Médicos dizem que ficar no celular pode não ser tão prejudicial às crianças

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Polêmica à vista: um guia desenvolvido por uma associação de pediatras britânicos afirma que ficar muito tempo no celular pode não ser tão prejudicial para as crianças. O argumento usado pelos especialistas é simples e direto: não há provas fortes de que usar os portáteis com frequência causem algum dano à saúde dos pequenos.

Não é de hoje que esse tema divide opiniões entre especialistas e, por exemplo, a Sociedade Canadense de Pedriatria e a Academia Americana de Pediatria já levantaram diversos problemas relacionados ao uso de tablets e smartphones por menores de 12 anos. Entre eles estão questões como desenvolvimento cerebral, obesidade e problemas emocionais.

Entretanto, a avaliação do Royal College of Paediatrics and Child Health (RCPCH), a associação britânica de pediatras, vai na direção contrária. Na apresentação do guia elaborado para ajudar os pais a gerenciarem melhor o tempo de uso de portáteis por seus filhos, ela afirma que as evidências negativas são “frequentemente superestimadas” e na maioria das vezes “avaliam somente o tempo em frente a uma TV.”

“A evidência é fraca para definir a orientação de crianças e pais sobre o nível apropriado de tempo diante da tela e nós não estamos aptos a recomendar uma redução no tempo médio de uso por uma criança”, complementam os especialistas britânicos.

Segundo o RCPCH, os problemas frequentemente relacionados a muito tempo no celular têm mais a ver com a “perda de oportunidades de atividades positivas (socialização, prática de exercícios e sono) do que com o tempo passado diante da tela". A dica, então, é que os limites de tempo de uso devem ser definidos pelos pais levando-se em conta sempre as características individuais de cada criança.

Além disso, o grupo afirma ter entrevistado 109 crianças em todo o Reino Unido e ouvido de 88% delas que ficar no celular não teve qualquer impacto negativo em seu sono — vale destacar, porém, que o público ouvido na pesquisa é bem limitado.

Fontes

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