A evolução dos monitores [infográfico]

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Você pode achar que o monitor com caracteres verdes da trilogia Matrix é fruto da ficção, mas a verdade é que ele já foi mais real do que se imagina. E se hoje você pode ler este texto em um monitor de cristal líquido com milhões de cores, deve agradecer aos engenheiros e pesquisadores que permitiram tamanha evolução da tecnologia.

Os monitores começaram a surgir junto com a computação pessoal e evoluíram da mesma maneira. No final da década de 1970 apareceram os primeiros modelos compactos que poderiam ser utilizados em conjunto com máquinas da época (como o Apple II e algumas peças criadas pela IBM).

Foi nesse período que surgiram os monitores CRT (tubo) de fósforo verde, como o IBM 5151, lançado no ano de 1981. Os monitores de fósforo verde só podiam reproduzir uma cor (o verde, em várias tonalidades) e sofriam com o chamado “efeito fantasma”. Esse efeito era percebido quando os caracteres de texto eram trocados rapidamente ou quando havia rolagem na tela.

A IBM e o surgimento das cores

As primeiras placas de vídeo coloridas que surgiram no mercado trouxeram três padrões de vídeo para os consumidores. Lançado em 1981, o padrão CGA (Color Graphics Adapter) permitiu que algumas poucas cores chegassem às telas. No total, 4 cores principais e até 16 tonalidades podiam ser projetadas nas telas (dependendo da diminuição das resoluções para isso).

Três anos mais tarde, a mesma empresa anunciou a produção de placas EGA (Enhanced Graphics Adapter), que permitiam até 64 cores na tela. Assim como a geração anterior, o padrão EGA também foi criado para aumentar as vendas e consolidar o IBM PC como principal computador pessoal dos Estados Unidos.

(Fonte da imagem: Recycle Goods)

Em 1987, a IBM criou o seu último padrão exclusivo, o VGA.  Garantindo resoluções de até 800 x 600 pixels, foi o primeiro a permitir que até 256 cores estivessem carregadas. O conector criado para o sistema foi reaproveitado dois anos mais tarde, quando o consórcio VESA (Video Electronics Standards Association) desenvolveu o SVGA.

A importância das placas de vídeo

Ainda com as telas de tubos, no final da década de 1990 começaram a surgir as placas de vídeo mais avançadas, mais parecidas com as que conhecemos hoje. Além da memória, a preocupação com processadores especialmente criados para cálculos gráficos permitiu uma evolução enorme no segmento.

NVIDIA e ATI (atualmente AMD) começaram a corrida pela placa mais poderosa e as aceleradoras 3D mostravam que tinham chegado para ficar. Uma outra corrida começou a ser disputada no mesmo período: a busca pela popularização do cristal líquido.

E o LCD chega ao mercado

Muitas décadas atrás, o cristal líquido já havia sido incorporado a uma série de telas, mas o alto custo fez com que a produção delas fosse abandonada. Somente em 1997, monitores para desktop voltaram a ser criados com o material, ainda com preço elevado. Mais tarde, em 2007, pela primeira vez na história, o número de monitores e TVs de LCD superou o CRT em volume de vendas.

A alta qualidade dos monitores de LCD exigiu a criação de um novo padrão de transmissão de dados. Foi então que surgiu o DVI (Digital Visual Interface), que elevou as resoluções e permitiu que a computação chegasse a níveis jamais antes imaginados. O mesmo pode ser dito sobre o HDMI, que atualmente é o padrão digital mais utilizado.

(Fonte da imagem: divulgação / ASUS)

Uma das principais vantagens dos padrões digitais somados ao LCD é o aumento da taxa de frames por segundo. Graças a essas frequências maiores, os kits 3D puderam ser desenvolvidos e aplicados aos computadores.

Outras tecnologias

Você pode estar se perguntando: “onde estão os monitores de plasma?”. A verdade é que eles possuem pouca importância no mundo dos monitores de computador, pois passaram pouco tempo sendo utilizados. O plasma é recomendado para telas com mais de 40 polegadas e monitores raramente passam das 21.

No futuro, é possível que vejamos novas tecnologias surgindo. Como é o caso das telas OLED, que devem ser aperfeiçoadas em poucos anos e podem chegar ao mercado ainda nesta década. Um pouco mais para o futuro temos as telas de pontos quânticos e os monitores holográficos, que quando surgirem, serão a sensação da tecnologia.

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Como você viu, em 30 anos, a tecnologia dos monitores evoluiu bastante e ainda há muito o que ser explorado. Como serão os monitores daqui a cinco ou dez anos, ninguém sabe. Mas é bem verdade que a tecnologia avança a cada dia e imaginar telas holográficas e monitores 3D muito mais realistas não é sonhar demais.

Infográfico por: Bruna Fujie

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