Amazon: emergência recebeu 189 ligações de crises mentais em 5 anos

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Aviso de gatilho: este texto fala sobre suicídio e automutilação

O portal norte-americano The Daily Beast reportou que, nos últimos 5 anos, o serviço de emergência dos Estados Unidos recebeu cerca de 190 ligações de dentro dos galpões da Amazon por conta de crises mentais. Ameaças e tentativas de suicídio e automutilação são alguns dos motivos mais citados nas chamadas.

Existem diversas denúncias sobre as condições de trabalho questionáveis da Amazon, mas agora é possível ver as consequências delas. Funcionários desgastados por turnos muito longos, com medo de ir ao banheiro e se comunicar com os outros e metas impossíveis de serem alcançadas: “Há um sentimento constante de ‘Eu errei, eu errei, eu errei?’. Ele fica com você e se torna uma ansiedade permanente”, lembra um ex-funcionário entrevistado pelo site de notícias.

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Áudio de algumas das chamadas obtidas pelo The Daily Beast

As chamadas às quais o portal teve acesso apresentam vários tipos de crise, como funcionários que tentaram se cortar com abridores de caixas, cartas de suicídio encontradas no ambiente de trabalho, ameaças de se jogarem de andares altos ou sacadas de prédios e até uma grávida que queria esfaquear a própria barriga.

O que diz a empresa?

Em resposta à publicação, a Amazon afirmou que o número de ligações é uma generalização exagerada e “não considera o total da população de nossos associados, horas trabalhadas ou a expansão de nossa rede. A saúde física e mental de nossos colaboradores é nossa prioridade e estamos orgulhosos de nossos esforços e sucessos nessa área. Disponibilizamos um plano de saúde, que começa no primeiro dia de trabalho, para que nossos funcionários possam cuidar do que precisarem, serviços de aconselhamento confidenciais gratuitos 24 horas por dia e opções de licença e acomodações médicas que tratem problemas de saúde mental e física.”.

Entretanto, cinco dos seis ex-funcionários entrevistados pelo The Daily Beast afirmaram que, ao serem colocados de licença, tiveram dificuldades de conseguir a compensação prometida, pois o serviço de aconselhamento era insuficiente ou muito caro e alguns deles foram simplesmente demitidos. “A Amazon joga um monte de coisas lindas para você: benefícios, bom salário, segurança empregatícia, isso e aquilo, mas, se você não ler as letras pequenas no fim do contrato, está ferrado”, declarou um dos entrevistados.

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