Acabou a farra: Tinder vai apagar os perfis falsos criados pelo governo

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O Carnaval é um feriado que deve gerar bastante preocupação para o Ministério da Saúde. Durante esse período, o foco das campanhas de conscientização do governo é a prática do sexo seguro, uma iniciativa destinada aos foliões para prevenir a contaminação por HIV, o vírus da AIDS. Para fortalecer a ideia, o Ministério havia criado uma campanha através do aplicativo de paquera Tinder, mas que foi barrada pela própria empresa dona do app.

A iniciativa, que também foi estendida para o Hornet – aplicativo voltado para o público gay –, tinha como objetivo criar perfis falsos para alertar outros usuários dos perigos do sexo sem camisinha. No entanto, Rosette Pambakian, executiva de comunicação do Tinder, parece não ter gostado da forma como a campanha se aproveitou do app e resolveu cortar as asas do Ministério da Saúde.

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Acabando com a farra

“Estamos apagando os perfis porque eles violam nossos termos de serviço. Vocês não estão autorizados a anunciar no Tinder”, disse ela através do Twitter. Apesar da polêmica, o Ministério da Saúde se defende dizendo que usou os dois aplicativos para fins institucionais, e não promocionais. “Os termos de uso do aplicativo Tinder se resumem à proibição de uso comercial. A campanha teve uso institucional com o objetivo de informar sobre a importância da prevenção e do sexo seguro. Portanto, não há uso comercial e comprometimento das políticas de uso”.

Ao site G1, o governo afirma que os perfis estiveram ativos por apenas 10 dias para conscientizar a população. O Ministério ainda diz que, quando o “soco no estômago” foi dado por Rosette Pambakian, os perfis já haviam sido retirados do ar. Já a empresa criadora do Hornet não foi encontrada para manifestar o seu posicionamento sobre a campanha.

Resultados positivos

Mesmo com a bronca levada por causa da campanha, o governo – no vídeo acima – parece ter ficado satisfeito com os efeitos que esses perfils falsos causaram. O ministro Arthur Chioro reforça a importância desse tipo de iniciativa: “Precisamos atingir o público jovem, tanto o heterossexual como homossexual, e chegar numa linguagem direta, informativa e esclarecedora, que convoque os adolescentes e jovens a fazer sexo com segurança. Com respeito aos seus parceiros e, ao mesmo tempo, usando a camisinha”.

Além de campanhas de conscientização, o Ministério da Saúde também disponibiliza postos para a realização do teste convencional de detecção de HIV. O exame consiste na análise do fluido oral da gengiva e gera o resultado em 30 minutos.

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