVs, consoles e outros aparelhos que poderiam garantir maior popularidade.

Assim como a maioria dos concorrentes, o Napster apresenta qualidade elevada (320 kbps) e preço aceitável. Uma pena que não tem versão gratuita para testar, mas dá para experimentar por dois meses pagando apenas R$ 1, o que é quase de graça.

Vivo Música by Napster

  • + de 36 milhões de músicas
  • 30 dias grátis
  • R$ 12,90 por mês
  • Apps para Android, iOS, Windows Phone
  • Versão web disponível
  • Qualidade: 320 kbps

Buscando levar um serviço de qualidade para seus consumidores, a Vivo fez uma parceria com o Napster para criar um app próprio de músicas, mas que se aproveita da biblioteca da plataforma internacional.

O Vivo Música by Napster tem o preço mais acessível de todos e uma biblioteca gigantesca

Segundo informações da Vivo, o acervo é igual ao do Napster, de modo que a biblioteca do Vivo Música também oferece mais de 40 milhões de músicas, de 180 gêneros. Dessa forma, ele ainda fica na frente do Spotify e do Apple Music, levando as novidades dos principais artistas brasileiros para os ouvintes.

Diferente do Napster, o Vivo Música se mostra mais versátil na questão da compatibilidade, já que, além de disponibilizar acesso em celulares e tablets, também funciona em televisores, recurso disponível para assinantes do Vivo TV Fibra. Há também a versão online nos computadores, mas faltam opções para consoles e outros aparelhos que poderiam garantir maior popularidade.

Novamente, por usar a biblioteca do Napster, a qualidade aqui é elevada (320 kbps), e o Vivo Música ainda tem duas cartas na manga: é possível testar gratuitamente por 30 dias, e o preço é o mais camarada. Por apenas R$ 12,90, dá para curtir esse mundaréu de músicas (e economizar R$ 2 por mês).

TIMmusic by Deezer

  • + de 40 milhões de músicas
  • 30 dias grátis
  • R$ 14,90 por mês
  • Serviço gratuito para clientes de planos específicos da TIM (e sem desconto da franquia de internet)
  • Qualidade: 320 kbps

A TIM também entrou na onda dos serviços de streaming musical e fechou uma parceria com o Deezer para levar uma opção bem completa para seus consumidores. O acervo é o mesmo do Deezer, portanto o cliente tem acesso a mais de 40 milhões de músicas.

Para quem pretende experimentar, o TIMmusic by Deezer tem período de avaliação gratuito de 30 dias, então dá para conhecer bem a plataforma antes de assiná-la. O valor da mensalidade é de R$ 14,90, por isso fica bastante acessível e na mesma faixa de preço da maioria dos concorrentes.

Uma coisa interessante é que alguns clientes da TIM podem usar o serviço gratuitamente e até mesmo sem descontar da franquia de internet móvel (isso é muito interessante para quem pretende curtir músicas sem precisar baixar os arquivos). A qualidade é ótima, com bitrate de 320 kbps.

Claro Música by imusicacorp

  • 18 milhões de músicas
  • 30 dias grátis
  • R$ 14,90 por mês
  • Apps para Android, iOS, Windows Phone e Windows 10
  • Qualidade: não informado

Bem recente no mercado, o sistema de streaming musical da operadora Claro é um serviço que chega com apps para os principais sistemas operacionais, mas que não se mostra muito versátil se considerarmos que alguns concorrentes funcionam até em smart TVs e outros dispositivos.

O Claro Música é o serviço com o menor catálogo — não que 18 milhões de músicas (fornecidas pelo imusicacorp) seja pouca coisa, mas o preço equivalente ao de outros serviços não o coloca como a melhor opção do segmento. Por outro lado, obviamente clientes da operadora acabam se sentindo mais confortáveis com o serviço.

Apesar de algumas limitações, um teste de 30 dias pode ser válido, já que existe a opção de experimentar os recursos e o acervo gratuitamente nesse período. Quanto à assinatura, a Claro oferece planos mensais e semanais. Não há informações sobre a qualidade do serviço, mas é de se presumir que ele oferece bitrate compatível com o dos principais concorrentes.

Conclusão

São vários serviços disponíveis e não há como declarar um "vencedor". Todos oferecem recursos e características muito similares, o que é perfeitamente aceitável se pensarmos que eles se concentram em atender o mesmo propósito.

Claro que uma plataforma ou outra acaba levando vantagem em determinados aspectos, mas a verdade é que cada usuário tem sua preferência. Por isso, deixamos em aberto e convidamos vocês a votarem na enquete abaixo e deixarem seus comentários. Compartilhe com a gente o que você pensa sobre esse assunto!

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