O que levar em consideração antes de comprar um home theater?

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Ter um cinema em casa já não é mais uma exclusividade apenas daqueles que têm muito dinheiro. Na atualidade, com TVs de LCD e LED cada vez mais acessíveis e caixas acústicas e receivers simples com preços abaixo da faixa dos R$ 500, muitas pessoas estão, aos poucos, percebendo que há muitas vantagens em se ter um home theater em casa.

Entretanto, para que o resultado final da combinação entre o seu aparelho de TV, seu player de Blu-ray e as caixas acústicas seja o melhor possível, é preciso ficar atento a algumas opções antes da compra. Observar o seu ambiente, as características do equipamento e a relação custo-benefício da aquisição são algumas das dicas.

(Fonte da imagem: iStock)

Analise o ambiente

Antes de comprar o seu equipamento, o primeiro lugar que você deve observar é o ambiente em que ele será colocado. Sua sala de TV é enorme ou as caixas acústicas ficarão em um ambiente pequeno e apertado? De nada adianta pensar em um equipamento muito potente se você não terá a oportunidade de utilizar ao menos metade de sua capacidade.

Por isso, procure por um home theater que possa ser adaptado ao seu ambiente. Não caia no erro comum de fazer o oposto, tentar adaptar o ambiente ao aparelho que você acaba de comprar. Antes de desembolsar qualquer quantia que seja, planeje em que lugares ficarão as caixas acústicas, de forma que você tenha em mente como o aparelho vai funcionar depois que estiver instalado.

O primeiro passo: a TV

Planejamento, nesse caso, é a palavra-chave. Se você já possui uma TV de qualidade e quer um home theater apenas para complementá-la, então a situação fica mais fácil: basta escolher um home theater em função das características do seu aparelho. Contudo, se você ainda vai comprar uma televisão, mas já quer um HT em sua casa, talvez seja melhor reconsiderar a sua decisão.

(Fonte da imagem: iStock)

Um exemplo: se hoje você possui um home theater normal, mas está planejando comprar uma TV 3D, saiba que é muito provável que você terá que trocar também o seu HT para que tudo funcione perfeitamente. Caso exista algum tipo de incompatibilidade, o resultado pode ser um som baixo ou a limitação de algumas funcionalidades.

Potência e impedância

Se você já sabe o tamanho do seu ambiente e conhece bem qual é o modelo de TV que vai receber o home theater, é hora de ficar de olho na potência do aparelho. Lembre-se de que nada vai adiantar ter um equipamento com potência altíssima se, na maioria das vezes, você não vai conseguir utilizar nem 50% de sua capacidade.

Fique atento ainda ao tipo de potência descrito pelo fabricante. Você vai encontrar home theaters com especificações PMPO e RMS. O primeiro é um número maior e mais chamativo, mas que diz muito pouco sobre a real potência do produto. Por isso, deixe-o em segundo plano. Leve em consideração os watts RMS, um número menor, mas que é aceito mundialmente para mensurar a potência de amplificadores, receivers e derivados.

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

Impedância é outro item que deve ser levado em consideração caso você compre as caixas de som de forma avulsa. Variando entre 2 e 16 ohms, as caixas devem sempre combinar com a impedância do receiver, caso contrário elas podem queimar (receiver com impedância maior do que as caixas) ou ainda reproduzir o som com potência até 60% menor (receiver com impedância menor do que as caixas).

Quantidade de caixas

Ter mais caixas de som em sua casa não significa, necessariamente, ter maior potência. Aliás, a quantidade de caixas pouco influencia nisso e, em muitos casos, o limite máximo disponível também não é utilizado. Para saber mais sobre o assunto, vale a pena conferir o artigo “Quais as diferenças entre áudio 2.0, 2.1, 5.1 e 7.1”.

Cada uma das caixas é responsável por reproduzir o som de um canal de áudio e, quanto maior o número disponível, maior também será a fidelidade sonora. O primeiro número indica o número de caixas, e o segundo, a quantidade de subwoofers. Como fonte sonora, as gravações que utilizam o sistema 5.1 são as mais comuns.

(Fonte da imagem: Divulgação/Philips)

Formatos de áudio

Existem diversos formatos de áudio adotados pela indústria e saber se o seu home theater é compatível com a maioria deles fará com que você tenha plena certeza de que o som será reproduzido com fidelidade. Os mais comuns são o Dolby Digital e o DTS, e cada um deles tem subníveis distintos de sonoridade.

O Tecmundo já abordou o assunto no artigo “Quais as diferenças entre formatos de áudio para Blu-ray”. Embora seja um diferencial importante, poucos consumidores costumam dar atenção a esse fato. Por isso, vale e pena dar uma olhada com cautela nas especificações técnicas do produto antes de levá-lo para casa.

Conexões

Fique atento também à compatibilidade do aparelho com os diversos tipos de conexão existentes. A quantidade de entradas HDMI, por exemplo, caso você possua mais de um console ou player de Blu-ray, é um diferencial que deve ser levado em consideração. Confira ainda se o home theater é compatível com internet via Wi-Fi e Bluetooth. Em muitos casos, essa pode ser uma função utilizada com frequência.

Caso sua TV não possua entrada USB, adquirir um home theater que conte com esse espaço de conexão é uma excelente alternativa para ampliar as possibilidades de uso. Confira também se o home theater é compatível com cabos ópticos, que deixam o aparelho livre de interferências. A quantidade de entradas é outro quesito que deve ser observado pois, caso o aparelho tenha apenas uma, será preciso revezar o uso com mais de um equipamento. (Fonte da imagem: Divulgação/Sony)

Preço

A faixa de preço é outro item essencial na compra de um home theater. Você pode encontrar aparelhos mais em conta, a partir de R$ 300, mas nem sempre eles atendem às necessidades que a sua TV precisa. Da mesma forma, existem conjuntos que custam mais de R$ 5 mil, mas que podem não ser aproveitados em sua totalidade caso seu ambiente e sua TV não disponham de condições compatíveis.

Por isso, embora saibamos que o preço é um fator de peso na hora da compra, procure decidir qual aparelho você vai adquirir primeiro pelas características técnicas de que você necessita e, somente após isso, escolha o produto que melhor se adapta ao seu bolso dentro de uma determinada faixa de preço.

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