Simulador de direção usa choques para alterar equilíbrio do jogador

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Um simulador para games de corrida “caseiro”, divulgado na semana passada pelo youtuber Mean Gene Hacks, chamou a atenção pelo baixo custo, originalidade, mas também por um certo grau de periculosidade. Chamado de dispositivo de estimulação vestibular galvânica, o simulador aplica estímulos elétricos diretamente nos nervos do jogador.

Quem já jogou o simulador de batidas desenvolvido pela BeamNG sabe que, para poder experimentar as sensações radicais proporcionadas pelas sucessivas colisões, seria necessário um simulador de direção típico, desses usados em shoppings, com telas gigantes, volante, pedais, câmbio, tudo montado em uma plataforma conectada a pistões pneumáticos para “chacoalhar” a cabine.

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Logicamente, um aparato desses não sairia por menos de R$ 250 mil, o que, vamos combinar, é um investimento meio alto para quem quer simplesmente baixar o jogo na Steam e jogar. Por isso, Hacks bolou um esquema baseado em um aparelho médico, o estimulador vestibular galvânico (GVS), para afetar o sistema vestibular (responsável pelo equilíbrio) dos jogadores.

Como funciona o estimulador vestibular galvânico?

Originalmente, o GVS busca estimular eletricamente o sistema vestibular e alterar o equilíbrio de pacientes com algum tipo de doença que prejudicou o sistema nervoso central, como a doença de Parkinson. Para fazer isso, eletrodos são introduzidos no ouvido interno para interferir no senso de equilíbrio postural.

Por isso, Mean Gene Hacks teve a ideia de montar um kit elétrico similar ao equipamento médico original, para “convencer” o corpo de que está chacoalhando com o movimento dos veículos sem perder o equilíbrio real. A montagem da geringonça ficou em US$ 50 (R$ 266).

A melhor utilização para a tecnologia ainda está sendo investigada por empresas médicas, militares e também de entretenimento. Como o seu uso ainda é restrito, não se pode afirmar com certeza se podem ocorrer efeitos colaterais indesejados, o que só será possível com pesquisas adicionais. Por enquanto, é pouco provável que grandes marcas queiram associar seu nome a uma experiência tão “chocante”.

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