7 invenções geniais que já fizeram 2016 valer a pena

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O tempo voa. Eu aposto que você se lembra do último Réveillon como se fosse ontem; porém, apesar disso, já estamos quase no segundo semestre de 2016. Nesse meio-tempo, várias inovações tecnológicas impressionaram o mundo e bombaram na internet, seja por conta da criatividade demonstrada pelos seus autores ou por causa de seu alto potencial para impactar positivamente em nossas vidas.

A quantidade de projetos bacanas desse tipo é imensurável, e comentamos sobre vários deles aqui mesmo no TecMundo. Desta vez, resolvemos fazer uma seleção com sete inventos que se destacaram globalmente — sabemos que muita coisa relevante pode ter acabado ficando de fora, mas foi necessário passar um pente fino para escolher inovações que realmente farão a diferença no nosso cotidiano em um futuro próximo.

eora 3D, um dos inventos de nossa lista

7) Projéteis de Campo Limitado

Desde 2013, o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia de Armamentos do Exército dos Estados Unidos (ARDEC no original em inglês) está trabalhando em um projeto que pode reduzir drasticamente o número de mortes por balas perdidas. Porém, foi só no começo deste ano que a patente para os Projéteis de Campo Limitado (ou Limited Range Projectiles) foi aprovada, permitindo a exploração comercial da invenção.

Basicamente, estamos falando sobre munição balística que se autodestrói após atingir determinada distância previamente configurada. Um projétil calibre .50, por exemplo, é capaz de percorrer uma distância de mais de 2 milhas (cerca de 3,2 quilômetros) antes de se tornar inofensiva. Porém, geralmente, um soldado ou oficial de segurança não utiliza uma arma dessa para alvos que estejam tão distantes.

Usando a patente do exército estadunidense, será possível “configurar” tais munições para que elas explodam sozinhas depois de uns 150 metros, por exemplo, evitando que o projétil atinja pessoas inocentes e estruturas alheias. O mais bacana é que o conceito é bastante simples: um material inflamável entra em ignição assim que a bala sair da arma e queima pelo tempo necessário para que ela atinja seu alvo, desintegrando-a caso ela ultrapasse o limite preestabelecido.

Os Projéteis de Campo Limitado podem reduzir o número de acidentes com balas perdidas

6) PowerShake

No futuro, você vai pedir para que aquele seu colega do trabalho ou da faculdade te “empreste” um pouquinho de energia elétrica. Paul Worgan, um cientista da Universidade de Bristol, apresentou uma ideia bastante curiosa em abril — um sistema de recarga que utiliza a bateria de um smartphone para prover eletricidade para outro dispositivo móvel.

Isso significa que, caso seu celular acabe morrendo ao longo do dia, um amigo poderia socorrê-lo ao oferecer um pouco de energia de seu próprio gadget para você (e tudo isso sem o uso de fios). Essa solução acabou sendo batizada como PowerShake, um trocadilho com a palavra “handshake” (ou aperto de mãos, em português).

O mais interessante é que o invento utiliza nada além de uma versão modificada das bobinas de cobre empregadas nos carregadores wireless já disponíveis no mercado. Paul acredita que a técnica pode ser usada não apenas para compartilhar eletricidade entre celulares, mas também com dispositivos vestíveis (como relógios inteligentes e pulseiras fitness).

5) EnteroPhone

Wearables podem ser uma forma bem prática de monitorar sua saúde, mas uma dupla de cientistas norte-americanos quer ir além. Criada pelo gastroenterologista Giovanni Traverso e pelo pesquisador de biomateriais Al Swiston, a EnteroPhone é uma pílula deglutível capaz de monitorar sinais vitais do usuário.

Trata-se de uma minúscula cápsula equipada com microfones especiais (para captar sons do coração e dos pulmões) e um termômetro em miniatura para medir a temperatura corporal. Esses dados podem ser captados e interpretados por um leitor sem fio. Por enquanto, o principal problema do invento é a questão da autonomia energética, visto que o protótipo (testado em porcos) só é funcional durante quatro dias.

