Pela internet, políticos lamentam morte de Eduardo Campos

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Com a morte do candidato à presidência da república, Eduardo Campos, políticos de diferentes partes do Brasil escolheram as redes sociais para lamentar o ocorrido desta quarta-feira. O antigo governador de Pernambuco estava à bordo de um jato executivo que caiu em cima de uma área residencial em Santos, graças ao mau tempo da região.

A candidata a vice na chapa de Eduardo, Marina Silva, usou o Facebook para manifestar o seu luto, Ela trocou a imagem da capa de seu perfil por um fundo preto. Minutos após a manifestação, internautas comentaram a troca com mensagens de motivação e apoio a Marina.

Vários internautas desejaram força à candidata e disseram estar contando com ela. Outros pediram para que ela não desista de mudar o Brasil. "Agora é contigo, Marina", parece ser o clima oficial entre os seguidores da ex-candidata a vice de Eduardo. Cerca de 15 minutos depois da manifestação de luto oficial na rede social, a nova foto de capa de Marina Silva já tinha 549 curtidas e 151 comentários de apoio.

O apoio do governo e da esquerda

Entre os que se manifestaram estão membros do governo, como a ministra da Cultura Marta Suplicy. Ela declarou estar triste com a notícia e ofereceu sentimentos à esposa e filhos de Campos. A deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB/RS) se referiu à família e aos amigos do ex-governador e escreveu: "convivi com ele e tive sua alegre e leve presença em minhas duas campanhas de prefeita".

Flávio Dino, candidato ao governo do Maranhão pelo mesmo partido de Manuela, declarou ainda que sua dor "é proporcional à gratidão pessoal que tenho por Eduardo, que sempre foi muito solidário e leal com a nossa luta no Maranhão". Na mesma linha, Fernando Pimentel, candidato do PT ao governo de Minas Gerais, disse que o País perdeu um grande brasileiro, com "uma vida dedicada ao povo".

Um dos depoimentos mais marcantes veio do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do mesmo partido de Eduardo Campos (PSB). Para ele, a perda foi mais pessoal: "Perco um amigo que seria presidente da República, não tenho a menor dúvida. Se não fosse nessa eleição, pela idade que tinha pela experiência que tinha, seria nosso presidente. Infelizmente uma fatalidade", disse Jonas. "O que mais me admirava nele era a capacidade de ouvir, ele sempre chamava a gente para ouvir opinião, para debater. Era uma pessoa que ia fazer a diferença por isso, com o jeito dele, a tranquilidade, mas com a firmeza que ele sempre teve".

Os candidatos da oposição à esquerda de Campos também se manifestaram. Os principais nomes do PSOL como o deputado Marcelo Freixo, usaram o Facebook para demonstrar sua empatia: "A vida é tão rara! Terrível a notícia da queda do avião com Eduardo Campos e comitiva. Toda solidariedade aos familiares e amigos.”

Marcelo Alencar (PSOL), deputado federal que trabalhou ao lado de Eduardo quando os dois eram do PT, escreveu uma breve nota de pesar em memória de seu amigo:

“O desastre que vitimou Eduardo Campos atinge a todos nós. Conheci Eduardo na Câmara dos Deputados e pude conviver com sua empatia, orgulho pela luta política do avô (Miguel Arraes) e ideal socialista, ainda que com concepção bem distinta da nossa.

Também tenho afável relação humana com sua mãe, Ana Arraes, e posso imaginar a terrível dor dela e dos demais familiares e amigos de Eduardo. Foi em um mesmo 13 de agosto, há nove anos, que o velho Arraes nos deixou. Numa perspectiva de fé, que talvez conforte pouco nesta hora, a coincidência temporal produz o reencontro de eternidade.

A vida é frágil e, por isso mesmo, precisa ser guiada por valores que a ultrapassam. Minha solidariedade e do PSOL à família de Eduardo Campos, aos seus muitos amigos e ao PSB.”

O deputado Jean Wyllys disse estar chocado com o acidente e lembrou que outras pessoas também morreram no ocorrido. "Meus pêsames às famílias", desejou.

A oposição também manifestou o seu apoio

Os candidatos de partidos da oposição também lamentaram a morte do político. O vice na chapa do tucano Aécio Neves, o senador Aloysio Nunes, disse estar "profundamente chocado" com o ocorrido. O senador José Agripino Maia, coordenador da campanha presidencial de Aécio e que estava ao lado do tucano no momento da notícia, informou no Twitter que a agenda da campanha no Rio Grande do Norte e na Paraíba foi cancelada. "Estamos surpresos com notícia da morte de Campos", afirmou.

O candidato a senador do Rio de Janeiro pelo DEM, Cesar Maia, lamentou a "notícia trágica", destacando que Campos tinha apenas 49 anos e deixou cinco filhos. "Era um homem de bem", disse. Na mesma linha, o candidato à Presidência pelo PV, Eduardo Jorge, também o ocorrido. "Esta perda é muito triste para o País. Eduardo Campos era uma liderança muito jovem e muito importante para o Brasil. Toda minha solidariedade à família".

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