Como o Tony Stark da vida real quer levar 1 milhão de humanos para Marte

3 min de leitura
Imagem de: Como o Tony Stark da vida real quer levar 1 milhão de humanos para Marte
Imagem: Shutterstock

Você provavelmente já deve ter ouvido falar do bilionário sul-africano Elon Musk – cofundador do PayPal e da SpaceX (além de presidente da Tesla Motors) –, que também é conhecido por vários projetos excêntricos, que vão desde viagens à Lua até novos projetos de escolas. Nós já falamos aqui no TecMundo que ele pretende levar humanos para Marte nos próximos anos. Recentemente, Musk fez mais declarações sobre esse projeto ambicioso.

Como também já publicamos aqui no TecMundo, de acordo com Elon Musk é necessário colonizar Marte o mais rápido possível para salvaguardar a existência da humanidade. Segundo ele, se o homem permanecer somente na Terra, nós jamais poderemos atingir todo o potencial de desenvolvimento que possuímos. Enviar seres humanos à Marte é o próximo grande passo  da humanidade, ainda de acordo com o empresário.

Apesar desse desejo, os custos atuais de exploração espacial simplesmente não são sustentáveis. Elon Musk já é conhecido por tentar diminuir os custos de lançamento espacial e, além disso, não está tentando somente poupar dinheiro da NASA, mas também tornar qualquer imigração em potencial mais acessível para as pessoas. Entretanto, acessível para quem? E por quanto?

Primeiramente, para Musk isso não é um ato de benevolência – e sim de sobrevivência (necessário para continuarmos a viver daqui a milênios). E, segundo ele, é necessário que haja um tipo de interseção entre as pessoas que podem ir e as pessoas que realmente podem pagar pelos custos para a estruturação dessa nova sociedade autossustentável.

Uma viagem só de ida

“O palpite é que, por meio milhão de dólares, há pessoas suficientes que podem pagar e que querem ir. Mas esse não será um passeio férias. Será como as primeiras pessoas que imigraram aos Estados Unidos, guardaram todo o dinheiro que tinham e venderam as suas coisas para poder viajar...”, diz Musk. O discurso do cofundador da SpaceX é bastante realista nesse sentido, já que as pessoas precisariam – em outras palavras – desistir da vida aqui na Terra para começar um novo tipo de vida no desconhecido Planeta Vermelho.

É um caminho, pelo menos por enquanto, sem retorno. Apesar de existirem muitas pessoas dispostas a participar de tal jornada e momento histórico (o projeto do Mars One teve mais de 200 mil candidatos), é necessário considerar quem realmente pode pagar pelos valores e se desfazer dos bens na Terra – afinal de contas, estamos falando de pelo menos US$ 500 mil.

Imagem do filme "Perdido em Marte"

Musk diz que já existe um número suficiente de pessoas capaz de pagar pelo ingresso, que, de acordo com ele, está com valor reduzido. Para qualquer colônia em Marte ser bem-sucedida é necessário que, pelo menos, um milhão de pessoas seja enviado à missão interplanetária. E, mesmo com esse número grande de pessoas, já assumimos que cada indivíduo será responsável por altíssimas quantidades de produtividade na colônia.

Bases industriais inteiras precisam ser criadas do zero e é necessário minerar e refinar os materiais encontrados em um ambiente muito mais difícil e extremo do que o da Terra. Não existem árvores, não há oxigênio e nitrogênio ou óleo. Todos esses pontos devem ser levados em consideração, com tarefas distribuídas especificamente entre os colonos qualificados.

Um novo passo para a humanidade

A viagem interplanetária é um ponto essencial para transformar o homem em um ser capaz de desenvolver civilizações multiplanetárias. Musk diz que projetos de colonização que pretendem levar menos de 1 milhão de pessoas iriam limitar o potencial da colônia de criar operações necessárias para que aqueles em Marte sobrevivam e, por isso, não são plausíveis.

É claro que levar quase 1 milhão de pessoas a um planeta que, nas condições tecnológicas atuais, está a nove meses de distância não é algo simples – um altíssimo número de viagens é necessário. Mas Musk já está pensando como resolver esse empecilho. Apesar de ainda não fornecer dados palpáveis da tal espaçonave gigante que poderá transportar os colonos, ele já obteve bons avanços na redução de custos do projeto.

“Os foguetes são o único meio de transporte na Terra em que um novo veículo é construído separadamente para cada viagem...”, diz Musk. Para o empresário bilionário, é preciso desenvolver naves que sejam capazes de múltiplas viagens (incluindo ida e volta) –, desse modo, as missões interplanetárias se tornarão muito mais realistas e viáveis. O foguete Falcon Heavy da SpaceX pretende ser exatamente isso em um futuro breve.

Ilustração da cápsula de testes Dragon

O conceito da Dragon Capsule foi recentemente apresentado pela SpaceX em ilustrações que exemplificam como outra nave poderá transportar humanos e cargas para planetas. Inclusive, testes já começaram a ser realizados com a Dragon Capsule e o time está confiante de que o primeiro desafio em solo marciano pode ser feito em 2020. E quando teremos a viagem tripulada à Marte? Em no máximo 12 anos, se depender de Elon Musk.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.