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5 efeitos sonoros de filmes feitos de maneira bizarra

Alguns barulhos clássicos do cinema foram produzidos usando os objetos mais simples possíveis.

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

schedule17/01/2012, às 15:52

Mesmo sabendo como é feito, o urro do T-Rex continua ameaçador. (Fonte da imagem: Universal Pictures)

No cinema, os filmes parecem todos realistas, mesmo que apresentem monstros e alienígenas se comunicando em uma linguagem estranha. Ao assistir a making-offs ou ler curiosidades sobre essas obras, entretanto, descobrimos que algumas gambiarras bem esquisitas podem ser usadas para criar efeitos consagrados na área.

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Como reproduzir um som de arma laser, por exemplo, já que esse tipo de tecnologia não existe no mundo real? E um dinossauro, já que ninguém aqui conviveu com eles, há dezenas de milhões de anos atrás? O cinema tem a resposta para tudo isso – e o Cracked reuniu algumas dessas curiosidades, que podem estragar a infância de quem cresceu assistindo a alguns desses clássicos.

Os tiros de Star Wars

Pelos filmes de ficção científica, ficamos muito familiarizados com o laser, especialmente utilizado como armas na franquia Star Wars. De coloração normalmente vermelha ou verde e movimento rápido, esse feixe de luz também ganhou um som bem característico, que até parece de verdade.

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Mas a história é bem mais curiosa: o responsável pelo efeito é Ben Burtt, que trabalhou como técnico de som para outros clássicos como “E.T.”, “Wall-E” e a série Indiana Jones. Em um belo dia, ele subiu em uma torre de rádio próxima e bateu em um dos fios com um martelo, salvando o áudio produzido com um gravador simples. Claro que ele poderia ter feito tudo isso digitalmente a partir de sintetizadores, mas não seria a mesma coisa.

Animais exóticos e criaturas extraterrestres

Em nenhum momento de “Jurassic Park” você acha estranho os sons emitidos pelos dinossauros, mesmo sem nunca ter ouvido um – o que comprova a eficiência da equipe de áudio, que reproduziu de forma convincente a forma de comunicação de várias espécies diferentes.

O método? Gravar outros animais, claro! A respiração de uma baleia, o rugido de leões e tigres, barulhos de cavalos, crocodilos ou elefantes e até sons de um coala fazem parte apenas da "voz" do T-Rex.

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Para o personagem Chewbacca, na série Star Wars, o método foi parecido: foram usados sons de morsas e outros animais que, combinados, produzem o grito inconfundível do parceiro de Han Solo.

As portas de Star Trek

Os filmes e seriados de Star Trek mostram uma tecnologia futura bastante avançada, com naves espaciais, teletransporte, armas laser e portas que se abrem automaticamente com um som bastante característico, como se fossem câmaras pressurizadas.

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Ainda assim, como a franquia nunca foi dotada de um orçamento generoso, várias gambiarras foram feitas para simular barulhos que parecem tecnológicos, mas na verdade são bem simples. As portas, por exemplo, são feitas a partir do barulho de papel sendo tirado de um envelope e um sapato deslizando sobre o chão. Simples e efetivo, não é mesmo?

A nave-cabine telefônica em Dr. Who

A marca registrada da série britânica Dr. Who, que já conta com mais de 10 temporadas e uma legião de fãs ao redor do mundo, não são os atores ou os roteiros, que se passam em vários pontos do passado, presente ou futuro. O astro é a TARDIS, uma nave espacial com uma máquina do tempo acoplada, mas que assume a forma de uma clássica cabine telefônica inglesa.

O editor de som deslizou uma chave por um dos fios de um piano, causando o efeito “alienígena” da máquina do tempo. Um pouco de distorção aqui e ali e o som fica bastante convincente. Com o passar do tempo (afinal, a primeira temporada é da década de 1960), mais barulhos digitais foram adicionados, mas o som original ainda é inconfundível.

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Os monstros mais ameaçadores da Terra-Média

Na trilogia “O Senhor dos Anéis”, conhecemos Balrog, uma criatura imponente, coberta por fogo e bastante ameaçadora. O urro do monstro, igualmente aterrorizante, podia ser resultado de animais, assim como os dinossauros – mas é que aí entra a simplicidade e a criatividade.

O som é produzido por blocos de concreto sendo arrastados por um chão de madeira em várias formas e velocidades diferentes, além de rochas sendo pulverizadas.

Outro monstro clássico é o Nazgul, que gela a espinha até do fã mais corajoso da saga. Em vez de animais, pedras ou outro objeto bizarro, os técnicos de som usaram copos plásticos, daqueles descartáveis.

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É isso mesmo: bastou arranhar e rasgar esses utensílios para produzir um dos sons mais assustadores dos filmes de aventura. Claro que rolou uma edição pesada no áudio, mas o básico foi isso aí. A magia do cinema nunca para de nos surpreender.