Assistimos ao filme “Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário”

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Imagem: Reprodução/SciFiJapan

O tão famoso anime “Os Cavaleiros do Zodíaco” foi mostrado ao mundo lá nas décadas de 1980 e 1990 (aqui no Brasil, ele era transmitido pela Rede Manchete e fazia a alegria da criançada). Desde então, Saint Seiya e seus amigos conquistaram legiões de fãs que ficaram fascinados pelos combates insanos e a história da deusa Atena.

O universo dos cavaleiros ganhou mais e mais conteúdo, mas, depois de tanto tempo, já era hora de dar um reboot na série. Agora, temos o prazer de conferir a saga original do santuário com novos gráficos.

A história é basicamente a mesma, com Seiya, Shun, Shiryu e Hyoga enfrentando os cavaleiros de ouro nas casas do zodíaco para proteger Saori (que para quem não sabe é a própria Atena). O humor continua presente e as batalhas ficaram mais insanas.

Para você que não quer spoilers, adiantamos que o filme está ótimo e, seja você fã ou não, a ida ao cinema é válida!

Alerta spoiler

Como de praxe, deixamos aqui um recado para que ninguém reclame posteriormente: esta crítica contém spoilers. Se você continuar lendo, pode saber de alguma informação que acabará estragando o aproveitamento do filme. Nós avisamos.

Conquistando uma nova geração de fãs

Pelo que dá pra perceber, a animação “Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário” vem para agradar tanto aos saudosistas quanto aos espectadores que ainda não conhecem o universo de Seiya e Saori.

Todavia, o foco principal parece ser no novo público, já que o enredo não tem grandes mudanças. O começo do longa-metragem tem algumas diferenças se comparamos com o desenho original, com vários elementos que são removidos.

Primeiro, uma pequena introdução conta sobre os personagens que estavam envolvidos na briga que resultou na morte de um cavaleiro de ouro e no abandono de Atena aqui na Terra. Além disso, o filme explica claramente (várias vezes) quem são os cavaleiros de bronze e sua missão.

Alguns personagens ligados diretamente à Saori também são apresentados, já que eles estavam presentes na história do anime. Todavia, como são elementos dispensáveis, eles aparecem por pouco tempo. De qualquer forma, tudo que é apresentado é parte importante da trama, já que amplia o contexto e garante que o espectador entenda a história por completo.

Depois da introdução, os Cavaleiros de bronze já entram em cena e salvam Saori (que ainda não sabe que é a própria Atena). A história em nosso planeta não dura muito e logo vemos os quatro lutadores passando pelas doze casas do zodíaco. Os acontecimentos apresentados no Santuário são bem parecidos com os que vemos nos animes.

Há, contudo, uma ou outra alteração na trama e no desenvolvimento de alguns cavaleiros. O Cavaleiro de Câncer, por exemplo, fica deslocado do contexto geral, sendo que o humor e as danças dele são até exageradas. O Cavaleiro de Escorpião também está diferente, sendo que agora é uma mulher.

A conclusão do filme é bem interessante, com visuais e combates que lembram o universo de Final Fantasy. O inimigo também não mudou e a luta final é de proporções colossais. Assim, considerando todo o desenvolvimento da história, podemos dizer que a adaptação ficou muito boa e agrada pela ação desenfreada.

Podia ser mais longo

A nova animação dos cavaleiros é bem aquilo que esperávamos, com uma história resumida e o miolo da trama sendo apresentado ao público. Os protagonistas são todos apresentados, as principais batalhas estão aqui e os dramas desnecessários foram cortados (ou seja, aquelas cenas em que os personagens ficavam 20 minutos se encarando não existem aqui).

No fim, uma história que era contada em dezenas de episódios é compactada para caber em apenas uma hora e meia (com direito a créditos e uma cena extra). A parte boa é que fica direto e ninguém fica entediado, mas há um pequeno probleminha: falta aprofundamento no desenvolvimento de alguns personagens.

Seiya e seus três amigos aparecem incansavelmente na tela, mas um cavaleiro que muita gente ama acaba sendo muito secundário e até irrelevante. É claro que estamos falando de Ikki, o cavaleiro de Fênix. Infelizmente, se colocassem um cone no lugar dele dava no mesmo.

Considerando que ele era um dos mais fortes e idolatrados, sentimos certo desleixo com o personagem. Além de aparecer pouco, ele não desempenha um bom papel e deixa a desejar até mesmo durante as batalhas. Contudo, pelo menos a entrada dele (que você já deve ter visto no trailer) é triunfal e impressiona com os efeitos visuais.

Vale ver no cinema!

Concluindo, o negócio é o seguinte: a mesma história, os mesmos personagens (com características bem parecidas com as que vimos no anime), gráficos mais bonitos (aliás, o visual está de cair o queixo!), lutas mais convincentes (a parte tridimensional possibilitou desenvolver melhor os combates e mostrar os movimentos de vários ângulos) e menos enrolação!

De fato, não tem como deixar o filme muito melhor, exceto pelo desenvolvimento de alguns personagens que, na minha humilde opinião, poderiam ser mais explorados. De qualquer forma, “Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário” supera expectativas e certamente é um filme tanto para fãs quanto para a nova geração.

Aliás, todo mundo vai ficar com vontade de comprar bonequinhos e mergulhar nesse universo novamente. Antes que eu me esqueça, a dublagem está fenomenal, já que os mesmos dubladores do anime fazem as vozes por trás dos personagens. E é uma pena que não tenham coloca o tema musical do anime.

“Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário” estreia nos cinemas brasileiros no dia 11 de setembro.

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