Com vitória de Dilma, nordestinos sofrem preconceito em redes sociais

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Imagem: Metalúrgicos de Minas

Angariando 51,63% dos votos no segundo turno das eleições de 2014, a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita na tarde deste domingo (26). A notícia de que o Partido dos Trabalhadores (PT) continuará no governo federal por mais quatro anos revoltou alguns internautas e causou uma onda de publicações preconceituosas em redes sociais como Facebook e Twitter. Os estados do Norte e Nordeste do país foram os principais alvos dos internautas.

Para entender o caso, é necessário observar antes de tudo que essas duas regiões foram de máxima importância para a vitória da candidata petista. De acordo com informações oficiais, 71,69% da massa eleitoral do Nordeste votou em Dilma, enquanto apenas 28,31% votou em Aécio Neves. A situação no Norte foi parecida: 58,9% dos cidadãos decidiram reeleger a presidenta, enquanto 41,1% se mostrou favorável ao político tucano.

Com isso, aqueles que ficaram insatisfeitos com os resultados das eleições achou viável colocar a culpa no povo nordestino, espalhando mensagens de ódio e publicações discriminatórias na rede. Conforme explicamos neste artigo dedicado, o preconceito manifestado em ambientes virtuais pode sim ser punido de acordo com a lei brasileira, mas somente se for possível comprovar que aquela demonstração momentânea de ódio faz parte de uma convicção do indivíduo.

O contra-ataque

Contudo, não demorou muito para que alguns internautas organizassem algumas campanhas em defesa do povo nordestino. A hashtag #SouDoNordesteMesmoEComOrgulho, por exemplo, está em segundo lugar na lista de “Assuntos do Momento” no Twitter. Alguns usuários da rede social até mesmo estão fazendo brincadeiras com a tranquilidade típica do Nordeste e com a crise hídrica enfrentada pelos paulistanos.

O que fazer nessas situações?

Conforme explicamos anteriormente, qualquer pessoa pode denunciar um comportamento preconceito utilizando a própria internet. É possível, por exemplo, contatar a Polícia Federal através do Facebook e Twitter, além de denunciar as publicações impróprias para as equipes de moderação responsáveis pelas próprias redes sociais.

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