Pesquisa: Smartwatches e smartbands ainda brigam para crescer no mercado

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A Kantar Worldpanel ComTech revelou os dados mais recentes relativos às vendas de dispositivos portáteis wearables, como smartwatches e smartbands. Segundo a pesquisa, 15,6% dos norte-americanos possuíam um relógio ou uma pulseira fitness inteligentes em dezembro de 2016. O aumento apresentado em relação a três meses antes, setembro de 2016, foi pequeno: 14,8% dos consumidores dos Estados Unidos afirmaram possuir um gadget como esses.

Dentro da categoria de smartwatches, a adoção nos EUA continua baixa (apenas 4,2%). A situação é pior ainda entre os quatro maiores mercados europeus (Grã-Bretanha, Alemanha, França e Itália), onde só 3,8% dos consumidores possuem um relógio inteligente. Quando somado com as smartbands, o percentual europeu chega a 9,2%.

Liderança fitness

“As pulseiras fitness inteligentes continuam vendendo mais do que os smartwatches mais avançados”, afirmou Lauren Guenveur, diretora de Consumer Insight da Kantar Worldpanel ComTech. “No quarto trimestre de 2016, apenas 35% dos vestíveis comprados nos Estados Unidos eram relógios inteligentes, uma queda de 40% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. A Apple foi a principal marca nos EUA, dominando uma fatia de 50% contra 24% no terceiro trimestre de 2016. O concorrente mais próximo foi a Samsung, com 17,4%, enquanto o restante do mercado estava fragmentado entre fornecedores menores”.

Na categoria Fitness, a Fitbit continuou a dominar as vendas com 75% do mercado contra 43% no terceiro trimestre de 2016

O Apple Watch Series 2, lançado em setembro de 2016, impulsionou a participação da Apple nas vendas de smartwatches. O Series 2 apresenta um design à prova d’água e GPS, enquanto o custo inferior do Series 1 diminuiu os obstáculos de entrada para atrair novos consumidores. O Series 2 foi o relógio inteligente mais vendido da Maçã no período, com 33%.

“Na categoria Fitness, a Fitbit continuou a dominar as vendas com 75% do mercado contra 43% no terceiro trimestre de 2016”, Guenveur acrescentou. “A Garmin, seu concorrente mais próximo, dominou uma fatia de 12,5%. As promoções de Black Friday e Cyber Monday foram um grande impulso para a Fitbit, quando quase todos os modelos tiveram descontos de US$ 20 a US$ 30, dependendo do varejista. O FitBit Charge 2, lançado em meados de setembro do ano passado, foi a smartband mais vendida, com 27%”.

Relógios inteligentes para o público europeu

Nos quatro principais mercados da Europa, os smartwatches se deram melhor, compondo 38% das vendas de dispositivos vestíveis no quarto trimestre de 2016, com a liderança da Grã-Bretanha, onde aproximadamente 45% deles eram smartwatches. A menor penetração de relógios inteligentes aconteceu na França, onde 70% de quem comprou vestíveis optaram por smartbands.

A Apple continuou em primeiro lugar nas vendas de smartwatches na Europa, com 37% do mercado no quarto trimestre de 2016, com a Samsung em segundo lugar tomando 16%. A Fitbit foi responsável por 50% das vendas de pulseiras fitness inteligentes nos quatro mercados principais da Europa, e a Garmin em segundo, com 23%. Na Alemanha, a Garmin ultrapassou a Fitbit como maior vendedora de smartbands, com valores respectivos de 36% e 31%.

Além da Apple e da Fitbit, fabricantes têm lutado para convencer os consumidores a comprar dispositivos vestíveis, que já foram considerados ‘o futuro da tecnologia’

“Além da Apple e da Fitbit, fabricantes têm lutado para convencer os consumidores a comprar dispositivos vestíveis, que já foram considerados ‘o futuro da tecnologia’”, afirmou Guenveur. “Nos Estados Unidos, entre não proprietários questionados em dezembro de 2016, apenas 8% planejavam comprar um dispositivo wearable nos próximos 12 meses, enquanto 76% não demonstraram intenção de adquirir um. O preço continua sendo a principal barreira (46%), enquanto 33% das pessoas disseram que 'as funcionalidades não são úteis' e 30% afirmaram que não gostariam de usar relógio”.

O futuro dos vestíveis

Apesar da baixa penetração nos quatro maiores mercados da Europa, a intenção futura de comprar um gadget vestível é maior do que nos EUA, com 12,1% tendo planos de adquirir um durante 2017. Dos que pretendem comprar, 39% disseram que gostariam de um smartwatch, parcela maior do que aquela interessada em uma smartband (31%). Cerca de um terço não tinha certeza do que gostaria de fazer.

A CES 2017 gerou certo “otimismo cauteloso” na área de vestíveis, de acordo com Guenveur. As startups estavam tentando se diferenciar dos smartwatches e das smartbands mais tradicionais dando usos mais específicos e especializados a esses gadgets, como monitoramento mais preciso de saúde, stress e emocional e avaliações físicas. E não se tratava apenas de dispositivos vestíveis no pulso. Outras aplicações emergentes incluíam roupas inteligentes, aparelhos de áudio, anéis e muito mais.

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