iPhone de ativista é invadido remotamente e reacende segurança do sistema

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No começo deste mês, um defensor de direitos humanos chamado Ahmed Mansoor recebeu informações sigilosas que seriam comprometedoras: elas estariam detalhando as torturas nas prisões de estados dos Emirados Árabes Unidos e ofereciam até link para o caso do ativista querer acessar o material. Mas esse link, na verdade, era malicioso: ele invadiu o celular de Mansoor e implantou o dispositivo com um malware capaz de rastrear mensagens criptografadas e até mesmo ativar o microfone do aparelho a fim de monitorar os movimentos do cara secretamente.

As informações sobre esse suposto ataque foram apuradas pelo Citizen Lab/Lookout Security, que recebeu o link diretamente do ativista. Aparentemente, o malware mirou em três vulnerabilidades do iOS, permitindo que códigos arbitrários fossem executados, a memória kernel fosse acessada e outros privilégios fossem violados. Quando combinadas, essas três vulnerabilidades dão sinal verde para que um dispositivo iOS sofra um jailbreak remotamente, algo que, até então, seria inédito na prática.

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Com isso, a equipe do Citizen Lab enviou as informações à Apple, que corrigiu tais brechas com um patch recém-lançado, o 9.3.5.

iPhone invadido remotamente: perigo real?

Ok, mas... Por que esse ativista sofreu o ataque?

O site de segurança ligou o ataque a uma companhia clandestina de spywares de Israel conhecida como “Grupo NSO”, embora não tenha ficado clara a maneira pela qual as falhas foram descobertas ou o porquê. Sabe-se que o ativista trabalha em causas que buscam expor e abolir a tortura em prisões de estados dos Emirados Árabes Unidos e que, supostamente, haveria algum cunho político nessa jogada.

O ataque ao defensor de direitos humanos reacende um debate em torno da existência de empresas secretas de malware

A Apple recentemente lançou um programa de recompensas para incentivar o “submundo” a descobrir tais vulnerabilidades e solucioná-las. O maior prêmio foi de US$ 200 mil, oferecido para falhas que comprometiam o firmware do boot de segurança. O ataque ao defensor de direitos humanos também reacende um debate em torno da existência de empresas secretas de malware, que estariam vendendo softwares de invasão a regimes opressivos como Uganda, Etiópia e Bahrein.

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