Se você acha que todo sistema operacional com o qual temos contato está perfeitamente protegido, é melhor pensar novamente. Isso porque, enquanto 95% dos iPhones já possuem seus dados devidamente encriptados – uma das proteções mais importantes que você pode ter atualmente –, o mesmo é verdade para apenas 2% dos dispositivos Android.
De acordo com as informações trazidas pelo The Wall Street Journal, o motivo para essa enorme diferença é resultado da fragmentação do sistema operacional da Google. Embora venha prometendo resolver os problemas resultantes disso, pouco foi feito até agora, levando a problemas para implementar a encriptação no SO principalmente devido às versões modificadas da plataforma desenvolvidas pelas empresas.
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Para você ter uma ideia da diferença entre eles, a encriptação de dados está presente nos aparelhos da Apple desde o iOS. Já no Android, essa tecnologia só veio com a versão 6.0 Marshmallow, que ainda está limitada para poucos dispositivos.
95% of all iPhones encrypted.
— Owen Williams ?? (@ow) 15 de março de 2016
Just 2% of Android devices. https://t.co/Kf4R8D4m7I pic.twitter.com/cP5UWn1Mwx
Um problema prestes a acabar?
Não há como negar que o quadro é preocupante para os donos de aparelhos Android, mas, ao que tudo indica, isso não deve continuar sendo um problema por tanto tempo. Se as informações descobertas na versão de desenvolvedor do Android N forem verdadeiras, a Google pode começar a separar seu sistema operacional em dois – um contendo a base do sistema e outro contendo a interface e suas ferramentas.
E o que isso significa para a plataforma? Em resumo, o núcleo do sistema operacional passaria a ser um só em todos os aparelhos, independente das mudanças trazidas pelas OEMs das empresas. Isso não só permitiria às companhias criar ferramentas com maior liberdade e sem medo de afetar a funcionalidade do Android, como também daria à Google a possibilidade de lançar atualizações importantes para os aparelhos sem entrar em conflito com a interface.
Mesmo que isso ocorra, no entanto, a situação não é boa para a Google, visto que muitos anos ainda devem ser necessários até que o público passe a utilizar dispositivos com suporte para versões tão recentes do Android.
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