PCYES: fabricante brasileira de fontes supera EVGA e Corsair em testes

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Imagem: Reprodução/PCYES

É muito bom ver que empresas relacionadas ao segmento de hardware têm demonstrado grande interesse em investir no Brasil.

Não somente empresas internacionais que, para baratear os custos, fabricam placas-mãe, memórias e outros componentes aqui, mas também empresas nacionais, de alguma forma, buscam espaço neste gigante mercado.

No artigo de hoje, nossos amigos do TecLab, reconhecidos experts no assunto, dissecaram três fontes de alimentação direcionadas ao segmento popular, trazendo uma boa surpresa.

Quem diria que uma marca nova, e ainda brasileira, poderia superar duas gigantes tradicionais e mostrar que trabalhando com respeito e responsabilidade é possível conquistar o consumidor?

Aconteceu, e ainda, em uma apresentação ao vivo no canal do YouTube do pessoal da TecLab. O teste da vez foi realizado com esta nova metodologia (de transmissão em tempo real) para mostrar ao público que não há nada a esconder. Isso dá muita credibilidade aos testes e pode revelar grandes surpresas.

Os competidores

Foram colocadas à prova: uma Corsair CX430 (fonte mais popular da marca mais consagrada marca deste segmento), uma EVGA 430W (da tradicional líder em placas de vídeo que vem crescendo e se destacando), e, finalmente, a PCYES Electro Gamer 430 (pouco conhecida e até desacreditada para esta competição).

Os resultados

Os testes foram realizados em temperatura ambiente à 25 °C e os componentes usaram a tensão de 220 V.

Corsair CX430

Condições a 430 watts

  • Temperatura: 37,3°C (Temperatura máxima estável)
  • Eficiência: 85,0 %
  • Ripple: 15 mV (quanto menor, melhor)
  • Fator de potência: 0,988 (quanto maior, melhor)
  • Requisição de potência da concessionária: 505 watts
  • Tensão 12 V = 11,91 V (quanto mais próximo de 12V, melhor)

Condição de sobrecarga a 520 watts

  • Temperatura: 45,1 °C
  • Eficiência: 84,0 %
  • Ripple: 18 mV
  • Fator de potência: 0,991
  • Requisição de potência da concessionária: 620 watts
  • Tensão 12 V = 11,89 V

EVGA 430W

Condições a 430 watts

  • Temperatura: 45°C
  • Eficiência: 81,6%
  • Ripple: 24 mV
  • Fator de potência: 0,983
  • Requisição de potência da concessionária: 525 watts
  • Tensão 12 V = 11,87 V

Condições de sobrecarga a 520 watts

  • Temperatura: 77,8 °C
  • Eficiência: 77,1%
  • Ripple: 31 mV
  • Fator de potência: 0,981
  • Requisição de potência da concessionária: 669 watts
  • Tensão 12 V = 11,71 V

PCYes Eletro Gamer 430

Condições a 430 watts

  • Temperatura: 42,8 °C
  • Eficiência: 84,6%
  • Ripple: 15 mV
  • Fator de potência: 0,990
  • Requisição de potência da concessionária: 508,2 watts
  • Tensão 12 V = 11,95 V

Condições a 520 watts

  • Temperatura: 48,1 °C
  • Eficiência: 83,8%
  • Ripple: 19 mV
  • Fator de potência: 0,993
  • Requisição de potência da concessionária: 619,2 watts
  • Tensão 12V = 11,95 V

As fontes entraram em colapso e desarmaram respectivamente a 535 W (Corsair), 535 W (EVGA) e 622 W (PCYES), tendo funcionado a primeira, em boas condições de trabalho, até 520 watts, a segunda até 490 watts (pois a temperatura passou a comprometer), e a PCYES, pasmem, com até 620 watts aplicados, em temperatura inferior a 50°C.

Na transmissão acima, é possível conferir que Todos os modelos, quando requisitados acima de seu limite, utilizaram seus sistemas de proteção e desligaram adequadamente, sem causar nenhum problema. Para saber mais sobre o funcionamento de uma fonte de alimentação, você pode conferir outro vídeo do canal TecLab clicando aqui.

Conclusões Técnicas

Avaliadas as três fontes, foi possível notar melhor capacidade no capacitor primário (mais importante) da PCYES, pois, apesar de ser uma marca menos conhecida que o da Corsair, é certificado para 105 °C, contra os 85 °C dos outros dois modelos (detalhe: o capacitor da EVGA da marca Capxon é pouco apreciado pelos especialistas por sua qualidade, segundo o pessoal da TecLab).

No sistema de filtragem, ponto para a Corsair, pois foi a única que apresentou um Varistor — componente utilizado para os picos de energia da rede. Entretanto, a fonte da PCYES traz componentes (transformadores, dissipadores, capacitores, etc.) e a placa de circuito integrada maiores e mais robustos. A EVGA é a mais simples nesse sentido.

No fim da contas, a vitória muito apertada ficou para a PCYES, pois apesar de não ter o varistor, como a Corsair, mostrou um projeto mais moderno, melhor dimensionado, transformadores de melhor blindagem (menor chance de apresentar coil whine) e ainda um transformador independente para a linha de -12V, dissipador na ponte retificadora, com componentes que a permitiram maior "sobra" de potência — mesmo não tendo apenas uma linha de +12V como as outras.

Devido ao longo tempo do vídeo, não foram realizado os cálculos da regulação de tensão (de 10% a 100% de carga), mas esses, assim como o detalhamento de todos os componentes, podem ser solicitados ao TecLab.

É importante dizer que todas as fontes cumpriram seu papel, dentro das especificações para as quais foram projetadas. A Corsair CX430 conseguiu, dentro do limite, trabalhar em uma condição até um pouco superior ao da vencedora, mas a somatória dos atributos concedeu a vitória a PCYES.

Quanto à fonte da EVGA, é importante ressaltar que esta é uma fonte de menor custo, com uma certificação mais baixa. Isso lhe concede uma melhor recomendação, mesmo que após algum tempo parte dessa diferença volte ao consumidor por meio de sua conta de energia.

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