Sony vai cortar linhas de TVs e smartphones para reduzir custos

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Imagem: Saraiva

Depois das notícias recentes de que a Sony tem planos se focar nos seus smartphones de ponta e deve remover aparelhos de baixo custo de mercados latino-americanos, a empresa japonesa anunciou que também deve reduzir suas linhas de celulares e TVs. Com o objetivo de voltar a obter lucros, a companhia pretende se concentrar nos setores de negócio em que vem obtendo mais sucesso – o PlayStation 4 e os sensores de imagem.

Não é segredo algum que a Sony vem sofrendo grandes perdas nos últimos anos, mesmo com segmentos de seus negócios prosperando. De acordo com as previsões maios recentes, espera-se que a empresa japonesa feche o ano fiscal de 2014 com prejuízo de nada menos que US$ 2,1 bilhões.

Tendo perdido espaço para rivais como Apple e Samsung, a companhia anunciou que seus planos para os setores de TVs e smartphones é fazer o possível para que eles voltem a dar lucros, ainda que as vendas possam cair em até 30%. Nesse sentido, a redução de custos na produção de novos aparelhos é um elemento chave.

Menos vendas, mais lucros

“Nós não estamos buscando tamanho ou fatia de mercado, mas sim lucros maiores”, disse Hiroki Totoki, o novo chefe da divisão de dispositivos móveis da empresa. Embora a Sony vá continuar produzindo smartphones, tablets e TVs, mas eles não serão mais um dos focos da companhia, que deve revelar seus planos para a divisão mobile até o final de março.

O anúncio vem em um momento curioso, no entanto, já que a Sony acaba de lançar dois celulares de ponta (o Xperia Z3 e sua versão Compact) e um tablet top de linha (Xperia Z3 Tablet Compact). Além disso, rumores indicam que a empresa estaria produzindo ao menos um novo tablet e três celulares, um dos quais seria uma recriação do phablet Xperia Z Ultra – que não atingiu sucesso de vendas.

A mudança de estratégia é parte de um plano de três anos, período no qual a Sony pretende ampliar as vendas de sua divisão de video games em até 25%, com uma meta de 1,6 trilhão de ienes (cerca de R$ 34,2 bilhões) em renda. A companhia também deve utilizar “serviços de distribuição personalizados para conteúdo de TV, vídeos e música” para ampliar suas receitas.

Perspectivas otimistas

Já em sua divisão de dispositivos, que inclui o negócio de sensores para câmeras, a Sony afirma que pode aumentar suas vendas em até 70%. A confiança da empresa nesse setor vem do fato de que, além da Apple já adotar o uso dos seus componentes nos iPhones, o uso das peças vem crescendo consideravelmente entre as companhias dentro do enorme mercado chinês.

Como resultado das novidades, as ações da Sony no mercado japonês sofreram alta, demonstrando otimismo. Questionado pela Reuters a respeito do anúncio, o gerente-chefe de fundos do Ichiyoshi Asset Management, Akino Mitsushige, afirmou que há muitas expectativas sobre a Sony agora, mas que não há garantias até que os resultados das medidas sejam vistos.

“Sair de vez do mercado de dispositivos móveis é uma opção, mas eles não podem fazer isso neste momento, então terão que passar por algumas mudanças fundamentais”, pontua. Enquanto isso, o PlayStation 4 continua com vendas fortes e chegou até mesmo a ser parabenizado pelo chefe do Xbox One na Microsoft, Phil Spencer.

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