Papel e a caneta atrapalham o aprendizado das crianças, diz Microsoft

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Imagem: Microsoft Canada

Você já sentiu que sua vida seria muito mais fácil se não tivesse mais que se preocupar com papel e caneta e usar apenas aparelhos eletrônicos para registrar informações? A Microsoft também. De fato, ela vai além: Lia de Cicco Remu, diretora de Parceiros no Aprendizado da Microsoft Canada, diz que as salas de aula atuais simplesmente não estão mais funcionando para as crianças.

“Quando foi a última vez que você usou um pedaço de giz para se expressar?“, questionou Lia, ao site The Georgia Straight. De fato, ela traz um ponto e tanto; afinal, com o nível de tecnologia ao qual temos acesso hoje, muitas crianças já têm contato com smartphones e tablets desde cedo – algumas até mesmo antes do papel e caneta. “Crianças não se expressam com giz ou em cursiva. Crianças digitam”, afirmou ela.

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As declarações vieram em preparação ao Microsoft Summit 2015, evento voltado à educação que ocorrerá em 23 de maio, em Vancouver. Nele, haverá a apresentação de demonstrações interativas e workshops de diversos produtos da Microsoft, como o Office 365 e o OneNote, para a ajudar no ensino e nas salas de aula.

Segundo Lia, usar essas tecnologias é imprescindível. “É uma maneira para os professores conseguirem o desenvolvimento profissional que eles precisam para trazer práticas de ensino relevantes às salas de aula de agora, porque nossas crianças estão morrendo ali. Eles não estão conseguindo o estilo de ensinamento que eles precisam para agora e para o futuro. Nós ainda estamos ensinando eles como fizemos centenas de anos atrás.”

De uma “prisão” para um lugar de aprendizado

Utilizar da tecnologia nas salas de aula ganha ainda mais importância, se analisarmos o quão “atraentes” dispositivos eletrônicos são em comparação ao lápis, papel, livros e afins. “Por que você espera que uma criança vá para a escola e sente na mesma cadeira todo o dia com papel e caneta?”, questionou Lia.

“Quando eles chegam em casa, eles têm todos esses dispositivos e eles estão jogando e eles estão fazendo todas essas grandes coisas online, e a expectativa da escola é fazer algo radicalmente diferente. Você gostaria de fazer isso? Eu não gostaria de fazer isso.” Ela ainda continua: “nossas escolas são como prisões – paredes de tijolos, sem cor, não muito atraentes ou emocionantes.”

E como seria uma sala de aula ideal, nesses moldes? “Então salas de aula – que salas de aula?” questiona Lia. Em resposta, a diretora usa o ambiente criado pela professora Zoe Branigan-Pipe. “Aprender é a qualquer momento, em qualquer lugar. Crianças aprendem em todo o lugar. Desde que elas tenham aquele aparelho e elas tenham aquela conectividade com a nuvem, eles podem fazer seu trabalho em qualquer lugar. É por isso que as ferramentas se tornam tão importantes”, explica.

Lia também explica que abandonar todos esses meios antiquados não quer dizer abandonar a escrita como um todo. Isso poderia ser substituído pelo uso de uma stylus e um tablet, ganhando todas as vantagens de escrever, mas com toda a conexão que a tecnologia oferece.

Por fim, para aqueles professores que são céticos quanto ao uso da tecnologia nas escolas, Lia deixa uma mensagem clara: aceite ou saia do caminho. “Sério, não é justo com as crianças. É difícil no início entender e aprender todas essas ferramentas, mas você está fazendo um desserviço para nossos estudantes e os futuros dessas crianças se você não fizer isso. E esse é seu trabalho.”

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