Acompanhe ao vivo o pouso histórico de Rosetta sobre o cometa 67P/Churyumov

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Imagem: ExtremeTech/Sebastian Anthony

A sonda espacial Rosetta está pronta para revelar novos horizontes à Ciência. Há uma década em pleno espaço, a missão liderada pela Agência Espacial Europeia (ESA) tem o objetivo de pousar sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

E a histórica aterrissagem do módulo Philae vai acontecer nesta quarta-feira (12) – na verdade, o robô foi ejetado às 7h03 (horário de Brasília) e já desce em direção à superfície do astro. O pouso será realizado às 13h30 de hoje e, como o sinal demora cerca de meia hora para chegar até a Terra, a transmissão ao vivo da missão deverá ser feita por volta das 14h (assista abaixo ou clique aqui).

A ousada aterrissagem possui chances altas de fracasso – algum componente do sistema de pouso de Philae apresentou problemas ainda nesta manhã. Mas a operação continua, e o módulo segue sua lenta descida até o terreno do cometa; no momento do pouso, o impacto gerado vai alcançar a velocidade “suave” de 1 m/s”.

Como é feita a aterrissagem?

São quatro os estágios que compõem a operação de pouso da sonda Philae. E a equipe responsável por gerenciar a missão é que deve ditar o andamento de cada um dos passos. A separação entre o módulo e o satélite Rosetta já foi realizada; assim, três estágios deverão ser cumpridos para que a missão espacial emblemática seja cumprida com sucesso.

Descida: os 22 quilômetros entre o robô e a superfície do cometa serão percorridos em cerca de sete horas. Uma aceleração mínima será exercida pela máquina – o objetivo é fazer com que o impacto entre Philae e o terreno do astro seja o mais suave possível.

Momento em que a separação entre o módulo Philae e sonda Rosetta foi realizada.

Pouso: espera-se a velocidade de 1 m/s seja atingida pelo módulo durante o pouso. O 67P/Churyumov-Gerasimenko possui apenas 4 km de diâmetro – o que deixa a missão ainda mais complicada. O processo de pouso é ainda um mistério à equipe da ESA; neste momento, só resta aos cientistas cruzar os dedos e torcer pelo melhor.

Fixação do módulo: se a aterrissagem for feita com sucesso sobre uma superfície relativamente plana, arpões e parafusos serão disparados por Philae para que o módulo fique em seu devido lugar. Se a penetração não for realizada, o robô poderá sair “voando” pelo espaço.

A canção de um cometa

A sonda espacial Rosetta captou uma misteriosa “canção”. E o canto do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pode agora ser ouvido. É que a frequência emitida pelo astro ficou entre 40 e 50 milihertz, faixa esta inaudível a seres humanos. Convertido para altas frequências, o sinal ganhou o apelido de “um cometa cantando”. Ouça:

Não se sabe exatamente como o astro tem “cantado”. É bastante provável que a música resultante seja fruto das oscilações dos campos magnéticos do cometa, cuja superfície é constituída por minerais.

A origem da vida

Mas, afinal, por que se esperar 10 anos pela aterrissagem de uma sonda sobre um terreno “estéril”? Acontece que a missão Rosetta tem o objetivo de estudar nada menos que os possíveis fundamentos da vida. O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko orbita em torno do Sol e preserva elementos relativos aos primeiros sopros de vida do Universo.

Esta será a primeira vez que materiais do início dos tempos poderão ser estudados. O módulo Philae vai estudar a composição gasosa, mineral e também o gelo presente enquanto estiver preso à superfície do astro. As imagens coletadas até o momento por Rosetta podem ser conferidas por meio deste link. A divulgação das primeiras fotos tiradas pelo módulo serão divulgadas a partir das 15h de hoje (12).

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