Google abre inscrições para seu programa de bolsas de pesquisa no Brasil

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Imagem: FWP - logospike

Como já está se tornando tradição, a Google abriu novamente as inscrições para o programa de Bolsas de Pesquisa para a América Latina, o que engloba projetos em desenvolvimento no Brasil. Neste ano, a empresa pretende aplicar US$ 600 mil em 24 projetos na região, o dobro dos números de 2015, quando 8 dos 12 projetos auxiliados eram brasileiros.

O projeto teve início no Brasil em 2013 como uma iniciativa piloto desenvolvida pelo Centro de Engenharia do Google em Belo Horizonte. O projeto foi expandido para o restante da América Latina no ano passado, com o plano de distribuir US$ 1 milhão em bolsas durante três anos.

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Professores orientadores das principais universidades da América Latina que trabalham em Ciência da Computação, Engenharia ou áreas relacionadas podem submeter projetos de pesquisa em nome de candidatos de mestrado ou doutorado. Para cada projeto de pesquisa, o professor deverá indicar um aluno que seja o responsável por conduzir a pesquisa.

O prazo final para fazer as inscrições é 9 de junho de 2016, e você pode conferir mais detalhes e submeter seu trabalho através deste link.

Áreas de atuação

As propostas precisam pertencer aos campos de estudo que são fundamentais para o Google, listados abaixo:

  • Geo/mapas
  • Interação entre humanos e computadores
  • Retenção, extração e organização de informações (incluindo gráficos semânticos)
  • Internet das coisas (incluindo cidades inteligentes)
  • Aprendizado de máquina (machine learning) e mineração de dados (data mining)
  • Dispositivos móveis
  • Processamento natural de línguas
  • Interfaces físicas e experiências imersivas
  • Privacidade
  • Outros tópicos relacionados a pesquisas na web

Nos projetos de doutorado, o estudante receberá US$ 1,2 mil por mês, e o orientador, US$ 750 mensais. Nos projetos de mestrado, o estudante receberá US$ 750, e o orientador, US$ 675. As bolsas serão concedidas pelo período de um ano, mas existe a possibilidade de renovação por igual período para pesquisas de mestrado e por mais dois anos para doutorado.

Conheça um projeto financiado pela Google

Entre os 12 projetos financiados pelo programa de bolsas da Google em 2015, oito eram de universidades brasileiras. Um dos mais interessantes para a sociedade como um todo foi o desenvolvido por André Gustavo Maletzke, orientado Almeida Prado Alves Batista, da USP de São Carlos (SP).

Placa usada no sensor que identifica o mosquito da dengue

O projeto focou em desenvolver um sensor para armadilhas de mosquito que consegue identificar o Aedes aegypti e outros insetos de forma automática através de um escaneamento feito a laser. Quando o mosquito entra na armadilha e passa pelo sensor, ele é classificado em instantes.

Quando o mosquito entra na armadilha e passa pelo sensor, ele é classificado em instantes

“Quando um inseto cruza o feixe de luz do laser, as asas e o corpo impedem que parte da luz chegue ao seu destino. Isso gera variações que são capturadas pelos fototransistores, produzindo um sinal, uma espécie de assinatura do inseto”, detalhou Maletzke.

A identificação do mosquito se dá especialmente pelo formato do corpo, além da frequência das batidas das asas, que varia de espécie para espécie. Um sensor como esse pode ser posicionado em locais com suspeita de infestação para avaliar se de fato é necessário realizar uma ação contra determinado mosquito por ali.

“Com essas informações, organismos de controle podem direcionar e quantificar a intensidade das ações em áreas cuja densidade do Aedes aegypti esteja aumentando. Posteriormente, será possível obter, em tempo real, um feedback sobre o grau de efetividade das ações realizadas”, comentou.

Será possível obter em tempo real um feedback sobre o grau de efetividade das ações realizadas contra o mosquito

Maletzke também explicou ao TecMundo que a bolsa que recebeu da Google pôde acelerar o desenvolvimento da pesquisa além do que era esperado, permitindo adquirir novos equipamentos e construir novos protótipos em menos tempo. “Como resultado, atualmente, é possível identificar o Aedes aegypti em diferentes condições ambientais utilizando o nosso sensor”, disse.

Você já conhece o programa de bolsas da Google para pesquisas em tecnologia? As inscrições já estão abertas! Comente no Fórum do TecMundo

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