The Hardware Show: placa de vídeo Radeon RX 550 – review/análise [video]

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Depois de demonstrar todo o potencial da arquitetura Polaris com placas de alto desempenho, a AMD resolveu diversificar ainda mais sua linha de produtos gráficos na série RX 500 com o lançamento de uma placa mais simples: a Radeon RX 550.

Nós já pudemos conferir a performance da RX 570 e 580 de perto, mas ainda faltava experimentar a solução da Radeon para os gamers que buscam uma placa acessível, porém ainda pronta para os games recentes.

Pois é, a Radeon RX 550 é uma placa de baixo consumo que vem para substituir a Radeon R7 360 e concorrer com a GeForce GT 1030. Trata-se de uma placa modesta, que vem com 2 GB de memória RAM e poucos recursos, porém ela pode ser adequada para computadores mais simples ou jogadores que não sejam tão exigentes quanto aos gráficos.

Vale notar de antemão que nós testamos a Gigabyte Radeon RX 550 OC, então não se trata do mesmo produto que a AMD mostrou nos anúncios, já que a placa que usamos vem com overclocking de fábrica e um sistema de refrigeração melhorado. Será que a Polaris pode surpreender no segmento de entrada? Vamos conferir!

Especificações

Especificações da RX 550

Design conhecido

A Gigabyte já é bem conhecida por suas placas de vídeo robustas e também por oferecer soluções inteligentes até mesmo em produtos mais simples. Nós já analisamos várias peças da fabricante e reconhecemos seu capricho nos mínimos detalhes, algo que não é diferente no caso da Radeon RX 550 OC.

O design aqui é muito similar ao que vimos em outras placas da marca, sendo até muito similar ao visual da GeForce GTX 1050. A Gigabyte Radeon RX 550 OC é uma placa bem pequena, com carcaça de plástico e uma composição visual que aproveita a combinação de cores preta e laranja.

Design da RX 550

Apesar de se tratar de uma placa de vídeo de entrada, a Gigabyte manteve o projeto de refrigeração similar ao de peças mais poderosas. Na prática, isso significa que ela deve entregar excelente fluxo de ar, graças aos frisos e relevos que garantem uma identidade diferenciada ao mesmo tempo em que entregam melhorias na performance.

Curiosamente, diferente de algumas unidades com o chip RX 550, esta placa da Gigabyte apresenta dois coolers, o que pode até ser um exagero considerando o nível de desempenho da peça. As ventoinhas são grandes e têm pequenas modificações nas aletas para melhorar a circulação.

Conheça a Radeon RX 550

A Radeon RX 550 é a nova placa de vídeo básica da família Polaris. Apostando no processo de fabricação de 14 nanômetros, a AMD pôde incluir 2,2 bilhões de transistores no processador, os quais são programados para trabalhar com clock elevado (a placa de referência roda com frequência base de 1.100 MHz e turbo de até 1.183 MHz).

Segundo as informações da Radeon, tal qual outras peças da série Polaris, a placa RX 550 é projetada especialmente para trabalhar com APIs de baixo nível, ou seja, que dão acesso direto ao hardware. Ela promete alto desempenho com jogos que já usam os novos recursos do DirectX 12 e do Vulkan.

Detalhes da Radeon RX 550

Os incrementos na arquitetura Polaris permitiram alcançar o poder computacional de 1,1 TFLOPS. Isso foi possível tanto pelo aumento no clock da GPU quanto pelas melhorias na memória de vídeo, características que antigamente eram incomuns em placas de entrada.

Em questão de energia, a Radeon RX 550 também surpreende pelo baixo consumo de energia. A potência típica da placa (o famoso TDP) é de apenas 50 watts, então não é preciso usar conector de energia (já que o PCI-Express fornece toda a alimentação necessária) e uma fonte de 300 ou 400 watts já deve dar conta do recado.

AMD FreeSync

Já tem algum tempo que a AMD apresentou o FreeSync, que garante permissão à placa de vídeo para controlar a taxa de atualização do monitor, conseguindo, com isso, aumentar a fluidez das imagens. Trata-se de um sistema de sincronização incrementado, que funciona para evitar inconvenientes durante a jogatina.

Ao contrário do G-Sync, da NVIDIA, esse sistema não exige um hardware proprietário incluído no monitor para funcionar, pois o FreeSync aproveita as especificações do padrão DisplayPort para fazer isso. Contudo, você precisa ter um monitor capaz de oferecer essa tecnologia para ativá-la em sua placa de vídeo.

A Radeon RX 550 é uma placa de entrada que dá suporte total para essa tecnologia, sendo então uma vantagem para os consumidores que vão apostar num monitor mais robusto, já que é possível sincronizar a frequência da tela com a performance da GPU.

Radeon Chill: a grande novidade da série RX500

Apesar de a atualização da série Polaris ser mais focada em melhorias de clocks, a AMD fez um esforço para levar uma nova tecnologia que promete benefícios ao jogador. A grande novidade é a tecnologia Radeon Chill, um recurso de software que visa diminuir o consumo excessivo de GPU sem afetar a experiência para o jogador.

Através de um algoritmo que monitora as atividades do usuário durante os jogos, o programa da Radeon pode determinar a velocidade das ações na tela. Assim, se o jogador ficar parado, o software percebe que quase tudo na tela não apresenta movimento e, automaticamente, reduz a carga de processamento para poupar energia.

