5 verdades sobre o nada, o vácuo e o zero

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A tecnologia é tudo para você? E o que o seria nada pra você? Filosoficamente, estas perguntas possuem uma infinidade de respostas, mas quando nos referimos aos termos de uma maneira mais científica, a história muda de figura. Atualmente, já possuímos explicações para os espaços vazios do universo e até mesmo para algumas coisas que existem nele (sim, o vazio não é completamente vazio).

Junto com o nada, temos algumas outras palavras que precisam de explicações mais elaboradas: o “zero”, por exemplo. O número foi criado para facilitar os sistemas matemáticos, mas na verdade ele não existe. Afinal de contas, ele é a representação numérica do nada.

E o vácuo? Como nós já explicamos em um artigo sobre como seria morrer no vácuo, trata-se de um espaço vazio e sem matéria (visível ou invisível) no espaço. Isso nós já sabemos, mas agora vamos aprofundar um pouco os temas e mostrar coisas realmente novas sobre o “nada”.

1. Existe mais “nada” do que “alguma coisa”

Olhe para algum lugar da sua rua e pense o que você mais consegue ver. Casas, carros, calçadas e cachorros estão por todos os lugares, mas o que mais existe ali é exatamente o que você não enxerga. Mas ainda não estamos falando do “nada”, estamos falando do oxigênio e outros gases, que são invisíveis.

No espaço, o “nada” está lá e se chama “vácuo”. Segundo alguns estudos de astrofísicos, o universo é composto por 74% de vazio; 22% é apenas matéria escura (matéria que só interage com a gravidade) e os outros 4% são realmente “alguma coisa”. Ou seja, matéria tangível e mensurável.

2. Civilizações clássicas não conheciam o “zero”

Imagine que você faz parte de uma civilização grega e precisa contar o número de escravos que possui. Um, dois, três ou nenhum? Se a sua resposta fosse essa última, você seria obrigado a dizer que possui “não” escravos. Por quê? Simplesmente porque o “zero” não existia.

O mesmo se aplica aos romanos, que só foram aceitar o algarismo quando a matemática arábica foi adotada como padrão – até então, contava-se por I, II, III, IV, V e assim por diante. Em Roma, para indicar a ausência de algum número, utilizava-se a palavra “nulla”.

Mas quando falamos de outras civilizações, como os maias, a história é diferente. Escritas datadas dos primeiros séculos depois de Cristo mostram a existência de um símbolo utilizado para definir a ausência. Não era o “zero” como lemos hoje, mas possuía a mesma função matemática.

3. O “zero” é um assassino matemático

Não existe número mais carrasco do que o “zero”. Em contas simples de adição e subtração, ele não oferece nenhuma reação, mas quando falamos de contas um pouco mais complexas tudo fica diferente. Um exemplo básico: (35 x 7 + 66 + 5 x 8) = 351. Agora vamos fazer o mesmo cálculo, mas com uma diferença bem pequena: (35 x 7 + 66 + 5 x 8) x 0. Qual o resultado? Exato: seria 0.

Qualquer multiplicação funciona dessa maneira. Basta colocar um “zero” para que o resultado seja anulado. E quando dividimos por zero? Aí, as consequências são catastróficas. Não é possível dividir pelo número, o que causa erros na maior parte das calculadoras e também nas mentes humanas.

"Eu dividi por zero!" (Fonte da imagem: Reprodução/Halshop)

Pense da seguinte forma: você tem quatro notebooks e não quer dividi-los com ninguém, mas também não quer ficar mais com eles. Jogar fora não é uma opção. E agora? O que fazer? Bem, sua mente vai entrar em colapso, assim como o universo entraria caso fosse possível dividir “qualquer coisa” por “nada”.

4. As estrelas não brilham no espaço

Sabe a sensação que temos ao olhar as estrelas? Parece que elas estão cintilantes no espaço, aumentando e diminuindo o brilho com frequência, como se estivessem pulsando em luz. Pois isso não acontece realmente. Aqui da Terra, o processo parece acontecer desta forma, mas isso só é possível por causa da refração causada pela atmosfera do planeta.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

O vácuo não interfere na luz que é passada do Sol e de outras estrelas. A luz realmente se propaga no vazio, mas sem ter onde ser refratada torna-se uma constante. Por essa razão, se você estiver no espaço sideral e vir alguma estrela, vai percebê-la com a mesma luminosidade em todos os momentos.

5. A Física já acreditou no Éter Luminífero

Há alguns séculos, acreditava-se que a luz não era de natureza de ondas, mas sim material. Para isso, precisava de um meio físico por onde se propagasse. Outro fato que não podia ser explicado era a movimentação da Terra, que também precisaria de um meio para girar em torno do Sol. Assim surgiu o conceito de Éter Luminífero.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Atualmente, sabemos que os planetas do sistema solar se locomovem em elipses por causa da força gravitacional que o Sol exerce sobre eles. E também sabemos que a luz pode se propagar no vácuo. Mas o conceito de éter foi eliminado há muito mais tempo: em 1887, quando os físicos Albert Michelson e Edward Morley realizaram experimentos que provaram que a luz, ao contrário do som, não demandava matéria para ser propagada.

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Pode não parecer, mas a ausência de algo é realmente importante para o mundo. Hoje, seria impossível viver sem o “zero” para contar, o vácuo para tentar explicar o universo e o “nada” que eles representam.

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