Pesquisadores tentam encontrar formas de vida isoladas há 100 mil anos na Antártida

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(Fonte da imagem: Thinkstock)

De acordo com o The Guardian, um grupo de pesquisadores britânicos deve iniciar os trabalhos de perfuração de uma camada de gelo de 3 quilômetros de espessura na Antártida. O objetivo da expedição é chegar até o Lago Ellsworth, que se encontra isolado há — pelo menos — 100 mil anos, e descobrir se alguma forma de vida sobreviveu às extremas condições desse ambiente.

Segundo a publicação, os cientistas utilizarão um equipamento que permitirá que eles perfurem a sólida camada de gelo com o uso de um jato de alta pressão de água quente esterilizada — aquecida a 90° C —, assim como um intenso feixe de luz ultravioleta para esterilizar o furo antes de obter as amostras.

Esperança congelada

Bactérias super-resistentes — de quase 3 mil anos — foram recentemente encontradas a 27 metros de profundidade na Antártida. Contudo, o furo que os britânicos pretendem fazer será o mais profundo já realizado com um jato de água quente.

Os pesquisadores terão apenas 24 horas para esterilizar a entrada ao lago e coletar as amostras antes que o canal perfurado volte a congelar. Caso alguma forma de vida seja detectada, isso significa que esses organismos foram capazes de sobreviver em total isolamento por 100 mil anos — ou até por muito mais tempo.

A descoberta pode ajudar os cientistas a entender a evolução da vida em condições extremas aqui na Terra, além de servir de guia para a busca de vida em outros lugares do nosso Sistema Solar, como é o caso da lua Europa de Júpiter, que conta com um gigante oceano congelado em sua superfície.

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