6 invenções aquáticas malucas

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Mesmo estando no topo da cadeia evolutiva, o ser humano sempre teve uma pontinha de inveja em relação a algumas características que só outras classes de animais têm. No fundo da nossa essência de mamíferos, ainda nos faltam asas para cruzar os céus e pulmões capazes de nos manter submersos por longos períodos.

Contudo, o que nos fez chegar até aqui foi também o que nos ajudou a imitar a natureza — a inteligência. Graças a ela, o homem conseguiu desenvolver aparatos mecânicos capazes de explorar as profundezas do oceano e imitar o voo de pássaros. Aliás, nosso raciocínio e esforço foram responsáveis por levar a nossa espécie a lugares aonde nenhuma outra chegou (para você que ainda está pensando: estamos falando da Lua!).

Quando relacionamos o mar com tecnologia, imediatamente nos lembramos de navios enormes, jet skis, lanchas, submarinos de guerra e derivados. Porém, desta vez, selecionamos algumas das invenções aquáticas mais curiosas e extraordinárias que circulam pelos sete mares para quebrar de vez com o marasmo das águas.

Seabreacher X: o dia em que o homem virou tubarão

Design assustador.  Velocidade maior do que a do mais assassino dos tubarões. Conforto interno. Capacidade de dar pulos rasantes com a sutileza e elegância semelhantes às dos habitantes mais qualificados do mar. Movimentação na superfície e no fundo das águas. Som ambiente e até video game no cockpit.

Sim: as características desse veículo fazem qualquer um babar para dar uma voltinha nele! O protótipo, desenvolvido pela Innespace Productions, demorou dez anos para ficar pronto. Seus idealizadores, Rob Innes e Dan Piazza, buscaram incessantemente um sistema capaz de trazer uma experiência única embaixo d´água.

AmpliarTubarão mecânico barbarizando. (Fonte da imagem: Seabreacher)

No fundo, no fundo, o Seabreacher X é um submarino individual estilizado.  Operá-lo, de acordo com os criadores, é uma tarefa simples e não requer nenhum tipo de licença. É recomendado, no entanto, que o piloto tenha noções técnicas de locomoção aquática.

Devido a sua construção, o veículo oferece condições de segurança que evitam alagamentos na cabine e um sistema que o impede de naufragar — no momento em que ele submerge mais do que devia, falta ar no motor e o tubarão volta imediatamente para a superfície.

Hoje em dia, a procura pelo produto atingiu níveis recordes e os “predadores” mecânicos têm sido bastante utilizados para promover empresas e marcas através de pinturas personalizadas. Ficou interessado? O preço de uma belezura dessas gira em torno de US$ 80 mil.

Rinspeed sQuba: o carro anfíbio

Se você acha que um mergulho em Fernando de Noronha é a experiência mais incrível que se pode ter no fundo do mar, espere até conhecer o Rinspeed sQuba. Diferente do Seabreacher X, este veículo anfíbio consegue atingir grandes profundidades e... É idêntico a um carro!

Pelo fato de ele ser conversível, motorista e passageiro devem vestir equipamento de mergulho antes de desaparecerem na fundura do oceano. A profundidade máxima é de até 10 metros e as hélices traseiras e dianteiras garantem estabilidade na descida e no trajeto.

Caso o desejo seja apenas um passeio sob a água, o sQuba também responde bem, funcionando como uma espécie de boia hi-tech. Embora não seja muito potente nas pistas (chega a apenas 120 km/h), o meio de transporte submerge sem nenhuma preparação especial, da mesma maneira que sai da água já pronto para outra batalha no asfalto.

Jetlev-Flyer: muito mais que um tobogã

Esta aqui está entre as invenções mais estranhas idealizadas: um propulsor aquático que permite voar a alguns metros de altitude. Como funciona?  A mágica acontece através  de uma espécie de mochila que se acopla atrás das costas do aventureiro, água em abundância e um barco que contém o “combustível” (57 litros de capacidade).

Os mecanismos — dutos de alta pressão — são capazes de expelir o líquido com uma força violenta,  suficiente para elevar o corpo de uma pessoa a até certa altura e movê-lo de acordo com o controle do guia. A autonomia de voo é impressionante, podendo chegar a quase 300 km de distância percorridos durante três horas de viagem (equivalente a atravessar nove vezes o Canal da Mancha).

AmpliarA engenhoca é poderosa! (Fonte da imagem: Luxuo)

Embora mais caro do que o tubarão mecânico, o Jetlev-Flyer conta com um preço bem abaixo do que os jetpacks movidos a combustível petróleo. Por mais ou menos US$ 130 mil, pode-se levar um para a casa. Ao que parece, a diversão é garantida.

SHOAL: estranho no cardume

Além dos meios de transporte excêntricos citados acima, há também vários exemplos de tecnologias aquáticas projetadas para ajudar a humanidade. Uma delas é o peixe-robô SHOAL, que vem equipado com sensores químicos capazes de detectar com precisão poluentes e substâncias nocivas em qualquer ambiente aquático.

O bichano que você vê no vídeo engana bonito — de longe seria fácil confundi-lo com um peixe verdadeiro. Segundo seus desenvolvedores, o movimento do ciberpeixe é autônomo, tornando-o um instrumento mais eficiente do que os métodos tradicionais na hora de analisar a qualidade da água.

Kymera Body Board: prancha turbinada

Eis aqui uma criação capaz de deixar os surfistas para trás.  A Kymera Body Board é uma prancha motorizada, inventada por um estudante californiano. Ela chega a até 24 km/h, pesa 16 quilos e, para a tristeza dos naturebas, funciona a gasolina.

Se você estava decepcionado com o preço dos outros equipamentos para locomoção aquática, agora pode pensar duas vezes: o preço estimado para venda do produto é de US$ 1 mil. Mas detectamos apenas um probleminha nesta história. Vamos supor que você caia da prancha — será que ela segue o próprio rumo sozinha até o combustível acabar? Adeus, investimento?

Caindo na fossa com o Triton 36.000

A última novidade é para aqueles que têm perfil de explorador. Batizado de Triton 36.000, o submarino contém borosilicato revestindo a cabine, uma substância que faz com que o vidro fique mais resistente na medida em que a pressão aumenta.

Ampliar (Fonte da imagem: PopSci)

Com um espaço interno que comporta duas pessoas, o equipamento ainda está em fase de testes, sendo operado por cientistas. A grande façanha objetivada pelo grupo é atingir o ponto mais profundo da crosta terrestre, a Fossa das Marianas, que fica a mais de 11 mil metros abaixo do nível do mar.

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Por enquanto, a maioria das invenções representa artigos de luxo ou é de cunho exclusivamente científico. Esperamos, assim como vocês leitores, que o futuro nos reserve preços acessíveis a esses brinquedos malucos.

Agora que o verão está chegando, nós perguntamos: já tem planos para se divertir na praia? Sabe de alguma invenção que a gente esqueceu? Conhece um jeito diferente de se divertir na água? Compartilhe abaixo.

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