Review: headset Corsair Vengeance 2100

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Antigamente conhecida somente como uma fabricante de pentes de memória RAM, atualmente a Corsair trabalha com uma grande variedade de segmentos relacionados à área da computação pessoal: entre eles, a fabricação de acessórios. Com um nome chamativo, o Vengeance 2100 é o headset que atualmente ocupa o posto de “top de linha” da empresa, oferecendo uma experiência Surround 7.1 virtual que dispensa fios para funcionar.

Tivemos a oportunidade de testar o acessório e devemos dizer que ficamos surpresos com sua qualidade. O dispositivo combina tudo o que podemos esperar de um produto da categoria: portabilidade, conforto e leveza se somam a um processo de instalação fácil que dispensa qualquer conhecimento específico da área — a “cereja no topo” é uma ótima qualidade sonora.

Neste artigo, você confere todos os detalhes do headset e descobre se vale a pena ou não investir o dinheiro necessário para adquiri-lo. Confira nossas impressões e, após finalizar a leitura, aproveite para comentar sobre o acessório em nossa seção de comentários.

Especificações técnicas

Fones

  • Resposta de frequência: 20 Hz a 20 kHz
  • Impedância: 32 ohms @ 1kHz
  • Sensibilidade: 105 dB (+/- 3 dB)
  • Drivers: 50 mm
  • Consumo de energia USB: 500 mA
  • Conector: USB tipo A
  • Alcance wireless: até 12 metros
  • Bateria: até 10 horas de duração

Microfone

  • Tipo: unidirecional com cancelamento de ruído, base ajustável
  • Impedância: 2.2k ohms
  • Resposta de frequência: 100 Hz a 10 kHz
  • Sensibilidade: -37 dB (+/- 3 db)

Design

O primeiro ponto que fica claro, antes mesmo de retirararmos o Corsair Vengeance 2100 de sua embalagem, é que estamos lidando com um fone de ouvido grande. Longe de ser um defeito, isso significa que o produto dispõe de conchas acústicas que preenchem totalmente a orelha do usuário, algo que não somente ajuda a fixar o produto na cabeça como garante mais conforto após um tempo de uso prolongado.

Em sua concha acústica esquerda, o dispositivo apresenta um microfone, entrada para conector micro USB (o que indica a presença da bateria nessa parte do acessório), um controlador de volume e um botão para ligar ou desligar o headset. Já o lado direito se mostra mais “limpo” e, ao que tudo indica, é o local escolhido pela fabricante para colocar o receptor de sinais wireless.

O produto não apresenta em sua superfície controles dedicados ao microfone, que se desliga sozinho caso seja colocado em posição vertical. Caso seja preciso ajustar o volume da recepção, é preciso recorrer ao controlador de som do Windows ou ao software proprietário disponibilizado pela Corsair em seu site oficial.

Embora o dispositivo apresente um acabamento na cor metálica, todo o seu corpo é feito em um plástico durável e bastante resistente. Já a haste ajustável possui um revestimento acolchoado que garante um encaixe seguro e confortável, independente do tamanho da cabeça do usuário (uma das grandes dimensões do Corsair Vengeance 2100).

Em geral, o produto se assemelha bastante ao Corsair Vengeance 1500, se diferenciando pela inclusão de alguns reforços em sua haste e, claro, pelo fato de não exigir o uso de fios para estabelecer uma conexão com o computador. O lado ruim dessa decisão é que o fone não possui compatibilidade com video games caseiros, o que pode desanimar quem procura por um acessório mais versátil.

Instalação e software

Além do headset em si, a embalagem do Corsair Vengeance 2100 apresenta um extensor USB, um cabo micro USB para conectar o headset ao computador (processo necessário para recarregá-lo), um conector wireless USB e um manual de instruções. A instalação do produto é bastante simples: basta conectar o adaptador USB (com formato semelhante ao de um pendrive) em sua máquina, aguardar até que o driver adequado seja instalado pelo Windows e, feito isso, ligar o fone de ouvido para passar a usá-lo normalmente.

Durante nossos testes, não foi necessário usar o extensor USB presente na embalagem, no entanto o consideramos um elemento extra interessante: compatível com qualquer dispositivo que usa a tecnologia, o acessório é uma alternativa para quem tem certa dificuldade em lidar com os conectores traseiros de seu computador.

Para aproveitar tudo o que o aparelho tem a oferecer, é preciso instalar o Corsair Headset Software, disponível gratuitamente no site oficial da fabricante. Apresentando uma interface simples, o aplicativo permite acionar os modos de som 2.0, Surround 5.1 ou Surround 7.1 — os ajustes são aplicados de forma imediata, sem que seja necessário reiniciar a máquina para perceber seus efeitos.

O programa também apresenta a possibilidade de ajustar a intensidade do volume das caixas acústicas e do microfone do headset. Para completar, você pode realizar diversos ajustes manuais em um equalizador de som, que se mostra capaz de lidar com diversos perfis diferentes — infelizmente, não existe a opção de associar cada ajuste feito a programas específicos, o que deve decepcionar usuários mais exigentes nesse sentido.

