Cientistas conseguem ricochetear lasers enviados a nave perto da Lua

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Em 1969, os astronautas que caminharam pela Lua instalaram refletores no satélite natural da Terra para realizar medições precisas da distância entre nós e o corpo celeste. Entretanto, após essa aventura, lançar lasers daqui sobre objetos no Espaço e os receber novamente para levantar informações, por meio da velocidade da luz e do tempo para que ela retorne ao nosso lar, é um verdadeiro desafio, já que equipamentos orbitáveis dificilmente atingem a posição ideal exigida pela tarefa.

Por isso, nesta semana, pesquisadores divulgaram algo digno de comemoração: cientistas conseguiram utilizar o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) com sucesso nessa empreitada.

Refletores foram deixados na Lua em 1969.Refletores foram deixados na Lua em 1969.Fonte:  Reprodução 

O dispositivo em questão perambula em volta da Lua com um espelho nas "costas" há um bom tempo, desde 2009. Mais de 1 década depois, ainda não haviam concretizado esse tipo de abordagem uma única vez. Felizmente, em 6 de agosto, uma equipe relatou à revista Earth, Planets and Space que, em quatro de suas várias tentativas, duas em 4 de setembro de 2018 e duas entre 23 e 24 de agosto de 2019, disparou rajadas de luz e as recebeu novamente 2,5 segundos depois.

Para garantir que tudo desse certo, uma série de fatores teve de ser levada em conta. Por exemplo, os habitantes lunares são tridimensionais, cada um com a forma do interior de um canto de um cubo. Ao atingi-los, os feixes saltam três vezes antes que a geometria dos objetos devolva as ondas eletromagnéticas à direção precisa de onde vieram. Considere a velocidade e a posição tanto do satélite quanto da Terra e imagine toda a complicação.

Esquema de como funcionam os refletores deixados na Lua.Como funcionam os refletores deixados na Lua.Fonte:  Reprodução 

"Não tava muito bom, agora parece que..."

Apesar da ótima notícia, segundo os pesquisadores da estação Lunar Laser Ranging, na França, esses quatro contatos não forneceram dados suficientes para rastrear o movimento do LRO, que ainda está muito rápido e imprevisível para que novas tentativas constantes funcionem, mesmo que as condições ideais tenham sido atingidas. De qualquer modo, eles seguirão tentando.

Caso desenvolvam métodos assertivos para lançar lasers e os receber com precisão, eliminarão um obstáculo encontrado naqueles velhos guerreiros presentes na Lua: a perda de refletividade, que dificulta a tarefa e diminui as chances de que medidas confiáveis sejam levantadas.

Fontes

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