Novo tipo de memória utiliza nanoestruturas de vidro

1 min de leitura
Imagem de: Novo tipo de memória utiliza nanoestruturas de vidro

(Fonte da imagem: Universidade de Southampton)

Pesquisadores da Universidade de Southampton desenvolveram uma nanoestrutura em vidro que permite o desenvolvimento de um novo tipo de memórias para computadores. Segundo os responsáveis, o projeto possui aplicações em manipulação óptica e tem potencial para reduzir dramaticamente o preço do desenvolvimento de imagens médicas.

Um time liderado pelo professor Peter Kazansky, do Centro de Pesquisa em Optoeletrônicos da universidade, usou nanoestruturas para desenvolver conversores de polarização monolíticos de vidro com espaços variantes. Esses dispositivos com tamanho milimétrico modificam a forma como a luz se propaga pelo vidro, gerando “redemoinhos” de luz que podem ser lidos de forma semelhante aos dados enviados por fibra óptica.

A novidade permite processar de forma mais precisa lasers e a possibilidade de realizar a manipulação óptica de materiais com o tamanho de átomos. Outras características incluem a criação de imagens médicas com resolução ultra-alta, além da possibilidade de se desenvolver aceleradores de partículas com dimensões extremamente reduzidas em relações aos dispositivos disponíveis atualmente.

Informações conservadas por toda a eternidade

Assim como acontece em mídias de armazenamento convencionais, dados podem ser gravados, apagados e reescritos na estrutura em vidro através do uso de lasers. A principal vantagem da tecnologia em relação aos métodos semelhantes já disponíveis é o fato de que a novidade é 20 vezes mais barata, além de ser extremamente compacta.

Desde a publicação do trabalho que descreve o novo método, os pesquisadores já conseguiram avanços importantes e foram capazes de realizar gravações ópticas com cinco dimensões. Segundo Martynas Beresna, líder do projeto, a tecnologia significa a possibilidade de conservar dados por toda a eternidade em estruturas de vidro, algo que nunca havia sido feito anteriormente.

Atualmente, os pesquisadores trabalham junto à companhia Altechna, da Lituânia, para desenvolver meios de introduzir a novidade no mercado. Até o momento, não foi estipulada uma data para que isso comece a acontecer.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.