Desempenho

Antes de falarmos sobre o desempenho do headset, é preciso deixar algo claro: ao contrário de produtos como o Razer Megalodon 7.1, que possui drivers dedicados a cada canal de som, o Vengeance 2100 trabalha com um sistema de som virtual. Na prática, isso significa que, embora competente, o sistema utilizado pelo acessório se mostra um tanto artificial e não passa a mesma sensação de direcionamento que caixas de som bem posicionadas conseguem transmitir.

Respeitadas essas restrições, devemos dizer que ficamos bastante satisfeitos com o desempenho obtido pelo produto. Reproduzindo sons de forma clara, ele é uma boa alternativa para quem deseja “dar algo a mais” a seus jogos, visto que a mixagem-padrão reforça sons relacionados a tiros e explosões — algo que contribui para dar uma maior sensação de imersão em títulos de ação.

Um ponto que surpreendeu no headset da Corsair é a maneira como ele lida com diferentes frequências. Embora a mixagem-padrão não possa ser considerada perfeita, ela apresenta um bom balanço entre tons agudos, graves e médios, o que permite experimentar de forma completa o trabalho dos compositores e engenheiros de som que trabalharam em seus jogos favoritos.

O dispositivo também se mostrou uma boa opção para assistir a filmes, visto que seu uso prolongado não causa qualquer espécie de desconforto. Ele também é uma boa opção para escutar músicas, contanto que você o utilize na configuração 2.0 — caso contrário, a mixagem pode ficar estranha e não é incomum que os vocais de uma faixa sejam quase totalmente “apagados” pelo som do baixo e da bateria, que ficam bastante pronunciados.

Para aqueles que costumam jogar em ambientes barulhentos, o Corsair Vengeance 2100 apresenta um ótimo isolamento sonoro, capaz de bloquear sons externos mesmo quando o fone está operando em um volume relativamente baixo. No entanto, caso você precise aumentar a intensidade de reprodução, o aparelho lida muito bem com isso — de fato, em sua capacidade máxima, ele trabalha com um nível praticamente ensurdecedor que com certeza deve causar danos à sua audição caso seja usado durante tempo prolongado.

Já o microfone do dispositivo apresenta uma sensibilidade bastante satisfatória, mesmo quando ele está afastado da boca do usuário. Contando com uma haste ajustável resistente, essa parte do headset só decepciona um pouco pela necessidade de ser preciso recorrer a softwares para ajustar seus níveis — algo que poderia ser resolvido com a adição de um controlador específico na superfície do produto.

Bateria

Outro ponto no qual a qualidade do Corsair Vengeance 2100 é evidente é na duração de sua bateria. Embora o fabricante garanta no mínimo 10 horas de uso ininterrupto, em nossos testes percebemos que esse valor passa facilmente das 12 horas dependendo do tipo de configuração utilizada — caso você não use o microfone e reproduza músicas em volume baixo, o dispositivo pode ser usado sem problemas mesmo quando esse limite de tempo é ultrapassado.

No entanto, quem usar o acessório para se comunicar muito e abusar da intensidade do volume pode se ver incapaz de usá-lo durante mais de 8 horas — marca muito boa quando se leva em consideração que produtos concorrentes sequer se aproximam disso, mesmo quando usados em condições ideias.

Uma das vantagens do Corsair Vengeance 2100 em relação a dispositivos como o Razer Chimaera, por exemplo, é o fato de sua recarga ser feita através de um cabo micro USB comum (que acompanha o dispositivo). Ou seja, mesmo que a bateria tenha chegado ao fim, basta conectar o headset a seu computador para continuar desfrutando do que ele oferece, sem que seja preciso deixá-lo em um local fixo enquanto a bateria é recarregada (algo que acontece no produto da Razer mencionado).

Vale a pena?

Caso você esteja procurando um headset que possua uma boa qualidade sonora, seja confortável e, acima de tudo, dispense fios para funcionar, não é preciso pensar duas vezes antes de investir no Corsair Vengeance 2100. Embora o dispositivo não se compare em qualidade sonora em relação a outros produtos mais especializados (como aqueles fabricados pela Bose e Sehnnheiser, entre outras), ele é uma das melhores opções disponíveis no segmento de “acessórios especializados em games”.

A grande questão que se apresenta para quem deseja desfrutar do que o dispositivo tem a oferece é seu preço: ainda relativamente difícil de ser encontrado no país, o produto não sai por menos de R$ 500 nas lojas virtuais nacionais em que estava disponível. Ainda que esse seja um valor relativamente acessível quando se leva em consideração o que é cobrado por produtos com características semelhantes, isso não deixa de ser alto para um simples acessório.

Deixando isso de lado, podemos afirmar sem problemas que o Corsair Vengeance 2100 é um dos melhores headsets sem fio que já passaram pela redação do TecMundo. Caso você tenha a oportunidade de testar o produto por conta própria, recomendamos fazer isso — as chances de sair satisfeito da experiência são altas.

Fontes

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