Tecnologia de 20 anos leva sinal de celular a túnel subterrâneo nos EUA

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O Lincoln Tunnel, que liga Nova York a Nova Jérsia, nos Estados Unidos, fica a 30,5 metros abaixo do Rio Hudson, tem 2,4 km de comprimento e está envolto por anéis de aço de 21 toneladas. Ainda assim, tudo isso não impede que celulares funcionem normalmente dentro dele, incluindo serviços como 3G e 4G.

É normal achar que uma tecnologia extremamente avançada esteja por trás dessa possibilidade, mas a verdade é que se trata de uma estrutura incrivelmente funcional que, mesmo tendo 20 anos de idade,  ainda é a melhor alternativa. O pessoal do The Verge foi convidado a conhecer o sistema e ficou encantado.

Panela velha é que faz comida boa

Tudo começou quando as autoridades portuárias das duas cidades resolveram ampliar o sistema de celular já existente nas rodovias. O serviço instalado chama-se leaky coax, traduzido literalmente do inglês como "cabo coaxial com vazamentos". Ele significa exatamente o que o nome sugere: uma série de antenas tubulares que permitiam a comunicação entre serviços como polícia e corpo de bombeiros com o serviço disponível no interior do túnel. A comunicação dentro do local é possível porque os condutores têm "furos" que permitem o "vazamento" do sinal de celular.

Já na atualidade, para usar a estrutura para enviar sinais de celular ou internet móvel, a operadora AT&T instalou estações-base nos prédios de ventilação dos dois extremos do túnel. Lá, as antenas são divididas em quatro quadrantes e só então enviam o sinal pelos cabos coaxiais.

O sistema não é perfeito, a tecnologia é rudimentar e o sinal apresenta quedas, mas essa é a tecnologia possível. Antenas próprias corriam o risco de serem destruídas pelas máquinas usadas na limpeza do túnel — ou seja, toda a atualização no sistema de manutenção simplesmente não compensaria.

Por consequência, o sistema já jurássico permanece como está, e só as estações-base precisam receber atualizações (como quando a operadora decide fornecer também o sinal 4G, por exemplo). Essa infraestrutura, que é considerada um sucesso na área, deve ser usada em breve em todos os túneis da rede do metrô de Nova York.

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