Como eram os primórdios do Google?

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Pouca gente duvida que a Google é a gigante da internet. Uma das marcas mais valorizadas do mundo, a empresa fundada por Larry Page e Sergey Brin em 1998 é um dos expoentes da computação nas nuvens e oferece uma série de serviços de sucesso como Gmail, Orkut, Google Docs, Gtalk, além do buscador mais usado em todo o mundo.

Mas o que muitos não sabem – ou nunca pararam para pensar sobre – é que a Google é destaque também em hardware. Não que a empresa fabrique placas de vídeo ou processadores, mas a quantidade de recursos físicos necessários para manter ativos os servidores da maior empresa da internet é realmente gigante.

Os primeiros passos...

Se hoje a Google se destaca em praticamente tudo o que faz, tudo com tecnologia de ponta, nem sempre foi assim. De acordo com o Museu da História do Computador, em 1999, o servidor que sustentava o buscador no ar era bem diferente do que é hoje: um rack em que se amontoavam 80 processadores e dois roteadores HP.

AmpliarServidor da Google no ano de 1999 (Fonte da imagem: Steve Jurvetson)

A peça, crucial para que a Google conseguisse fazer frente a grandes nomes da busca na internet da época, obviamente já foi abandonada e hoje faz parte da história, como uma peça de museu. Aliás, ela bem parece um monumento modernista, cheia de fios e partes sobrepostas de um modo quase desorganizado.

Mas, um pouco antes, no ano de 1998, o ano de fundação da empresa, as ferramentas eram ainda mais simples. Toda a central do Google era composta por um servidor mais amador do que nunca, feito a partir de máquinas caseiras, algumas doadas inclusive, no melhor estilo “faça você mesmo”. Os componentes do primeiro servidor da Google eram:

• Uma estação Sun Ultra II com 2 processadores de 200 MHz, 256 MB de memória RAM e 3 discos rígidos de 9 GB, 3 de 6 GB e 3 de 4 GB, totalizando apenas 57 GB;
• Dois servidores Dual Pentium II de 300 MHz, 512 MB de RAM e 9 discos rígidos de 9 GB cada – esse material era responsável por executar os algoritmos de busca;
• Uma F50 IBM RS/600 da IBM com 4 processadores, 512 MB de RAM e 8 discos rígidos de 9 GB cada;
• 18 discos rígidos extras de 9 GB cada um (9 desses foram doados pela IBM).

AmpliarPrimeiro servidor do Google, ano de 1998. (Fonte da imagem: Alt1040)

Hoje: centros de dados espalhados pelo mundo

A evolução dos negócios da Google se deu de modo relativamente rápido, e menos de dez anos depois de um servidor caseiro, em 2006, a empresa já alcançava o expressivo número de 450 mil computadores na parte de hardware, segundo o site Baseline. A dona do Gmail nunca falou muito sobre seus equipamentos, mas rumores apontam que cada máquina possuía, na época, 16 GB de memória RAM e um disco rígido de 2 TB (aproximadamente 2000 GB).

Além disso, a empresa conta atualmente com dezenas de centrais de dados (os datacenters) espalhados não somente pelos Estados Unidos, mas também em diversas partes do mundo como Austrália, Bélgica, Finlândia e Países Baixos.

Esses espaços são lotados de containers (como aqueles vistos sobre vagões de trens) repletos de servidores potentes. São eles os responsáveis por guardar dados e informações que você armazena no Gmail, no Google Docs, no Google Agenda, bem como os sistemas que trabalham nas buscas por páginas, imagens, mapas, notícias e tudo mais que a Google oferece nas nuvens.

Esse cuidado extremo em ter centros de dados fortes e com vasto espaço para armazenamento mostra não ser à toa o título de maior empresa da internet. Contudo, para que você possa navegar nas nuvens e dispor de conteúdo em qualquer computador com acesso à internet, a Google conta com milhares dispositivos físicos para armazenamento de dados.

Maiores informações acerca dos centros de dados do Google podem ser encontradas em uma página específica sobre eles. Clique aqui para acessá-la (em inglês).

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