Você seria capaz de engolir essa pílula inteligente?

4) OpenROV

É extremamente fácil encontrar na internet projetos prontos e de uso livre para quem quer construir o seu próprio drone. Porém, o mesmo não se aplica aos internautas que sonham em fabricar um veículo aquático para explorações submarinas. Robôs que conseguem mergulhar e filmar o fundo de mares ou rios são ainda mais caros do que os veículos aéreos não tripulados (VANTs), tornando esse um nicho exclusivo para endinheirados.

Pensando nisso, a dupla Eric Stackpole e David Lang desenvolveram o OpenROV, que consiste em, ao mesmo tempo, um drone marítimo de baixo custo e uma plataforma aberta para desenvolvedores. Através da loja oficial do projeto, qualquer pessoa pode comprar um kit para construir seu robô por apenas US$ 899 (cerca de R$ 3 mil sem adição de impostos).

A versão mais recente do pacote (2.8) lhe permite criar um drone marítimo capaz de transmitir vídeos em HD em tempo real e mergulhar a até 100 metros de profundidade, nadando por duas horas ininterruptas até que suas baterias recarregáveis se esgotem. O mais bacana, porém, é justamente a possibilidade de trocar as peças que você quiser e programar o produto para que ele se adapte às suas necessidades.

3) eora 3D

Scanners 3D são caríssimos — aqui no Brasil, um dos modelos mais acessíveis não sai por menos de R$ 3,4 mil. Os inventores Rahul Koduri, Asfand Khan e Richard Boers perceberam isso e decidiram virar o jogo. E foi assim que nasceu o eora 3D, um scanner barato, portátil e que utiliza o poder de processamento de seu dispositivo móvel para capturar imagens em três dimensões.

Financiado através do Kickstarter, o invento nada mais é do que uma câmera que se acopla a um smartphone (Android ou iOS) e consegue gerar modelos 3D com até 8 milhões de pontos de resolução. O mais bacana é que o produto promete ser extremamente intuitivo para o consumidor iniciante — bastam 60 segundos para configurá-lo e 5 minutos para capturar um objeto tridimensional.

O eora 3D está em pré-venda e custa apenas US$ 289 (cerca de R$ 970). Caso queira, você também pode comprar uma turntable — uma mesa que gira automaticamente o objeto escaneado, facilitando a sua vida — que se conecta ao scanner via Bluetooth pagando uma taxa adicional de US$ 70 (R$ 230).

2) Omni Hoverboard

O nome dele é Alexandre Duru, mas pode chamá-lo de “Marty McFly da vida real”. Afinal, ele é dono do único hoverboard funcional que existe no mundo — uma engenhoca feita na garagem do próprio canadense com uma série de geringonças improvisadas. Apesar do visual macabro, o invento funciona muito bem, obrigado: Duru foi capaz de sobrevoar por 275,9 metros antes que o gadget acabasse caindo em um lago.

E engana-se quem pensa que o Omni Hoverboard é só mais uma invenção da internet para angariar curtidas e compartilhamentos — o próprio Guinness, o Livro dos Recordes, certificou o inventor por conta de seu feito histórico. Ainda não há uma previsão de quando o produto chegará ao mercado em uma versão comercial (o pedido de registro de patente ainda nem aprovado), mas o projeto não deixa de ser bastante animador.

1) Holy Braille

Atualmente, deficientes visuais têm poucas ferramentas de acessibilidade para usufruir de dispositivos móveis. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan resolveu desenvolver um tablet em braile. É isso mesmo — estamos falando do Holy Braille, cuja tela é capaz de criar protuberâncias temporárias que formam textos na linguagem em questão.

Basicamente, o display é formado por uma película maleável que recobre centenas de bolhas infláveis com ar ou com líquido. Com base em um software, um chip microfluídico controla quais bolas devem inflar ou não e quando elas devem fazer isso, permitindo a criação de textos inteiros em braile na tela do dispositivo móvel. Embora já exista um protótipo funcional, gadgets equipados com a tecnologia Holy Braille ainda devem demorar um pouco para chegar ao mercado.

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