Ekano: maleta portátil permite a realização de cirurgias em qualquer lugar

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Imagem: Lainfertilidad

Seja para a retirada da vesícula biliar, realização de procedimentos urológicos ou cirurgias ginecológicas, a laparoscopia tem se consagrado como uma das técnicas mais consagradas e menos invasivas da medicina moderna. O problema? Só nos EUA, o equipamento básico para esse tipo de procedimento custa aos hospitais e médicos cerca de US$ 150 mil (R$ 487 mil). Para suavizar um pouco esse gasto, uma empresa britânica resolveu criar um kit compacto para a operação que sai por menos de um terço do valor original dos aparelhos.

Desenvolvido pela Cambridge Consultants, o Ekano é uma maleta relativamente pequena que abriga boa parte dos recursos necessários para a realização de uma laparoscopia. Embora a escolha por um ambiente esterilizado ainda precise ser feita do modo convencional, o produto se encarrega de oferecer o restante dos ingredientes para que a cirurgia possa ser feita em virtualmente qualquer lugar. A montagem do conjunto leva em consideração principalmente a necessidade de profissionais e pacientes em regiões mais remotas ou em desenvolvimento.

Tudo que você precisa para a operação está aqui

A decisão de incluir um hotspot WiFi e de conexão móvel no kit, por exemplo, vem da percepção do time que, em muitos locais, os médicos acabam consultando o histórico de seus pacientes ou trocando informações com outros cirurgiões via WhatsApp. Para reduzir os custos do equipamento, a companhia trocou a câmera mais utilizada no procedimento – que possui três sensores para mostrar as imagens dentro do corpo da pessoa com mais nitidez – por uma mais simples, mas que traz um algoritmo bem mais avançado de processamento gráfico.

Ferramentas de punção e corte também foram completamente recriadas para garantir que tudo seja mais fácil de usar, limpar e reutilizar

As próprias ferramentas de punção e corte também foram completamente recriadas para garantir que tudo seja mais fácil de usar, limpar e reutilizar. O corte de custos, no entanto, não impediu que Rahul Sathe, líder do projeto, adicionasse uma bomba de CO2 ao produto. Calma, isso é bastante comum no ramo, já que o gás é expelido no local da cirurgia para permitir que o médico tenha mais espaço para fazer a cirurgia. O preço da maleta? A ideia é que o Ekano custe entre US$ 30 mil e US$ 40 mil – respectivamente R$ 96,8 mil e R$ 129,1 mil.

Por mais revolucionário e adequado que o projeto pareça para países emergentes, a Cambridge Consultants revela que ainda não há interessados na aquisição do aparelho. Será que os médicos e hospitais têm uma certa resistência em confiar em equipamentos que são consideravelmente mais baratos que os tradicionais?

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