Construção de novo acelerador de partículas brasileiro vai começar este ano

1 min de leitura
Imagem de: Construção de novo acelerador de partículas brasileiro vai começar este ano

(Fonte da imagem: Reprodução/CNPEM)

Segundo uma notícia divulgada pela FAPESP, deve ter início ainda este ano em Campinas a construção do “Sirius”, um novo acelerador de partículas de terceira geração capaz de produzir imagens de maior resolução e emitir radiação com maior brilho do que o acelerador atual, o UVX, que pertence à segunda geração. O novo equipamento será construído em uma área de 150 mil metros quadrados ao lado das instalações do LNLS, onde se encontra o UVX.

O equipamento atual é o único na América Latina e conta com 16 estações experimentais (ou linhas de luz) que atendem cerca de 500 grupos de pesquisa por ano. Ele é capaz de emitir radiação de alto brilho em diversas frequências, que variam dos raios-x ao infravermelho, permitindo que os pesquisadores possam estudar a estrutura atômica dos mais diversos materiais e a forma como esses átomos estão distribuídos e interligados.

Velho x novo

(Fonte da imagem: Reprodução/LNLS)

Entretanto, o UVX não é tão preciso quanto os aceleradores de partículas disponíveis nos EUA e na Europa. Segundo a FAPESP, o Sirius oferecerá resultados muito mais precisos do que o equipamento disponível no momento, além de contar com quase o triplo da capacidade atual, já que o projeto prevê a construção de 40 estações experimentais.

Ainda de acordo com a notícia, o projeto original também passou por diversas alterações, o que deve colocar o Sirius entre os aceleradores de maior brilho no mundo. Um exemplo dessas modificações foi a substituição do sistema de eletroímãs — que guiam a trajetória dos elétrons dentro do acelerador — por um sistema de ímãs permanentes para reduzir a necessidade de cabos de alimentação, e mudanças na câmara de vácuo e na rede magnética do acelerador.

A previsão é de que o projeto seja finalizado em 2016, e o custo estimado é de R$ 650 milhões. O novo acelerador poderá atender pesquisadores das mais diversas áreas, como da biofísica, química, medicina, nanotecnologia etc., além de atrair cientistas de renome de todo o mundo para realizarem aqui no Brasil os seus estudos.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.