Bioimpressão 3D já consegue criar carne artificial no espaço

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Astronautas da Estação Espacial Internacional utilizaram uma impressora 3D para criar carne artificial no espaço. Segundo a Agência Espacial Federal Russa, a Roscosmos, essa é a primeira vez que o experimento é realizado em condições de ausência de peso.

Uma bioimpressora foi utilizada para reproduzir tecidos de carne, coelho e peixe que podem ser consumidos por pessoas. Fabricado pelo laboratório russo 3D Biopriting Solutions, o aparelho utiliza campos magnéticos em microgravidade para criar os alimentos.

Desenvolvido e financiado por instituições russas, o diferente modelo de impressora 3D também é resultado de parcerias com companhias norte-americanas e israelenses. Empresas de tecnologia de alimentos dos Estados Unidos e de Israel forneceram células para o experimento.

A nave espacial Soyuz MS-15 decola para Estação Espacial Internacional com células de carne a bordo. (Fonte: Roscosmos/Divulgação).

O sucesso do experimento pode ser fundamental para futuros voos espaciais de longa duração. “Se vamos voar para lugares longe da Terra e explorar o sistema solar, não podemos levar grandes volumes de comida conosco”, diz o veterano cosmonauta russo Oleg Kononenko.

Segundo ele, a impressão 3D de carne artificial elimina a necessidade de plantar alimentos a bordo de uma nave espacial. “Acredito que a ciência e o conhecimento estão se desenvolvendo muito rápido e vejo isso fazer parte das nossas vidas”, completa.

Cosmonauta russo Oleg Kononenko a bordo da Estação Espacial Internacional (Fonte: 3D Biopriting Solutions/Divulgação)

No entanto, para criar uma grande quantidade de carne por impressão 3D serão necessários equipamentos mais complexos do que a atual bioimpressora russa. Por isso, o laboratório 3D Biopriting Solutions já está trabalhando nesta questão.

“Podemos criar não apenas pequenos objetos, mas peças maiores feitos a partir de uma grande massa de células”, conta Yusuf Khesuani, representante da companhia russa. “Espero que possamos continuar realizando esses experimentos”.

Por fim, o especialista faz uma brincadeira com a famosa frase que o astronauta norte-americano Neil Armstrong disse ao pisar na Lua em 1969: “É uma pequena mordida para o homem, mas uma grande mordida para a humanidade”.

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