Nada é verdadeiro, tudo é permitido: a história de Assassins Creed

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Talvez a Ubisoft não esperasse que quando Assassins Creed fosse lançado, no final de 2007, a história de Desmond Miles seria o início de uma de suas franquias mais bem-sucedidas. É claro que a companhia planejava um bom desempenho comercial, afinal, os video games, assim como os filmes de Hollywood, fazem parte de uma das indústrias que mais movimentam dinheiro atualmente.

Ainda assim, é possível imaginar que até mesmo o produtor mais ambicioso deve ter se surpreendido com a série que em quatro anos lançou sete jogos (sendo quatro para consoles de mesa e três para portáteis), além de graphic novels, livros, animações e curtas-metragens envolvendo o universo dos Assassinos.

(Fonte da imagem: Divulgação/Ubisoft)

Naturalmente, com a expansão dos produtos relacionados à série, mesmo os fãs mais aficionados acabam tendo dificuldades de acompanhar todos os seus lançamentos. Para isso, o Baixaki Jogos organizou este especial sobre a franquia para ajudar todos aqueles que sabem que nada é verdadeiro e tudo é permitido.

Atenção: este artigo conta a história da franquia e NÃO do enredo. A ideia é apresentar os produtos da série criada pela Ubisoft sem realizar spoilers. Afinal, para a história, já existem os jogos.

O início de uma saga - um lado desconhecido das Cruzadas.

(Fonte da imagem: Divulgação/Ubisoft)Na época em que Assassin’s Creed foi lançado, um dos grandes assuntos em voga na mídia era a existência da Ordem dos Templários. A partir de filmes e que inseriam os cavaleiros no meio de suas tramas (como o filme “Cruzada”, de 2005, e o livro best-seller de Dan Brown, “O Código da Vinci”), a curiosidade gerada em torno dos cavaleiros era suficiente para alimentar ainda mais esse fenômeno.

No dia 13 de novembro de 2007, aqueles que tinham um PlayStation 3 ou um Xbox 360 tiveram a oportunidade de conhecer mais uma dessas histórias. Nesse caso, no entanto, os templários assumiam o papel de antagonistas enquanto o jogador deveria ajudar Altaïr ibn La-Ahad, membro da Ordem dos Assassinos, a impedir os ataques dos cavaleiros templários participantes da Terceira Cruzada (ocorrida entre os anos 1189 e 1192).

Enquanto, a princípio, o jogo parece uma tentativa de aproveitar a relativa popularidade do assunto na época, Assassin’s Creed vai além ao adicionar um protagonista contemporâneo (na verdade situado em um futuro próximo, no ano de 2012), Desmond Miles. À primeira vista, uma pessoa comum, Desmond é descendente de Altaïr e é a partir de seus genes que a corporação Abstergo, com a ajuda da máquina Animus, consegue acessar as memórias de Altaïr.

Graças a sua complexa e interessante trama e a sua fidelidade histórica — personagens e localidades reais são apresentados ao jogador juntamente com um pequeno resumo de suas histórias —, Assassin’s Creed tornou-se um fenômeno comercial com 8 milhões de cópias e a série não tardou a se expandir. Sendo que Altaïr estrelou ainda duas histórias paralelas — Altaïr’s Chronicles, lançado no início de 2008 para o Nintendo DS, e Bloodlines, lançado em 2009 para o PSP no mesmo dia de Assassin’s Creed 2.

O ciclo de Ezio: das Cruzadas para a Renascença

Após as descobertas do final do primeiro game, Desmond consegue fugir das corporações Abstergo com a ajuda de Lucy, uma assassina dos tempos modernos que estava infiltrada na companhia, que na realidade pertence aos atuais templários.

(Fonte da imagem: Divulgação/Ubisoft)É a partir daí que a história de Assassin’s Creed II (lançado em 17 de novembro de 2009) se inicia. Enquanto o mistério iniciado no primeiro game continua, o jogo leva a busca dos personagens à Itália renascentista ao fazer com que Desmond utilize uma nova máquina Animus para reviver a vida de Ezio Auditore da Firenze, aquele que talvez seja o personagem mais famoso da série atualmente.

Enquanto o primeiro game recebeu algumas críticas sobre a repetição de algumas missões (algo que o tornava monótono em determinados momentos), o novo game conseguiu variar a jogabilidade ao mesmo tempo em que manteve o nível de seu enredo e de sua fidelidade histórica.

O jogo também oferece cenários mais variados do que o seu antecessor graças à reconstrução de cidades de Florença (cidade natal de Ezio) e Veneza, por exemplo. Além disso, mais personagens históricos são apresentados, incluindo personalidades como Leonardo Da Vinci — que assume um grande papel na série.

Já nos portáteis, o assassino florentino faz uma aparição em Discovery, lançado para o Nintendo DS, em que o jogador o acompanha durante uma viagem à Espanha para libertar alguns companheiros presos durante a Inquisição.

A irmandade dos assassinos.

Enquanto o jogo se passa quase que inteiramente em uma única cidade — a capital italiana —, o game foi o responsável por um dos maiores saltos dentro da série. Além da aprimoração de seus comandos, em Brotherhood também apresentou deu à luz ao recrutamento de assassinos (que podem ser chamados pelos jogadores para ajudá-los nas batalhas ou enviados em missões pelo mundo) e a um dos recursos mais populares da série: a sua modalidade multiplayer.

Enquanto muitos acreditavam que Assassin’s Creed não poderia ganhar um modo para mais de um jogador, a Ubisoft obteve sucesso na tarefa de criar um modo multiplayer divertido e que conseguiu se adequar à proposta de furtividade da série ao mesmo tempo em que se adéqua à sua trama.

Conteúdos tão extensos quanto essa linha temporal - assassinos em quadrinhos.

(Fonte da imagem: Divulgação/Ubisoft)Enquanto Assassin’s Creed: Revelations, lançado no último dia 15 de novembro, foi o último jogo da franquia a aparecer nos consoles, a Ubisoft estendeu a série para diversas outras plataformas.

Nos quadrinhos, a companhia francesa começou cedo ao adicionar uma pequena graphic novel de oito páginas à edição limitada do primeiro game dos assassinos. Já em novembro de 2009, a França e o Canadá puderam ler Vol.1 Desmond e Vol. 2 Aquillus, uma história dividida em duas partes que relaciona o protagonista contemporâneo da série a um assassino do Império Romano.

A última incursão no formato, no entanto, foi Assassin’s Creed: The Fall, uma história em três edições lançada no mercado norte-americano que acompanha as memórias de Nikolai Orelov —um assassino russo que viveu no final do século XIV — a partir de seu descendente Daniel Cross, em 1998. Para quem ficou curioso, desde abril deste ano a companhia tem disponibilizado novas páginas da história por meio do site Ubiworkshop todas as quartas-feiras.

Eu ouvi filmes?

Para promover o lançamento de Assassin’s Creed II, uma série de três documentários de Assassin’s Creed chamada Lineage foi lançada em 2009 no YouTube pela Ubisoft. A história — protagonizada por Giovanni Auditore, pai de Ezio — não é a única incursão da série no formato.

A companhia também lançou as animações Ascendance e, mais recentemente, Embers. As duas feitas para que os fãs possam compreender um pouco mais a história de Ezio. Enquanto isso, a Ubisoft negocia a produção de um longa-metragem baseado no game — e que provavelmente, ao menos por enquanto, não deverá ser o último produto da série.

Via BJ

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