Primeiras impressões: testamos o Android Auto

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O investimento das grandes empresas nos sistema operacionais para carros já é realidade. Microsoft, Apple e Google devem fazer dos veículos o próximo palco de disputa por consumidores. A boa notícia é que, com o aumento da concorrência, cresce também o número de alternativas com custo mais atraente.

É o caso do Android Auto, a versão para automóveis do sistema operacional mobile da Google. Durante a Google I/O 2015, a bordo de um confortável modelo da Audi, tivemos a oportunidade de testar o funcionamento do software. A empresa decidiu optar pela simplicidade ao invés de rechear o sistema com recursos que não são utilizados com frequência.

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Direto ao ponto

A ideia de uma sistema operacional em veículos é que ele possa funcionar como um elemento auxiliar do motorista, e não como uma distração a mais. Por conta disso, a empresa optou por incluir nesta versão apenas itens que possam ser considerados fundamentais durante a condução de um automóvel.

Você pode enviar e receber mensagens, fazer e receber ligações, acessar músicas e estações de rádio e acessar o mapa para seguir direções. Nada de jogos ou outros aplicativos que possam comprometer a sua atenção. O sistema não virá embarcado nos veículos, mas usará a estrutura já disponível para exibição.

Marcas confirmadas e modo de funcionamento

Até o momento, pelo menos 35 montadoras confirmaram a sua participação no projeto. São elas: Abarth, Acura, Alfa Romeo, Audi, Bentley, Chevrolet, Chrysler, Citroen, Dodge, DS, Fiat, Ford, Holden, Honda, Hyundai, Infiniti, Jeep, Kia, Mahindra, Maserati, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Opel, Peugeot, RAM, Renault, Seat, Skoda, Ssangyong, Subaru, Suzuki, Vauxhall, Vokswagen e Volvo.

Basicamente, para receber o Android Auto os veículos devem ter uma tela e um sistema operacional embarcado – mesmo que ele seja proprietário do veículo. Além disso, é necessário que o carro tenha algum tipo de controle que dispense o toque na tela. As versões mais comuns são aqueles veículos com touchpad ou manche.

Isso significa que mesmo modelos que já foram lançados podem se tornar compatíveis com o Android Auto. Ao conectar o smartphone ou tablet no veículo, automaticamente a tela puxa a versão “Auto” do Android. No final das contas ele acaba sendo o “cérebro” dessa operação. Isso permite a continuidade das ações de forma simplificada.

Por exemplo: você está pesquisando uma rota em seu celular via Google Maps enquanto anda até o carro. Ao entrar e conectar o celular, essas informações automaticamente são abertas no painel, sem que você precise digitar novamente um endereço.

Mais comandos de voz e menos toques na tela

Evitar distrações é a palavra chave na experiência do Android Auto. Por conta disso, a Google quis evitar a necessidade de toques na tela durante a direção. Prestar atenção no display e ainda ter que tocar nele não parece algo seguro, segundo a empresa. A ideia é que via comandos de voz ou toques no controle de tela (alguns manches estão localizados no volante) parece mais simples e segura.

Em nossos testes, com a versão em inglês, os resultados foram extremamente satisfatórios. Entretanto, o mérito maior não é do sistema, mas sim da confiabilidade da ferramenta de buscas, capaz de entender questões contextuais com muita facilidade.

A solução adotada parece ter sido inteligente e praticamente não altera em nada o custo final do veículo. Ao menos por aqui, mesmo modelos mais simples e baratos já podem receber a novidade em breve. Para o Brasil, infelizmente, ainda não há previsão e o recurso deve ficar restrito, em um primeiro momento, somente àqueles modelos cujo preço ultrapassa os R$ 80 mil.

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