Firefox versus Opera

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Quando o assunto é a navegar pela internet, a maioria das pessoas simplesmente não está nem aí para o navegador que utiliza – o que explica situações como a do Internet Explorer 6, que até há pouco tempo permanecia como uma das opções mais utilizadas, mesmo possuindo falhas de segurança e lentidão evidentes.

Mas quem se preocupa com a saúde do computador e não pode perder tempo esperando horas até que um site simples carregue é muito mais exigente. Apesar de a Microsoft continuar seu domínio no mundo dos navegadores, concorrentes de peso como Firefox, Opera e mais recentemente o Google Chrome conquistam cada vez mais usuários.

Como é tradição da série Versus, colocamos ao lado dois navegadores bastante populares conhecidos pelos fãs dedicados: no canto azul, pesando 8,23 MB e usando um calção com o símbolo da raposa temos a versão 3.63 do Mozilla Firefox.

O competidor localizado no canto vermelho é o Opera 10.53, com um calção enfeitado com um “O” discreto e pesando 11,9 MB. Os dois já estão no ringue, portanto faça suas apostas que a luta vai começar.

A competição não é feita através de socos nem meramente com dados técnicos – são os torcedores de cada lado que definem as forças e fraquezas de cada navegador. Portanto, damos as palavras aos fanboys e que se inicie a luta!

Round 1: interface

Ao abrir os dois navegadores pela primeira vez, a sensação é de que os dois competidores são muito semelhantes. Quem só se preocupa em entrar nos seus endereços favoritos e checar mensagens de email não vai sentir nenhuma diferença.

Ao contrário do Firefox, que mostra uma lista de favoritos logo abaixo da Barra de endereços, o Opera optou por um visual mais discreto. Somente a Barra de endereços é exibida, e para acessar outras funções basta clicar no botão localizado no canto esquerdo da tela.

Uma barra lateral permite o acesso fácil a funções como a lista de favoritos (chamados aqui de marcadores), histórico de navegação e downloads. E o melhor, basta um clique para ocultá-la e dar destaque ao site acessado.

No Firefox é muito mais fácil acessar sites, e a lista de favoritos não prejudica em nada a visualização dos sites. Além disso, é muito mais prático exibir todas as opções de uma só vez do que ter que ficar clicando em um botãozinho.

Isso sem contar que, quando o assunto é personalização, o Firefox é imbatível. Mesmo que o Opera conte com várias opções de skins, o navegador da raposa tem o Personas integrado, o que garante milhares de visuais diferentes.

Round 2: características

Quando as características básicas de navegação entram em jogo, os dois competidores se mostram iguais. Tanto Firefox quanto Opera contam com um sistema de endereços inteligente, que fornece sugestões conforme o usuário digita palavras no teclado.

Ambos dispensam o acesso a sites de busca: caso a palavra digitada não corresponda a nenhum endereço, automaticamente se abre uma janela de busca com os termos inseridos. O Firefox leva vantagem nesse quesito por estar mais integrado com serviços nacionais, enquanto o foco do Opera são sites norte-americanos.

O que diferencia o Opera em relação a qualquer competidor são o Opera Unite e o Opera Link. A intenção é que, em qualquer lugar que você utilize o navegador, tenha exatamente a mesma experiência e conforto que tem em casa.

O Opera Unite funciona como um ambiente virtual no qual você tem acesso a qualquer arquivo localizado nos computadores da rede local ou até mesmo em locais distantes – basta que o navegador esteja aberto e o Unite ativado. Ou seja, dá para ir ao trabalho ou viajar e escutar todas as músicas localizadas no computador de casa, sem pagar nada por isso.

Já o Link é voltado para quem utiliza o navegador em vários locais, sejam desktops ou dispositivos portáteis como smartphones. O serviço integra dados em tempo real, permitindo acesso à lista de favoritos, senhas gravadas e histórico de navegação em qualquer lugar.

Embora não ofereça isso de forma nativa, bastam alguns segundos para baixar extensões que realizam essa tarefa de maneira muito mais eficiente. Qualquer um sabe que o Xmarks é uma ferramenta indispensável para quem costuma utilizar mais de um computador – e o melhor, também funciona no Internet Explorer e no Chrome, caso você seja forçado a usar algum deles.

Já o Unite realmente parece algo legal, mas para que eu vou querer deixar o navegador aberto em casa? Se eu quiser ter acesso remoto a meu computador, há modos mais completos e fáceis de configurar, e o melhor de tudo é que nenhum deles me obriga a usar o Opera.

