Por que um gênio da computação trocou a Google pela arquirrival chinesa?

1 min de leitura
Imagem de: Por que um gênio da computação trocou a Google pela arquirrival chinesa?

Embora a Google tenha uma série de serviços consagrados, é justamente no seu buscador que reside a maior referência da companhia. Por conta disso, o algoritmo das buscas desenvolvido pela companhia é mantido como um “segredo de estado”. Um dos responsáveis da empresa por transformar a “linguagem das máquinas” em algo mais próximo da linguagem dos humanos era Andrew Ng, também professor da Universidade de Stanford.

Há dois meses, o homem que era responsável pelo Google Brain deixou a companhia de Mountain View para se juntar à gigante chinesa Baidu. “Eu acredito que esse é o melhor lugar para avançar em inteligência artificial hoje”, destacou o cientista em entrevista ao site VentureBeat. Mas afinal, como a empresa chinesa é capaz de proporcionar melhores condições do que a Google nesse quesito?

A resposta é simples. Hoje, a Google domina as buscas em praticamente todos os mercados em que atua. Já o Baidu mantém o seu foco em alguns poucos países, como a China, o Egito e a Tailândia. No Brasil, a novidade foi lançada neste mês, mas ainda está longe de figurar entre os serviços mais acessados pelos brasileiros.

Liberdade de decisões

“A capacidade que muitas pessoas têm aqui de tomar decisões faz com que toda a infraestrutura se mova mais rápido e isso é algo que eu realmente gosto”, explicou Ng. Ele ilustra essa situação com um exemplo: “Pedi a compra de 1.000 GPUs para um projeto de pesquisa e elas me foram entregues 24 horas depois”, afirma. “No Google, levaria semanas ou até mesmo meses para que elas chegassem”, completou.

Para o futuro, Andrew Ng será responsável por pesquisas nas áreas de deep learning, com foco não apenas na eficácia, mas principalmente na precisão. Enquanto a Google tem a melhor infraestrutura analítica desse processo e a Microsoft é que melhor poderia transformar isso em resultados, é justamente nos estudos de precisão que podem residir os grandes saltos da tecnologia.

“Às vezes, para que você possa mexer na precisão de um sistema é preciso mudar também a maneira como os usuários interagem com esse dispositivo”, explica Andrew. Ele destaca que o reconhecimento de voz, por exemplo, não funciona muito bem em ambientes com muitos ruídos. 

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.