Radeon Chill

Quando o usuário está no campo de batalha e há muitos elementos em ação na tela, o Radeon Chill responde de forma imediata para aumentar as taxas de frame e preservar a performance máxima para o jogador. Nessas ocasiões, o consumo pode voltar próximo ao normal, mas é possível que o algoritmo consiga poupar alguns recursos.

Testes de desempenho

Para conferir o desempenho da placa de vídeo em situações práticas, realizamos uma série de testes que você possivelmente faria em seu computador. As configurações de vídeo foram definidas para o nível mais baixo, já que esta é uma placa de entrada.

Máquina de testes

  • Sistema: Windows 10 Pro
  • CPU: Intel Core i7-6700K
  • Placa-mãe: GIGABYTE Z170-X Gaming G1
  • Memória: 16 GB RAM Corsair DDR4 2133
  • SSD: Intel 540 Series 480 GB
  • SSD 2: WD Blue 1 TB
  • HD: WD Blue 4 TB
  • Fonte: Corsair AX1500i

Batman: Arkham Knight

O mais recente jogo da franquia do Homem-Morcego abusa do poder do chip gráfico, colocando o componente de vídeo sob grande estresse e testando a máquina com vários filtros e efeitos.

Teste da RX 550 no Batman

Deus Ex: Mankind Divided

O novo game da série Deus Ex tem novidades gráficas que prometem levar os componentes de vídeo ao limite. O jogo é um dos mais pesados que já vimos, sendo que nem mesmo placas mais robustas dão conta dele com todos os filtros ativados. De qualquer forma, vale o teste para conferir se esta placa básica tem capacidade para executá-lo.

Teste da RX 550 no Deus Ex

Rise of the Tomb Raider

O último título da série Tomb Raider já é figurinha carimbada em nossos benchmarks, então nós resolvemos fazer alguns testes com placas que já estavam em nosso laboratório para compará-las com a Gigabyte RX 550 OC, já que esse jogo é popular e já utiliza o DirectX 12.

Teste da RX 550 no Tomb Raider

The Division

The Division consome muitos recursos do computador. O jogo aproveita muito bem vários filtros e tecnologias para entregar visuais de primeira. Um recurso presente nele é o sistema de benchmark automático, que permite rodar testes iguais em diferentes placas.

Teste da RX 550 - The Division

Temperatura e consumo

O sistema de refrigeração da Gigabyte Radeon RX 550 OC é bastante funcional e dá margem até para overclocking adicional. Em nossos testes, a placa funcionou perfeitamente nos jogos com temperaturas que raramente chegam aos 60 graus Celsius.

Com o programa FurMark, nós conseguimos atingir o pico máximo de 65 graus, o que significa que há uma boa margem para incrementar a performance da placa sem se preocupar com superaquecimento. Nós até rodamos jogos com overclocking de 200 MHz, sendo que as temperaturas aumentar para quase 75 graus Celsius.

Ventoinhas da RX 550

Em modo ocioso, a RX 550 se sai muito bem, mantendo temperaturas próximas de 30 graus, com alguns picos de 35 graus. Vale notar que todos os testes foram realizados em um gabinete Corsair com sistema de ventilação dotado de quatro ventoinhas. O ambiente para os testes tem temperatura controlada por ar-condicionado.

Quanto ao consumo, mesmo nas situações mais exigentes, a Radeon RX 550 puxou somente 40 watts da tomada, o que significa que ela é uma placa realmente econômica e que cumpre com as promessas da AMD.

Vale a pena?

No fim do dia, a Gigabyte Radeon RX 550 OC é uma placa simples, mas que ainda deve dar conta da jogatina básica. Ela é uma placa básica que fica acima de placas integradas e dá um passo além das antigas R7 250 e similares, uma pena que ela não supere a Radeon R7 360.

Apesar de ser adequada para games mais simples, a performance muito limitada dessa placa é um quesito complicado, porque é capaz que ela não rode games em resolução Full HD por muito tempo. Os jogos mais recentes já funcionam no limite e algumas quedas podem incomodar bastante.

Outra questão a se pensar é a qualidade visual mesmo, já que os games funcionam com um nível de detalhes muito precário, o que pode prejudicar significativamente a experiência. Se você não se importa muito com isso, essa placa até pode ser uma boa opção, mas, no geral, há opções melhores com acréscimos pequenos nos preços.

Conectores da RX 550

A questão do preço está diretamente atrelada à placa que você pretende adquirir, já que modelos de diferentes marcas tem algumas variações de valores. A Radeon RX 550 mais básica da Gigabyte custa cerca de 370 reais, enquanto a versão com overclocking já chega por aproximadamente 415 reais.

O preço não é tão fora da realidade, porém é importante verificar que há opções da GeForce GT 1030, que é a concorrente da RX 550, por 30 ou 40 reais a menos. Fora isso, por uns 50 ou 60 reais a mais, você já pode adquirir uma GeForce GTX 950, que, mesmo sendo de uma geração anterior, já é bem mais competente nos games do que a RX 550.

Assim, se você quer uma placa básica, a Radeon RX 550 pode ser uma opção, mas não custa esperar alguns ajustes nos preços. Por ora, recomendamos investir em soluções mais potentes, já que a performance aqui vai ser um bocado limitada.

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