Round 3: velocidade de navegação

Quem precisa trabalhar com muitas abas ao mesmo tempo não tem do que reclamar no Firefox: mesmo diversos sites abertos, dificilmente o navegador apresenta alguma lentidão. É claro, isso depende muito da máquina utilizada, mas mesmo computadores desatualizados raramente apresentam problemas.

Isso sem contar que é muito mais rápido abrir o navegador, já que não é preciso perder tempo carregando o Speed Dial e ir direto para a página desejada.

Além de o Opera não consumir um quantidade memória tão superior ao Firefox, ele não deixa de lado quem não pode pagar por uma conexão de internet em banda larga. Afinal, para que serve abrir várias abas ao mesmo tempo se demora vários minutos para carregar cada uma?

O Opera Turbo otimiza a carregação dos sites em até 80%, comprimindo dados e exibindo informações relevantes no menor tempo possível. Em uma conexão de qualidade isso não faz tanta diferença, mas experimente utilizar a 3G ou inferior para ver a diferença.

Round 4: extensões e personalização

Quando o assunto é personalização, não tem para ninguém: como o Firefox disponibiliza seu código para o público, qualquer desenvolvedor tem a liberdade de desenvolver uma modificação que reformula totalmente o navegador. Basta entrar no centro de extensões da Mozilla para escolher entre uma grande variedade de opções.

Na parte visual, o Firefox também se mostra muito versátil, principalmente devido à integração do Personas, que nas versões mais recentes do navegador passou de extensão a componente padrão. Um simples clique do mouse permite modificar sua aparência sem nenhum consumo extra de memória RAM.

O Opera pode contar com um número menor de complementos do que o concorrente, mas de que adianta ter milhares de opções disponíveis se, na hora de usar, a maioria não faz grande coisa? Afinal, ninguém precisa de dezenas de gerenciadores do Twitter que funcionam mal, se um completo já basta.

As extensões do Opera (chamadas de widgets) são tão completas quanto as do concorrente, isso sem contar que a central de downloads é muito mais organizada. A navegação por abas também é mais inteligente, pois permite visualizar uma prévia de cada janela sem ter de abri-la.

Round 5: compatibilidade

Ninguém gosta de tentar acessar algum endereço e ver o navegador travar ou ser incapaz de exibir corretamente imagens ou nem sequer ser capaz de navegar pelos menus disponíveis. Nesse caso o Firefox ganha pontos por já ser tão popular que é impensável lançar um site sem antes ver se o resultado funciona corretamente nele.

Embora no geral o Opera seja competente na hora de exibir a maioria dos sites, a forma como trabalha com Javascript faz com que não seja capaz de acessar alguns endereços de maneira correta. Isso sem contar que muitos antivírus ainda têm alguns problemas em identificar comportamentos próprios do navegador.

Em testes que verificam se o navegador é capaz de lidar bem com as especificações do CSS 2.1 (responsável pela organização do layout de cada página), o Opera obteve pontuação superior ao do concorrente. Enquanto este teve uma pontuação perfeita nos testes Acid 3, o Firefox ficou sete pontos abaixo do ideal.

Através do site The HTML5 Test o navegador da Mozilla obteve uma pontuação maior nos testes que analisam a compatibilidade do programa com a navegação em páginas que utilizam o HTML 5 (139 pontos contra 129 do concorrente, em um total de 300 possíveis).

Além de os 10 pontos não representarem nenhuma diferença, o HTML 5 ainda não é algo difundido, e a maioria dos sites nem sequer trabalha com os códigos desse sistema. Ou seja, por mais que o Opera tenha uma pontuação mais baixa, o Firefox está tão despreparado para lidar com a nova linguagem quanto ele.

Último round: você define o resultado

Assim como futebol, religião, política e games (clique aqui para conferir o combate do Playstation 3 contra o Xbox 360), quando se trata de navegadores há muito o que discutir, e dificilmente se chega a um consenso. Afinal, mesmo com argumentos convincentes sempre há quem vá defender o lado que apoia baseado na paixão em vez da razão.

Portanto, seja você um defensor do Firefox ou um apaixonado pelo Opera, não deixe de postar sua opinião em nossa seção de comentários. Contamos com sua ajuda para ajudar a decidir o vencedor deste combate!

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