Facebook: o devorador da internet

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Se até algum tempo atrás o grande nome da internet era a Google, hoje o foco das atenções de todo o planeta está no Facebook. A rede social criada por Mark Zuckerberg é tema para filmes, livros e, principalmente, especulações. Com muita frequência, surgem novos rumores acerca da aquisição de novas empresas e serviços, principalmente depois da compra do Instagram – em uma transação de US$ 1 bilhão.

A compra do serviço de fotografias para portáteis colocou o Facebook de volta nos holofotes. Mas, após o lançamento do Facebook Camera, muitos ficaram em dúvida sobre quais seriam os reais planos da rede social ao comprar o serviço. Comprar apenas para acabar com a concorrência? Demonstrar poder aquisitivo?

O novo Facebook Camera (Fonte da imagem: Divulgação/Facebook)

Independente dos motivos, é preciso admitir que a empresa de Palo Alto está cada vez mais poderosa. Atualmente, até mesmo a Google teme o poder da rede social. Prova disso são os investimentos pesados em promoção e melhorias para o Google Plus – rede criada em Mountain View para tentar frear os avanços do serviço de Zuckerberg. E até onde o Facebook pode chegar?

Mais compras bilionárias

Depois de gastar 1 bilhão de dólares em um serviço de fotografias, o Facebook mostrou que possui recursos para adquirir algumas empresas, caso ache necessário. E muitos analistas de mercado começaram a especular quais seriam as melhores oportunidades de investimento. Somente na última semana, dois grandes nomes da tecnologia começaram a ser cogitados.

No dia 29 de maio, alguns analistas lançaram o rumor de que o Facebook poderia estar perto de comprar a Opera Software. Com a transação, que poderia gerar mais de 1 bilhão de dólares, a rede social resolveria uma série de problemas relacionados aos portáteis – incluindo a dificuldade de monetizar a rede social em plataformas Mobile.

(Fonte da imagem: Reprodução/Paul Butler)

Um dia depois, foi a vez de a Nokia aparecer nos supostos planos. Analistas do grupo Enderle disseram que a empresa – que já foi a maior fabricante de celulares do mundo – poderia ser adquirida para que a rede social pudesse lançar seu próprio smartphone. Por um lado, isso colocaria mais um ponto no plantel de atividades do Facebook, mas muitos temem que isso possa ser um “tiro no pé”.

Há quem diga que seguir os passos da Google (sair do software para o hardware) seria um grande erro. Mas é fato que o Facebook luta há alguns anos para conseguir produzir um smartphone próprio – ou que leve ao menos a sua assinatura. Seria a confirmação dos rumores que esperam o aparelho para 2013.

Problemas na bolsa de valores

Apesar da euforia no primeiro dia em que estava na bolsa de valores, o Facebook está enfrentando muitas quedas no preço de suas ações. Operando com bastante instabilidade, a rede social tem gerado perdas significativas para os investidores que depositaram largas quantias de dinheiro nos papéis da empresa.

Mesmo com esses problemas, ainda há esperanças de que as ações sejam valorizadas em breve. O mercado espera por anúncios importantes da rede social, o que faria com que houvesse um aquecimento da bolsa e, consequentemente, um novo aumento no valor dos papéis da empresa. A compra da Opera Software seria excelente para esse fim.

Projeções para o futuro

Depois de se tornar a principal rede social em todo o planeta e chegar à bolsa de valores, quais serão as próximas decisões do Facebook? Como já dissemos, especula-se que a empresa realmente parta para outros caminhos. Mas não nos prendamos ao que especulam os analistas de mercado. Há muito mais para ser pensado.

(Fonte da imagem: Reprodução/Facebook)

O site ReadWriteWeb afirma que não é interessante para o Facebook lançar um aparelho próprio por enquanto pelo simples fato de a empresa não possuir um sistema operacional. O máximo que poderia ser feito no momento é um Android com maior integração à rede social, o que pode ser desenvolvido por várias versões modificadas do sistema da Google, não demandando a intervenção de Palo Alto.

Dificilmente alguém optaria por comprar um “Facebook Phone” apenas pela marca. É necessário criar uma plataforma completa para que o smartphone seja uma opção interessante aos consumidores. Por essa razão, ainda deve demorar algum tempo para que o aparelho seja realmente produzido. A menos que a empresa decida “meter os pés pelas mãos”.

Uma nova Apple?

Ainda é cedo para dizer se o Facebook vai se estabelecer como uma potência da internet por um período de muitos anos. Segundo alguns estudos do MIT, em breve vai ocorrer o declínio da rede social. O grande motivo seria o fato de não haver mais como expandir, pois o site teria se transformado em um amontoado de anúncios.

(Fonte da imagem: Reprodução/Facebook)

Mesmo assim, é preciso dizer que o serviço possui apenas oito anos e já vale muito dinheiro: são quase 100 bilhões de dólares. As chances de boas aquisições com essa quantia são muito grandes. Por essa razão, é bem possível que o Facebook consiga vencer muitas batalhas que ainda estão por surgir.

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Será que o Facebook vai se transformar em um verdadeiro império? Para termos resposta para essa pergunta, precisaremos ficar muito atentos aos movimentos da rede social. Quais as suas apostas?

Fontes: ReadWriteWeb, Technology Review, The New York Times, Computer World, Facebook e Life Hacker

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