Xô, Zika: empresa usa mosquito geneticamente modificado para combater vírus

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Nos últimos tempos, tem crescido não apenas no Brasil, mas também em outros países, o receio de ser afetado pelo vírus Zika. Numa tentativa de combater essa ameaça, a empresa britânica Oxitec anunciou que está fazendo testes com o “Aedes aegypti do Bem”, uma versão geneticamente modificada do Aedes aegypti.

Em um comunicado, a Intrexon, empresa dona da Oxitec, anunciou que a ideia já foi testada em diversos locais e, neles, conseguiu reduzir em até 92% a população dos mosquitos transmissores do vírus. No Brasil, foi feita uma parceria com o governo da cidade de Piracicaba para usar a versão modificada do bicho e tentar diminuir o surto do vírus Zika na região.

“O mosquito da Oxitec, conhecido localmente como Aedes aegypti do Bem, é uma ferramenta revolucionária e amiga do ambiente que já mostrou ser capaz de suprimir infestações do Aedes aegypti selvagem, algo que estamos tentando fazer há muitos anos no Brasil, mas não temos conseguido. Esta solução é ainda mais importante porque, além da epidemia de dengue, agora temos o vírus Zika e da chikungunya no Brasil”, disse o professor Wagner Pereira, da Universidade Veiga de Almeida.

Para os que já estão curiosos para saber como a Oxitec conseguiu dar vida ao mosquito capaz de conter o Aedes aegypti, foi mencionado que os insetos são modificados para se tornar estéreis. Com isso, o acasalamento com os bichos desse tipo é improdutivo, fazendo com que haja uma diminuição na sua descendência e, consequentemente, diminuindo a sua população.

Caso sério

Quem acompanha os noticiários deve saber que o crescente número de  casos de Zika no Brasil está relacionado a um pico nos casos de microcefalia. Citando dados divulgados pelo governo brasileiro, o documento da Intrexon informa que, em 2015, houve 1.248 casos de suspeitos de microcefalia em 311 municípios de 14 estados.

“O mosquito Aedes aegypti representa um desafio cada vez maior e mais dramático para a saúde pública e para a economia das nações devido à sua capacidade de transmitir uma lista crescente de doenças devastadoras e à expansão global de sua presença. A frágil situação no Brasil foi agravada pela recente introdução e expansão das infecções pelos vírus Zika. Sem vacina ou medicamento e com a ameaça de doenças potencialmente associadas ao vírus, incluindo anomalias congênitas, como microcefalia, (...) estratégias eficazes são necessárias”, informou Samual Broder, vice-presidente sênior e chefe do setor de saúde da Intrexon.

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