Pichau analisa a placa Gigabyte GTX 1070 Founders Edition 8GB [vídeo]

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Após testarmos a primeira representante da arquitetura Pascal no mercado mainstream, a NVIDIA GTX 1080, hoje analisamos o desempenho em jogos da GIGABYTE GTX 1070 Founders Edition, que promete entregar alta performance em 1080p, além de estar preparada para encarar jogos em 1440p, tudo isso sem ferir o seu bolso.

A Gigabyte é uma das primeiras fabricantes a disponibilizar a GTX 1070 no mercado brasileiro e, como já era de se esperar, o modelo Start da empresa é o Founders Edition e custa R$ 2.699,00 — pouco acima do esperado para este modelo se levarmos em conta os valores divulgados no lançamento pela NVIDIA.

O modelo segue à risca o projeto da NVIDIA Fouders Edition, apresentando um sistema de refrigeração muito semelhante aos encontrados nas gerações passadas, agora com um design mais arrojado, com linhas agressivas e retas que lembram muito o corte lapidado de um diamante. O ar é empurrado até a GPU por uma ventoinha, localizada na ponta da placa do tipo blower fan, e sai pela parte traseira do gabinete.

A memória agora é de 8GB do tipo GDDR5, diferente da encontrada na GTX 1080, que é do tipo GDDR5X, tecnologia que se mostra um pouco mais rápida. A velocidade da memória trabalha na casa dos 8.000MHz e possui uma interface de 256 bits, o que garante à GTX 1070 uma banda de 256GB/s.

A GPU aqui é a GP104, que carrega consigo um total de 1.920 núcleos CUDA, o que é um aumento considerável se comparado com sua antecessora de mercado — a GTX 970, que trazia 1.664 CUDA Cores.

O Base Clock da GTX 1070 é de 1.506 MHz e o Boost Clock chega a 1.683 MHz, o que com o GPU Boost 3.0 deve chegar fácil na casa dos 1.800MHz. Em uma comparação rápida, podemos notar que seus números são expressivamente mais altos que da GTX 970.

Especificações

Caixa e acessórios

A placa vem bem acondicionada dentro de uma primeira caixa, que traz uma estampa com muitas informações. Ela cobre uma segunda caixa na cor preta com as inscrições GIGABYTE no centro e, enfim, dentro desta última caixa, encontramos a GTX 1070 com espumas densas que mantêm a placa imóvel durante transporte.

Além disto, a placa de vídeo é encoberta por um plástico antiestático. Há também tampões plásticos nos conectores de vídeo, no PCI-e e nas conexões para SLI. Isso evita o acumulo de poeira e evita o contato com determinadas regiões, tanto quando a placa está na caixa quanto quando é instalada no computador. Nos acessórios, não encontramos muitas coisas, apenas um manual de usuário e um CD com drivers e softwares para instalação.

Valores maiores nem sempre significam maior consumo

Como podemos notar pelas notícias e artigos, o foco da NVIDIA não é só ganhar desempenho bruto, mas também manter a eficiência energética cada vez maior sem aumentos expressivos em consumo.

Mas como isso é possível? Estamos falando agora de uma GPU com litografia mais baixa, uma redução de 28 nm para 16 nm, com processo de fabricação FinFET, o que garante um menor consumo e um clock nunca visto antes. Esta é uma das mais marcantes características das novas Geforce GTX 1000 Series.

Nossa metodologia

Agora chegou a melhor parte: vamos pôr esta monstrinha na bancada e iniciar a jogatina. No total, faremos testes em 12 jogos dos mais variados gêneros e engines para mostrar em diferentes ambientes o comportamento da placa. Acreditamos que esta é a maneira mais justa de fazer uma comparação, focada no público gamer.

Nos testes em vídeo e nos gráficos, vocês conseguem ver os presets utilizados em cada game, mas, de modo geral, se eles se resumem a:

  • Preset gráfico no Máximo ou próximo disto em 1080p/1440p/2160p;
  • Quando em 2160p, reduzimos os filtros de antiserrilhamento AA;
  • Os testes são feitos com os últimos drivers e versões atualizadas dos jogos e do sistema;
  • A captura das amostras em vídeos é feita com placa de captura externa, para que o desempenho da máquina não seja desperdiçado;
  • O monitoramento das informações é feito com o MSI Afterburner e a medição de frames é obtida com o FRAPS;
  • Os valores em frames são obtidos ao rodar o mesmo jogo três vezes no mesmo preset gráfico. Depois, é feita uma média dos resultados obtidos nas três partidas para que fique um valor mais íntegro e tente eliminar variações;
  • A temperatura ambiente dos nossos testes como padrão é de +- 22ºC em sala fechada controlada por ar-condicionado.

Atenção: variações de configurações, drivers e temperaturas devem ser levadas em conta, pois podem influenciar ou mostrar resultados diferentes dos vistos nestes testes.

Nos comparativos em vídeo, vamos mostrar para vocês a performance lado a lado da GTX 1080, mas, em nossos gráficos, adicionamos as médias da GTX 980 Ti e GTX 980. Acreditamos que o teste mais aguardado por vocês é GTX 980 Ti vs GTX 1070, por isso, hoje, vamos descobrir na prática qual delas tem a melhor performance e qual tem melhor custo-benefício.

