Review: smartphone Apple iPhone 7 Plus [vídeo]

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Os novos iPhones finalmente chegaram ao Brasil. Como acontece nos lançamentos das gerações com troca de número da Apple, há sempre uma grande expectativa em relação às novidades do aparelho.

Depois de tantos rumores e vazamentos, o TecMundo teve a oportunidade de passar muitas semanas com um iPhone 7 Plus para trazer uma opinião muito mais detalhada sobre o produto.

Será que ele traz inovações suficientes para compensar o grande investimento de mais de R$ 4 mil? E será que vale a pena migrar do iPhone 6s ou abandonar de uma vez por todas seu smartphone Android? Confira esta análise para descobrir a resposta para essas perguntas!

O Apple iPhone 7 Plus foi adquirido pelo TecMundo para a realização desta análise.

Especificações técnicas

  • Sistema operacional: iOS 10
  • Tela: IPS LCD de 5,5 polegadas
  • Resolução de tela: 1920x1080 pixels (Full HD)
  • Densidade de pixels: 401 ppi
  • Chipset: Apple A10 Fusion
  • CPU: Quad-core de 2,23 GHz
  • Memória RAM: 3 GB
  • Armazenamento interno: 32 GB, 128 GB ou 256 GB
  • Câmera traseira: dupla de 12 MP (28mm, f/1.8, OIS + 56mm, f/2.8)
  • Câmera frontal: 7 MP (f/2.2)
  • Bateria: 2.900 mAh
  • Sensores: leitor de impressão digital Touch ID, barômetro, giroscópio, acelerômetro, proximidade e luz ambiente
  • Conectividade: WiFi 802.11 a/b/g/n/ac, dual-band, hotspot, Bluetooth 4.2, GPS (A-GPS e GLONASS) e NFC (somente para o Apple Pay)
  • Extra: certificação IP67 (resistência contra água e poeira)
  • Altura: 158,2 mm
  • Largura: 77,9 mm
  • Espessura: 7,3 mm
  • Peso: 188 g
  • Cores: Ouro rosa, Dourado, Prateado, Preto matte e Preto brilhante (apenas para os modelos de maior capacidade)
  • Preço de lançamento: R$ 4.099 (32 GB), R$ 4.499 (128 GB) e R$ 4.899 (256 GB)

Design

Olhos desatentos podem achar que não houve mudanças no visual e na construção do novo iPhone. Porém, temos alterações que os mais atentos perceberão. Uma que chama atenção logo de cara nas duas versões do iPhone, tanto no modelo de 4,7 polegadas quanto o 7 Plus, é o retrabalho nas linhas de antena, que agora estão concentradas apenas nas bordas do aparelho.

Agora o visual ficou muito mais limpo, dando destaque para uma das principais novidades da versão 7 Plus, que é a câmera dupla da qual já vamos falar. Na parte da frente, temos novamente a impressão de que não houve mudanças físicas, mas ali reside uma das maiores inovações da Apple em nossa opinião.

Graças à tecnologia Taptic Engine, o botão Home simula a sensação de pressionamento dando respostas táteis quando você toca nele. A percepção é incrível e é bem difícil distinguir entre um botão físico e essa nova aposta da Apple. Algumas pessoas podem até mesmo demorar alguns dias para se acostumar, mas a experiência é muito boa. Dá até para alterar a intensidade desse feedback.

A mudança tem propósito, já que ajudou a tornar a nova geração de iPhones resistente à água e poeira, além de minimizar problemas de desgaste do botão ao longo do tempo. Ainda não é recomendável dar um mergulho com seu smartphone, mas ele não vai morrer quando entrar em contato com algum líquido por um curto período de tempo.

Ainda com relação ao design, precisamos mencionar a morte da entrada de 3,5 mm para fones de ouvido e o surgimento de uma nova saída de som. Os iPhones agora têm uma nova opção de cor, reservada apenas para os modelos de alta capacidade de armazenamento.

