Android puxa a fila de alta recorde em aparelhos infectados, diz Nokia

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O relatório de segurança Nokia 2017 Threat Intelligence Report mostrou dados preocupantes para o cenário dos dispositivos móveis, especialmente com relação ao Android: houve uma alta de 400% nos últimos 12 meses e 68% dos aparelhos contaminados rodavam o sistema operacional do robozinho verde. O Windows ficou em segundo, com 28%, e o iOS manteve a baixa incidência, com apenas 3%.

O estudo foi feito a partir do Nokia Netguard, produto usado para o monitoramento de tráfego em mais de 100 milhões de gadgets na América do Norte, Europa, Oriente Médio e Ásia-Pacífico, com exceção da Índia e da China. No segundo semestre de 2016 houve aumento de contaminação de 83% em relação ao primeiro semestre, com recorde em outubro, que registrou a média de 1,3% smartphones atingidos.

Pesquisa Nokia

“A Google vem fazendo um excelente trabalho com o Google Play Protect e eles estão realmente protegendo a infraestrutura dos apps para os dispositivos Android. O maior problema são os apps com trojans. Os aplicativos de terceiros são comuns e seria necessários que eles também tivessem o nível de segurança da empresa para que a defesa do Android melhorasse como um todo”, explica o diretor da Nokia Alcatel-Lucent Kindsight Security Labs, Kevin McNamee, em entrevista ao ZDNet.

Uapush e ransomware são os grandes vilões

A Nokia afirma que a quantidade de amostras de malware subiu 53% de 2016 a julho deste ano e chegou à marca de 16 milhões. Os mais recorrentes foram encontrados no Android: Uapush, um invasor aparentemente inofensivo que coleta dados e envia anúncios pop-up; o Android/LockScreen, da família de ransomware Jisut, que “sequestra” o dispositivo; e o Marcher, um trojan bancário que se esconde em versões fake de apps populares, a exemplo da Netflix.

O relatório também chamou a atenção para a rápida disseminação de ameaças na Internet das Coisas. Como as companhias vêm expandindo o universo de produtos para smart houses e wearables, esse é um alerta para que a indústria pense melhor em estratégias para evitar que o cenário atualmente visto nos smartphones também chegue aos outros objetos inteligentes.

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