Cientistas decodificam respostas cerebrais e até já 'adivinham' pensamentos

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A partir de eletrodos implantados no lobo temporal de pacientes de epilepsia, cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, acreditam terem decodificado sinais cerebrais "quase na velocidade da percepção". Eles teriam adquirido a capacidade de prever com mais de 95% de precisão quais imagens os voluntários estariam visualizando em determinado momento.

O objetivo dos cientistas era estudar como o cérebro humano "percebe" objetos e, depois, como seria possível usar um computador para extrair e prever que imagem alguém está vendo e processando em tempo real.

No estudo, sete pacientes com epilepsia que participavam de outra pesquisa tiveram eletrodos implantados no lobo temporal, região em que normalmente são iniciadas as convulsões. Duas características foram estudasa: os potenciais relacionados a eventos (ou seja, respostas a estímulos visuais) e as mudanças de espectro em larga escala durante um estímulo.

Como aconteceu

Os voluntários assistiram em um monitor uma sequência aleatória de imagens (com transição de 400 milissegundos) mostrando rostos humanos e casas, além de telas completamente cinzas. O objetivo era buscar uma casa de cabeça para baixo. Diferentes respostas de diferentes eletrodos foram recebidas, de acordo com a "sensibilidade" da pessoa em encontrar pessoas ou casa.

As diferenças nos estímulos quando a imagem é de casa ou pessoa

Esses sinais foram digitalizados em forma de amostras em um software para terem as características extraídas. Os dados foram analisados para determinar qual combinação de eletrodos e sinais correlacionados tinha a ver com o que a pessoa acabava de asssistir. Assim, foi possível treinar um algoritmo para estudar os dados de dois terços das respostas cerebrais dos voluntários e adivinhar se as últimas respostas dos eletrodos eram de uma casa, uma pessoa ou a tela cinza — feito conseguido em 96% das tentativas.

Se desenvolvido para a prática, o estudo pode levar até a um sistema de comunicação com pacientes impedidos de falar ou mover o rosto por alguma paralisia ou derrame, por exemplo.

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