O preto brilhante, ou Jet Black em inglês, é uma cor ainda mais premium para o smartphone. Custando o mesmo preço, porém com unidades mais limitadas por ter um processo de fabricação mais complexo, ela esconde as antenas e traz o logo da maçã na cor negra. Por outro lado, a própria Apple afirma que ela pode sofrer arranhões com o tempo. E casos na internet não faltam, deixando clara a fragilidade dessa opção de cor.

Tela

Como já era esperado, não foi dessa vez que a Apple resolveu apostar no OLED, algo que só deve acontecer nas próximas gerações. Embora tenha mantido as especificações técnicas nos dois modelos, a Apple argumenta que houve melhorias graças a uma nova tela com iluminação LED aplicada nos iPhones com um aumento na capacidade de brilho e uma maior gama de cores.

Na prática, sentimos que a tela está tão boa quanto na geração anterior, mas não traz melhorias tão significativas para a maioria das pessoas. O 3D Touch ainda marca presença, mas parece ter sido deixado de lado tanto pelos consumidores quanto pelos principais desenvolvedores, que ainda utilizam pouco as possibilidades dessa função. O truque ainda é bacana, mas falta um app ou uma função matadora para justificar o seu uso.

Interface

Por padrão, os novos iPhones já chegam com o iOS 10. A nova versão do SO da Apple traz diversas novidades que não são exclusivas da geração mais recente do smartphone.

Como destaque, podemos mencionar a nova tela de bloqueio, notificações mais ricas, uma nova Central de Controle, Siri mais inteligente e as atualizações dos aplicativos nativos do iOS. Diferente do que acontece com alguns aparelhos Android, o update do SO é uma certeza que vai durar nos próximos anos.

Desempenho

A Apple não costuma ficar batendo na tecla de hardware, divulgando o lado técnico de suas especificações. Em vez disso, a empresa se limita a dizer que o novo chipset A10 Fusion traz desempenho 40% superior nos dois núcleos mais rápidos e consumo de um quinto da energia nos outros dois núcleos mais econômicos.

No desempenho gráfico, a Apple entrega um desempenho 50% maior que o antecessor. Na prática, sentimos a fluidez característica da Apple para rodar games, mesmo os mais exigentes, trocar apps, rodar vídeos em alta resolução e carregar páginas web bem pesadas. Isso tudo ficou registrado através dos excelentes resultados nos testes de benchmark, que colocam o aparelho entre os mais rápidos do mundo.

Não há do que reclamar do iPhone 7 Plus, especialmente porque agora ele vem com 3 GB de memória RAM. O mesmo elogio vale para a interface de um modo geral e para o Touch ID, que está mais rápido do que nunca.

Com relação ao armazenamento, precisamos mencionar que a Apple finalmente aposentou de vez a versão de 16 GB. Agora as opções são: 32, 128 e 256 GB, sem obviamente o suporte ao cartão micro SD. Aliás, você ainda espera ver isso no iPhone?

Câmera

No iPhone 7 Plus, há uma novidade interessante. Em vez de apenas uma câmera de 12 megapixels com grande-angular, também temos outra câmera de mesma resolução com teleobjetiva.

Essa câmera adicional é capaz de aproximar ainda mais a imagem, produzindo um zoom de mais qualidade óptica de 2x, mesmo à distância. A novidade também é responsável pelo Modo Retrato, que dá destaque para um objeto próximo enquanto faz um desfoque no resto da foto, uma técnica que lembra o Bokeh.

O modo é interessante, mas produziu resultados que não agradaram tanto em relação ao desfoque, já que o software não conseguiu combinar muito bem as fotos dos dois sensores.

Nas capturas do modo tradicional, a abertura de 1.8 permite a entrada de ainda mais luz, melhorando bastante a qualidade das imagens noturnas. A estabilização óptica, que agora também está presente no iPhone 7 menor, faz muito bem o seu trabalho ao evitar fotos tremidas.

