Plástico que inativa o Coronavírus é criado por empresa brasileira

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Imagem: Alpfilm/Divulgação

Um novo plástico filme desenvolvido por uma empresa brasileira pode inativar o Coronavírus (SARS-CoV-2) ao contato. Criado pela Nanox, apoiada financeiramente pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas e comercializado pela Alpfilm, o material apresenta características comuns de plástico, mas sua composição conta com micropartículas de prata e sílica, capazes de minimizar o risco de contaminação por embalagens plásticas.

A contaminação pelo novo Coronavírus através do contato com superfícies é uma das principais formas de disseminação da doença. Inofensivas idas ao mercado, farmácia e outros estabelecimentos pode contaminar roupas, mãos e partes do corpo, que posteriormente podem ir ao rosto e concretizar mais um infectado. Por isso, a indústria se voltou para o desenvolvimento de novos materiais que contornam esse problema.

Desse investimento surgiu o plástico com partículas de prata da Nanox, capaz de inativar o Coronavírus ao contato. O material foi testado em laboratórios de biossegurança de nível 3 do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), onde eliminou 79,9% das partículas do vírus em três minutos, e 99,99% em até 15 minutos.

a  Alpfilm/Reprodução 

“A eliminação do vírus pelo material foi extremamente eficaz em um curto tempo. É uma aplicação bem diferenciada dos mais de 40 produtos com ação contra o novo Coronavírus que já testamos desde o começo da pandemia”, comenta Lúcio Freitas Junior, pesquisador do ICB-USP. “Levando em conta que o filme é utilizado para embalar alimentos que ficam expostos e são muito manipulados em supermercados, 15 minutos para eliminar totalmente o novo coronavírus na superfície do material é um tempo bastante satisfatório”, complementou Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox.

Letal contra o vírus, inofensivo para humanos

Segundo Simões, micropartículas de prata são autorizadas e registradas na FDA (agência regulamentadora de alimentos e fármacos dos Estados Unidos) e numa lista positiva da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde é recebe determinações para ser incluída em embalagens de alimentos para impedir a migração de prata.

Para finalizar, Simões conta que estudos na aplicação da solução em matérias primas no setor de construção civil apresenta “boas respostas”. A indústria têxtil também aplicou a composição em tecidos e roupas em produtos da Santista, o grupo Malwee, Cedro Têxtil e Delfim Tecidos.

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