Idec quer impedir envio de dados do WhatsApp ao Facebook no Brasil

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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) analisa medidas administrativas e judiciais contra o compartilhamento de dados imposto pelo WhatsApp à patrocinadores do Facebook. Contrariada pela falta de opções fornecidas aos usuários, a instituição se reunirá para debater o tema nesta semana para decidir as melhores medidas.

A partir de 8 de fevereiro de 2021, usuários do WhatsApp que não aceitarem os novos termos que permitem o compartilhamento de dados com o Facebook e seus patrocinadores terão sua conta suspensa até concordarem com o contrato. A péssima novidade alcançou os usuários do mensageiro gradativamente em forma de janela pop-up — que interrompe a navegação no aplicativo, impondo a leitura dos novos termos e notificando a data limite.

Embora os dados compartilhados não incluam as mensagens em si, toda a agenda de contatos do celular, bem como foto de perfil e outras informações serão obrigatoriamente enviadas ao Facebook. Isso chamou a atenção da base de usuários, principalmente pela falta de opções fornecida pelo WhatsApp. Esse mesmo motivo chamou a atenção do Idec, que considera problemático não dar opções que restrinjam o compartilhamento de dados no Brasil — onde o app se tornou ferramenta de trabalho para milhares de usuários.

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Na União Europeia e no Reino Unido, a empresa não poderá impor a medida, já que foi impedida pelas autoridades locais. Por aqui, o WhatsApp segue sua campanha pelos novos termos, justificando a implementação de novas medidas para “promover a transparência”. “Daqui para a frente, as empresas podem optar pelos serviços seguros de hospedagem do Facebook para ajudar no gerenciamento das comunicações com seus clientes no WhatsApp.”.

Considerando que o tema será destrinchado pelo Idec ao longo desta semana, uma medida deve ser tomada até a semana que vem e pode mudar ou flexibilizar a decisão do WhatsApp no Brasil. Em paralelo, parte da base de usuários do mensageiro busca por alternativas que não impõem o compartilhamento de dados com grandes companhias, como o Signal e Telegram.

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