Para selfies, temos uma evolução interessante já que a resolução saltou de 5 para 7 megapixels. A gente sabe que imagens maiores não são sinônimo de qualidade, mas assim temos mais pixels por imagem e mais liberdade de trabalhar com cortes nas fotos sem perder qualidade.

Os novos iPhones mantém a capacidade de gravar em 4K a 30 quadros por segundo e o excelente modo câmera lenta, com até 240 FPS. Concluindo: a câmera está melhor do que as gerações anteriores, mas ainda não bate aparelhos como Google Pixel e Galaxy S7 edge, embora chegue muito perto deles.

Bateria

O iPhone 7 Plus trouxe um aumento sensível na capacidade de bateria. Porém, a mudança que trouxe maior ganho de autonomia foi a adoção do novo chipset A10 Fusion com seus dois núcleos de baixa potência.

  • Capacidade de bateria (iPhone 7 Plus): 2.900 mAh
  • Capacidade de bateria (iPhone 6s Plus): 2.750 mAh

Como resultado, temos um iPhone que consegue aguentar o dia todo longe das tomadas na maioria das ocasiões e evoluiu com relação ao seu antecessor, sem ainda atingir aquele patamar transformador que muitos esperam.

Em nossos testes, usando o smartphone para navegar nas redes sociais, ouvir algumas músicas no Spotify, jogar games casuais e fazer umas ligações, chegamos ao final do dia com 35% de carga. Portanto, ainda vai ser preciso carregar o iPhone todas as noites.

Áudio

Sobre o áudio do aparelho, temos boas e más notícias. A boa notícia é que a Apple finalmente deu ouvido aos consumidores e entregou um iPhone com som estéreo. O novo alto-falante na base e outro integrado à saída de áudio para ligações aprimora bastante a experiência sonora com o smartphone, tornando o aparelho uma boa opção para videoconferências e ouvir música sem os fones de ouvido.

Falando neles, eis a má notícia. Pelo menos para a maioria das pessoas. Nos novos iPhones 7 e 7 Plus, a Apple resolveu aposentar a entrada padrão para fone de ouvido de 3,5 mm e adotar o formato Lightning para o acessório.

Ao menos por enquanto, não há vantagens nessa estratégia. Isso apenas desperta a ira dos consumidores que vão precisar usar o adaptador incluso ou comprar um novo fone de ouvido que seja diferente do original. Ao menos o acessório manteve a qualidade e a Apple acrescentou um fone de ouvido Lightning na caixa.

Vale a pena?

Vamos ser sinceros: o iPhone 7 e a variante Plus não chegaram trazendo a atualização que muitos consumidores esperavam depois da versão “s”. Além da preservação de boa parte do visual, não há nada realmente inovador, nenhuma mudança que impacte de forma significativa o uso do smartphone. Dá até para considerar a ausência da entrada para o fone como um ponto negativo.

Por isso, migrar de um iPhone 6s ou 6s Plus pode não ser a melhor alternativa, especialmente porque esses dois aparelhos ainda oferecem uma excelente experiência para seus usuários. Porém, não podemos desconsiderar as pequenas melhorias dos novos iPhones, mesmo que sejam pequenas somente para alguns.

A resistência à água, o novo botão Home, mais desempenho e a câmera dupla do iPhone 7 Plus são características que podem virar o jogo em favor da nova geração. Se você usa o modelo 6 ou abaixo, ou está migrando de outro ecossistema, o iPhone 7 é a escolha segura e a mais recomendada, mesmo considerando os preços, que, para variar, não são nada convidativos:

Podendo custar a partir de 4 mil reais, o iPhone 7 Plus não é barato, mas entrega o que a Apple tem de melhor para seus consumidores e com certeza não vai desagradar os fãs da marca. Só esperamos que a versão comemorativa de dez anos de 2017 dê um salto muito além, já que a Apple está muito devagar no quesito inovação.

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