Pesquisadores usam eletricidade em músculos para simular paredes em VR

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Imagem: Engadget/Hasso-Plattner Institute

A tecnologia de realidade virtual vem avançando bastante no campo visual, com óculos VR proporcionando sensações de imersão cada vez maiores em ambientes digitais. Ainda assim, enganar os nossos outros sentidos é algo que ainda não se tornou viável na maioria dos casos. Agora, um grupo de cientistas apresentou um sistema que, por meio de choques elétricos em músculos, engana seu tato e faz você sentir como se estivesse tocando em paredes ou levantando objetos pesados.

Os estudiosos do Hasso-Plattner Institute, na cidade alemã de Potsdam, apresentaram a novidade durante a conferência CHI’17 em Denver, capital do estado norte-americano de Colorado. Os pesquisadores equiparam voluntários com uma mochila portando um simulador muscular de oito canais (EMS, na sigla em inglês), um equipamento avançado voltado para medicina. O aparato funciona junto ao Gear VR da Samsung, com apoio de rastreadores encaixados nas mãos do usuário e de um sistema de captura de movimentos.

A elétricidade faz os músculos se contraírem e passa a sensação de que ele tocou em algo

Eletrodos são conectados aos antebraços e bíceps, aplicando um suave choque elétrico sempre que você tocar ou erguer um objeto virtual. A energia faz com que o músculo ativado se retraia, empurrando a mão do usuário e fazendo com que ele sinta como se estivesse encostando em uma parede ou levantando um cubo pesado.

Próximos passos

A tecnologia não machuca ou provoca dor nos usuários e já é utilizada faz alguns anos para fisioterapia e estímulo de exercícios – como aqueles cintos para quem não quer fazer abdominais, por exemplo. Segundo um dos autores do estudo, Pedro Lopes, sensações físicas são uma necessidade com relação à realidade virtual.

De acordo com o estudioso, a solução é simples o bastante para ser integrada em roupas comuns. No entanto, ainda vai levar algum tempo até que vejamos produtos com a tecnologia disponíveis no mercado. Por enquanto, o próximo passo para os pesquisadores é conseguir reproduzir situações em que mais força esteja envolvida e simular outras sensações físicas.

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