Edward Snowden se recusa a utilizar o iPhone por questões de segurança

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Imagem: Wikimedia Commons

Edward Snowden se tornou conhecido por ter divulgado uma série de táticas de espionagem de massas por parte do governo dos EUA. O próprio analista é uma fonte fidedigna, afinal, tendo trabalhado diretamente com a NSA (a agência de segurança dos EUA). E o que mais? Bem, ele não utiliza iPhone de forma alguma, alegando “falta de segurança” no sistema do aparelho.

De acordo seu advogado, Anatoly Kucherena, Snowden diz que o motivo é o software de ativação autônoma do dispositivo da Apple, o que serviria para coletar informações sem o conhecimento ou a permissão do usuário. “Edward jamais utiliza um iPhone”, disse Kucherena, garantindo que o analista possui apenas um celular simples — sem funcionalidades “smart”, portanto.

Escolha estritamente profissional

“O iPhone tem um software especial que pode se ativar sem que o usuário aperte qualquer botão, passando a coletar informações sobre ele — é por isso que, em termos de segurança, ele se recusa a utilizar esse telefone”, disse o advogado em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti. De acordo com ele, a escolha de Snowden se deve estritamente à questão profissional.

Ademais, Kucherena garantiu que Snowden atualmente vive bem e está bastante satisfeito na Rússia — onde vive em companhia de sua namorada. Ele teve seu pedido de asilo concedido pelo país em agosto de 2013, acordo convertido em três anos de residência posteriormente.

Acusações de vigilância

Edward Snowden se tornou persona non grata nos EUA após ter tornado público detalhes sobre uma miríade de programas governamentais destinados à vigilância da população. Em entrevista aos jornais The Guardian e The Washington Post, Snowden deu detalhes sobre diversos programas associados à pasta de Vigilância Global — cujas ações monitoravam o tráfego de informações em vários programas, incluindo o PRISM.

O governo dos EUA, por sua vez, acusou Snowden de roubo de propriedade do governo, de comunicação não autorizada de informações vitais à defesa nacional e de comunicação de informações confidenciais de inteligência para pessoas não autorizadas. A opinião pública, entretanto, acabou por apoiar o analista — que chegou mesmo a ser premiado com um “Nobel alternativo” de Direitos Humanos.

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