Israelenses criam página de selfies em abrigos antibomba no Facebook

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Quando o mais recente conflito entre israelenses e palestinos teve seu início, uma página de Facebook foi criada para reunir as fotos das famílias judias nos diferentes abrigos antibombas do país. Batizada de "Bomb Shelter Selfies" (Selfies em Abrigos Antibombas), a comunidade possui mais de 1.600 imagens de familiares e colegas de trabalho sorrindo juntos nos bunkers.

Segundo os organizadores da página, o objetivo deste grupo é se manter são “no meio de uma guerra louca” e as imagens são “uma forma de expressar nossa sobrevivência enquanto foguetes são abatidos ao nosso redor”. Desde o início do conflito na região morreram 622 pessoas, das quais 593 eram palestinas, incluindo 121 crianças. Israel acertou alguns hospitais e escolas da faixa de Gaza e mais de 40 mil pessoas estão sendo mantidas nos 34 abrigos das Nações Unidas. Do outro lado do conflito, os israelenses perderam 27 soldados e dois civis.

As mensagens dos posts tentam tratar o conflito de forma leviana, mostrando que os israelenses estão tranquilos e seguros em seus bunkers de última geração. De acordo com a organizadora da página, Sara Eisen, a ideia era tornar o momento de entrar nos abrigos um pouco menos assustador, especialmente para os seus filhos, e também avisar os amigos de fora de Israel que eles estavam bem.

O objetivo da comunidade

Segundo Sara: “É assustador, mas sentimos que nosso governo nos protege, então nos sentimos seguros na maioria das vezes. Fico triste que as pessoas em Gaza não tenham a mesma proteção do seu governo e, ao contrário, sejam usadas pelo Hamas como escudo”. A proprietária da comunidade alega que não conhece nenhum residente da região atacada por Israel.

Sara conserva em sua página muitas fotos de israelenses sorrindo, e existem alguns posts de conteúdo questionável, como aqueles que apresentam mensagens de agradecimento ao Hamas pelo encontro entre familiares ou amigos.

Esta nova fase do conflito começou quando Israel acusou o Hamas de sequestrar e assassinar três estudantes israelenses em junho. A repercussão foi ainda mais assustadora quando eles queimaram um adolescente palestino vivo nas ruas de Jerusalém. A partir daí Israel mobilizou 53.200 homens para uma ofensiva no pequeno território de 362 km², com 1,8 milhão de habitantes, vivendo em condições miseráveis graças aos bloqueios do país judaico.

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