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The BRIEF

NASA mostra por que a Brazuca é muito superior à bola da Copa de 2010

Testes conduzidos pela agência norte-americana mostram que a nova bola é mais estável e fácil de ser controlada do que sua antecessora

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

schedule13/06/2014, às 07:41

Embora para muitos bolas de futebol sejam todas exatamente iguais, na prática não é exatamente isso o que acontece — tanto é que existem pesquisadores que dedicam suas carreiras a criar versões perfeitas do objeto. Em época de Copa do Mundo, empresas como a Adidas investem uma quantidade substancial de dinheiro na fabricação de uma bola que permita aos jogadores desempenharem suas atividades de maneira adequada às suas habilidades.

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Enquanto em 2010 profissionais criticaram duramente a Jabulani — conhecida por sua imprevisibilidade —, o mesmo não deve acontecer com a Brazuca, escolhida para a competição que tem como sede o Brasil. Grande parte dos problemas do objeto usado durante a Copa da África do Sul se deviam ao fato de que o ar passava de forma errática por suas costuras quando ela estava em rotação praticamente zero, o que tornava difícil saber a trajetória que ela iria tomar — algo que não acontece na bola atual.

Segundo a NASA, a Adidas trabalhou junto a “centenas de jogadores para desenvolver a Brazuca”. Enquanto a Jabulani era formada por oito painéis de couro interligados, a bola da Copa de 2014 adota somente seis painéis e apresenta uma metragem de costura maior que sua antecessora, além de apresentar uma costura mais profunda e adotar pequenos “calombos” em seu couro, fatores que contribuem para uma aerodinâmica melhor.

Maior estabilidade e desempenho aprimorado

“Uma fina camada de ar se forma próximo da superfície da bola e essa camada é crítica para a performance”, explica Rabi Mehat, chefe do laboratório da NASA. Embora o aspecto mais áspero da Brazuca a torne mais lenta, isso contribui para que ocorram menos guinadas inesperadas e para que os jogadores tenham mais controle sobre seu movimento.

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Para comprovar a qualidade do objeto, ele foi testado em um túnel de vento no laboratório de fluidos em Ames, o que permitiu observar seu comportamento com o auxílio de um jato de fumaça e luz de laser. “Os jogadores vão ficar felizes com a nova bola”, afirma Mehta. “Ela está mais estável no voo e vai se comportar mais como uma bola tradicional de 32 painéis”.