6 estratégias do Estado Islâmico para espalhar o terror na internet [vídeo]

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O autointitulado Estado Islâmico está aterrorizando o mundo com seus ataques em diversas regiões do mundo, de Paris a Beirute, e um dos motivos pelos quais o grupo perdura e surpreende é a organização: eles não param de receber novos recrutas e, mesmo espalhados pelas mais diversas partes do mundo, mantêm comunicação e espalhamento de ideias sem grande interferência.

Tanto no vídeo acima quanto no que vem a seguir, colocamos algumas das técnicas do Estado Islâmico (que pode ser resumido pelas siglas IE ou ISIS) na internet. Várias delas são praticamente cotidianas para você, porém não eram aplicadas com tanta categoria por grupos terroristas — e justamente o fato de serem tão comuns é que torna tão difíceis o rastreio e o impedimento.

1. Recrutamento por vídeos

Como convencer alguém de que ataques terroristas, guerras civis, execuções e tudo mais são um bom negócio? O ISIS produz um material promocional em vídeo que tem qualidade de propaganda comparável com a de comerciais de TV. Os vídeos são direcionados para países específicos e distantes, como o Canadá, e miram especificamente em cada região. Músicas típicas são mescladas com paisagens turísticas e depoimentos de convocação, com sujeitos armados citando justiça e liberdade. Em outros clipes, membros do ISIS até aparecem dando doces pra crianças e conquistando a juventude.

2. Invadindo o Twitter

O Twitter é a rede social favorita do Estado Islâmico. Só entre setembro e dezembro de 2014, 46 mil contas de apoio ao Estado Islâmico foram detectadas. Árabe e inglês são os idiomas mais comuns dos perfis, que mandam cerca de 40 mensagens por dia. O tema é sempre frustração com o Ocidente, convocação para o grupo, deslumbramento para recrutas e comunicados oficiais. Várias contas já foram deletadas graças a um esforço de identificação do Anonymous, mas outras não param de surgir no lugar.

3. Chat via Telegram

Já para a comunicação direta, o app mais utilizado é o Telegram. São muitos os motivos para preferir ele ao WhatsApp: ele tem canais para maior divulgação de mensagens em massa, segurança por criptografia e recados que podem se autodestruir depois de um tempo.  Assim como no Twitter, contas relacionadas já foram deletadas, mas o serviço ainda é bastante usado.

4. Mostrando execuções

Esta talvez seja a estratégia mais pública do ISIS — e, sem dúvidas, a mais chocante. Decapitações, fuzilamentos e tortura são divulgados com frequência pelo Estado Islâmico para confirmar a morte de reféns capturados em combate ou sequestrados em regiões do Oriente Médio. Além de chocarem e intimidarem opositores, as imagens mostram que o grupo não brinca em serviço e que está disposto a fazer qualquer coisa para punir quem considera culpado.

5. Moeda para o crime

Normalmente, a moeda digital bitcoin é usada pelos terroristas para receber doações. Essa forma de pagamento é segura por não revelar quem são os responsáveis pela transação ou a identidade de quem recebe o dinheiro. Por conta disso, carteiras virtuais do Estado Islâmico até já foram descobertas por hackers (algumas contendo mais de 3 milhões de dólares), mas o sistema continua ativo. O valor normalmente é gasto em passagens aéreas, armas e materiais para ataques terroristas.

6. Nem o PS4 escapa

Não, você não leu errado. Após os ataques em Paris, o ministro de assuntos interiores da Bélgica afirmou que o PlayStation 4 é uma das armas do grupo. O console é usado justamente por passar despercebido e não ser tão vigiado quanto o Facebook, por exemplo. Como ele pode ser usado? Pelos relatos, terroristas podem conversar por voz durante partidas online ou pelo sistema de recados entre amigos da PSN. Além disso, um jovem austríaco foi preso em maio de 2015 após entrar em contato com o ISIS e baixar via PS4 um esquema para fazer bombas caseiras.

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