Nosso equipamento

  • Processador: Intel Core i7-4790K @4,7GHz
  • Placa Mãe: Gigabyte G1.Sniper M5
  • Memoria: 8GB HyperX Pichau Team
  • SSD: 240GB HyperX Savage
  • Fonte: EVGA 1.000W G2 Gold

Crysis 3

DiRT Rally

Dying Light

Far Cry Primal

Grand Theft Auto V

Metro Last Light Redux

Rise of The Tomb Raider

Shadow of Mordor

Sleeping Dogs

The Division

The Witcher 3

Temperatura e consumo

A temperatura durante os testes em jogos se manteve aceitável, sem oferecer riscos nem ser prejudicial à experiência. Após alguns minutos de gameplay, notamos a temperatura normal de operação da placa sob stress, que fica na faixa de 76 a 78ºC.

Considerando que estamos tratando da solução de referência, a placa ficou dentro dos limites aceitáveis sem apresentar quedas bruscas de clock e com frequências acima do divulgado pela fabricante (chegando a 1.860MHz com o GPU Boost 3.0).

Esta tecnologia libera mais overclock para a GPU enquanto as temperaturas se mantêm dentro dos parâmetros aceitáveis (limite térmico da GPU). Caso a placa esteja além deste limite, o clock da GPU é reduzido automaticamente para garantir uma temperatura boa de trabalho.

A rotação da ventoinha foi mantida em modo automático (como vem do fabricante), e por meio de monitoramento conseguimos perceber que a rotação variava entre 30 e 58%,o que manteve a placa silenciosa, já que em boa parte dos games a rotação não passou dos 50%.

Caso seja da vontade do usuário, é possível aumentar esta rotação a retirando do automático e proporcionando temperaturas mais baixas para a placa com o custo de ganhar mais ruído em seu sistema. Um bom exemplo está em nossa análise da GTX 1080, que com a ventoinha a 100% estabiliza a temperatura abaixo dos 55ºC.

No consumo, notamos uma eficiência energética excelente na GTX 1070. Se comparada com sua concorrente de desempenho no mercado, a GTX 980 Ti, notamos que a diminuição de consumo é gritante, saindo dos 361 watts de consumo máximo da bancada e passando para 246 watts de consumo quando equipada com a GTX 1070. Os números são visíveis nos TDPs das placas: 250 W na GTX 980 Ti contra 150 W da GTX 1070.

E aí,vale a pena?

O desempenho bruto da GTX 1070 se mostrou excelente em todos os jogos. É uma placa que oferece performance de sobra para Full HD, rodando todos os títulos com médias folgadas acima dos 60 frames por segundo, o que ajuda usuários de monitores com 120 Hz e 144 Hz, que podem usar presets modestos e alcançar números para aproveitar ao máximo os displays.

Isso nos mostra também que a placa se torna uma ótima opção para os usuários adeptos da realidade virtual, sendo uma ótima opção para uma máquina com este foco. Você deve estar se perguntando: e a experiência em 4K? E em 2,5K?

Bom, assim como sua antecessora em desempenho (a GTX 980 Ti), sabemos que utilizar do 4K em jogos demanda muito poder de fogo do equipamento, exigindo atualmente no mínimo duas placas como esta para conseguir desempenho de 60 frames por segundo com níveis de detalhes no máximo.

Se você é um usuário casual em 4K e não se importa em reduzir alguns filtros para jogar com fluidez, ela pode ser uma opção viável, tendo em vista que em nossos testes colocamos preset altos nos jogos. Rodando no médio em 4K, a placa consegue entregar resultados adequados.

No caso do 2,5K (2560x1440p), já podemos falar que é possível jogar, e muito mais tranquilo do que em 4K. Sabendo otimizar algumas opções e filtros, podemos alcançar médias altas de FPS com a ajuda dos 8 GB de memória VRAM.

O maior problema em sua decisão provavelmente vai ser por conta dos preços. Com a chegada da GTX 1070 no mercado por um valor de 2.699 reais — e uma performance similar à da GTX 980 Ti —, a NVIDIA cortou os preços da GTX 980 Ti para que ela não fique parada nos estoques.

A GTX 980 Ti custava 3.699 reais, o que a deixaria deslocada do mercado. Com o corte da NVIDIA, a GTX 980 Ti hoje custa entre 2,3 mil e 2,8 mil reais, o que a coloca em conflito com a GTX 1070, ficando a veredito dos clientes agora a decisão difícil.

Para ajudar vocês, com todos os resultados obtidos nos benchmarks acima, realizamos um cálculo de custo por fps, que você vê abaixo:

Para entendimento, pegamos todas as médias de fps de cada placa e somamos. Então, dividimos o valor obtido pela quantia de jogos rodado. Em seguida, fizemos a divisão pelo valor atual da placa de vídeo no mercado brasileiro. Assim, conseguimos uma média de valor paga por cada frame gerado. A placa mais barata nem sempre é a que vai entregar o melhor custo por fps.

Esperamos que tenham gostado da nossa breve análise da GIGABYTE GTX 1070 Founders Edition. Qualquer dica e opinião será sempre bem-vinda nos comentários aqui do TecMundo ou do YouTube.

Gostaríamos de agradecer aos nossos parceiros do TecMundo por terem aberto mais este espaço para divulgação de nosso material e, assim, ajudar muito mais pessoas.

Texto por Luiz Carlos Jr. - Pichau

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